segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Vinho com papo cabeça.



Estive conversando comigo e no meio da discussão, eu entrei no meio, pois os dois se estranharam e não estavam se entendendo assim muito bem. Até então estava tudo tranquilo, nenhum dos três interferia na rotina vida do outro. Cada qual com seu dom, como eu sempre digo para mim e para o outro eu. Deixo claro para os dois e para mim mesmo, que  nenhum dos três que habitam meu corpo  possui Transtorno Dissociativo de Identidade.

Claro, nem precisava falar assim, afinal todo mundo que eu conheço tem sua tríplice partite. Além disto, aproveitando o embalo do vinho, lembro vagamente que há três componentes do princípio da localidade, que coexistem num processo ativo que mantém a memória em uso comunitário, mas nem tanto:

Eu ocupo, geralmente, a  localidade temporal, pois sei que há uma tendência a que algum processo, bom ou ruim, merda ou louvor,  faça referências futuras a posições feitas recentemente, enfim, guardo o tempo;

O outro Eu lida com a localidade espacial, pois domina as tendências às quais um processo em curso faça referências a posições na vizinhança da última referência, assim ele guarda s detalhes espaciais

E o terceiro Eu opera na localidade sequencial, pois domina razão e proporção ou seja lá o que for estes troços malucos que complicam a vida através de Cálculos Vetoriais e Integrais, pois segundo ele, que sou meu terceiro Eu, há uma tendência a que um processo em curso faça referência à posição seguinte à atual, ou seja, a fila anda e aí?

Concluindo com um exemplo básico, falei para mim hoje cedo Temporal - não beba este vinho, senão vai dar merda, mas eu não escutei  o espacial e agora tenho que encarar a realidade do dia seguinte sequencial.

Vou acabar a garrafa sozinho comigo mesmo e depois vejo como resolvo esta parada.

.É isto aí!

With a Little Help from My Friends (Milk'n Blues)

"With a Little Help from My Friends" é uma canção originária do álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, de 1967, do grupo inglês The Beatles. Cantada por Ringo Starr e composta por Lennon/McCartney. Fala sobre amizade e como os amigos podem ajudar uns aos outros para transpor as dificuldades da vida.

Fez sucesso a regravação dessa canção com o cantor britânico Joe Cocker; essa regravação seria utilizada mais tarde como música-tema do seriado americano The Wonder Years. 

Hoje apresentamos esta música com a Banda Milk'n Blues, de Curitiba-PR cantando e encantando.

 


Fonte da imagem: Spotify
Fonte Youtube: Milk'n Blues

Support us on Patreon: https://www.patreon.com/milknblues

A banda de Blues de Curitiba-PR - Milk’n Blues - traz uma mistura de Blues, Rock, Pop, Soul e Funk; através de um repertório variado e em versões e arranjos originais da banda. O grupo também apresenta várias músicas de sua autoria, as quais fazem parte do setlist dos shows e também do seu primeiro álbum, lançado em 2015.

O sexteto apresenta uma formação diferenciada, tendo 3 vocalistas principais, o que permite cobrir um repertório vasto, além de trazer dinamicidade às apresentações. O instrumental simples, formado por bateria, baixo, guitarra e gaita harmônica, é acompanhado de arranjos vocais onde todos os integrantes participam. 

Fazer versões inusitadas de músicas da cultura Pop sempre foi marca registrada da Milk’n Blues desde o seu início em 2011. Então, além de clássicos do Blues como BB King e Eric Clapton, o público pode conhecer versões “abluesadas” de músicas de artistas como Britney Spears, Madona e Cee Lo Green. 

A banda se apresenta em bares, casas noturnas, festivais de música, eventos culturais e programas de rádio e de TV. Residente em Curitiba – PR, a banda já passou por cidades de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. 

De Beatles a Rolling Stones, de Joss Stone a Stevie Wonder, a Milk’n Blues dá uma cara nova aos clássicos e um Blues a mais a tudo que toca, sempre de um jeito diferente e divertido.

Dessa vez a Banda de Curitiba traz um dos hits da carreira do britânico Joe Cocker. Lançada em 1967 pelos Beatles, foi regravada já no ano seguinte por Joe Cocker e virou o hino de toda uma era. É sem dúvida uma das favoritas da Milk'n Blues. 

Milk'n Blues:
Aline Mota: Backing Vocal
Eduardo Machado: Baixo e Backing Vocal
Leandro Lopes: Gaita Harmônica e Backing Vocal
Piatan Sfair: Bateria
Tiago Juk: Guitarra e Voz
Zia Leme: Backing Vocal


Composição: John Lennon / Paul McCartney

What would you think if I sang out of tune?
Would you stand up and walk out on me?
Lend me your ears and I'll sing you a song
And I'll try not to sing out of key

Oh, I get by with a little help from my friends
Hmm, I get high with a little help from my friends
Hmm, gonna try with a little help from my friends

What do I do when my love is away?
(Does it worry you to be alone?)
How do I feel by the end of the day?
(Are you sad because you're on your own?)

No, I get by with a little help from my friends
Hmm, get high with a little help from my friends
Hmm, gonna try with a little help from my friends

Do you need anybody?
I need somebody to love
Could it be anybody?
I want somebody to love

Would you believe in a love at first sight?
Yes, I'm certain that it happens all the time
What do you see when you turn out the light?
I can't tell you, but I know it's mine

Oh, I get by with a little help from my friends
Hmm, get high with a little help from my friends
Hmm, I'm gonna try with a little help from my friends

Do you need anybody?
I just need someone to love
Could it be anybody?
I want somebody to love

Oh, I get by with a little help from my friends
Hmm, gonna try with a little help from my friends
Oh, I get high with a little help from my friends
Yes, I get by with a little help from my friends
With a little help from my friends

domingo, 10 de outubro de 2021

Ninguém é bom sozinho



Correu até o final do campo, quase perdeu a bola, bateu com a perna direita, com efeito, ela fez uma rosca parafuso, contornou os dois marcadores, chegou na bica da meia lua. O Dezinho só tinha que colocar para dentro. O idiota bateu seco, de primeira e ... fora, bateu mal, muito mal. A torcida gritou em desespero. 

Baixou a cabeça fez uma negação discreta e voltou correndo para marcar o meia que recebia o lançamento rápido do goleiro adversário. Chegou por trás, roubou a bola, deu uma volta em torno do próprio eixo, procurou alguém desmarcado e novamente só viu Dezinho livre, já que Ariosvaldo colava no marcador para não correr.

Sem pensar, fez um lançamento primoroso, coisa de cinema, a bola caiu no pé esquerdo do Dezinho, o pé bom. Ele, empolgado, driblou o zagueiro recuado, sem nenhuma necessidade e ficou com o pé ruim, o direito, para bater. Bateu lá do outro lado do estádio.  

A torcida veio abaixo - burro, burro, burro. Dezinho levantou o polegar e fez sinal de tudo bem.

O técnico colocou Dezinho como segundo homem e Ariosvaldo como centro avante e o mandou na meia esquerda para bater de pé trocado para servir aos dois. Ele mais uma vez balançou  a cabeça - pensou consigo - deixa a merda do Dezinho na frente e tira o Ariosvaldo do campo, professor. 

Recebeu do volante uma bola macia no peito, acertou a redonda no chão, e quando o ala veio com força total, deu uma raspadinha debaixo das pernas, pegou na frente, o lateral veio feito uma carreta sem freio, tomou um lençol clássico, a torcida entrou em delírio. Chegou na linha de fundo, o zagueiro saiu para atropelar de vez, aí puxou a bola para trás com o pé direito, o pé bom, o zagueiro passou lotado, agora só faltava o cruzamento e quem, estava sem marcação era o Dezinho.  

Bateu leve, meia altura, a bola estufou no peito do Dezinho, que de olho fechado girou e bateu para onde o nariz apontou, já dentro da grande área. Só que o nariz do Dezinho apontou para o meio do campo. O ataque adversário aproveitou a bola gratuita, e  três sem marcação correram ao gol e desempataram. Foi o gol do título.

Correu no Dezinho, de punho cerrado, mas a turma do deixa disto o segurou. Nunca mais jogou naquele clube, onde Dezinho e Ariosvaldo aposentaram.

Fonte da Imagem: Project Update

É isto aí!


sábado, 9 de outubro de 2021

Enquanto

Título original que nomeei num primeiro momento: 
Enquanto estava parado esperando a chuva passar, deu de dar fé e consciência das coisas.


Por que razão 
estou parado aqui, 
sob esta chuva de outubro, 
que deveria ter vindo em setembro? 

Tendo havido a quarentena 
compulsória, 
até ela, a chuva da primavera, 
se resguardou do tempo

mas aí é outra historia
como escrever num poema
um relicário da estação
das rosas e das flores, 

é tão, humm, tão estranho
vou perguntar ao meu coração
mas vou ter que aguardar,
meu coração partiu a muito.

melhor não saber
e não explicar a você
o não dizer dos porquês
da abrupta fuga contestatória

Assim como do céu 
de onde vem esta água disrítmica
nesta perturbação explícita
da ordem natural das coisas admonitórias

Está a minha mente confusa,
meus medos aguçados, e nos olhos
a imagem da sua silhueta profusa
em vertiginosa dança mitigatória

a apaziguar minhas divagações
murmurando que amo você
e mesmo assim quando parti 
meu Deus, não disse adeus.

É isto aí!

 

Royal Street treat-the musician killing it on clarinet is virtuoso Doree...

Fonte Youtube: peasleedab 

3 de mai. de 2013




Se não abrir, clique aqui: peasleedab 



sexta-feira, 8 de outubro de 2021

João Bosco e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais - Quando o amor acontece

João Bosco apresentando "Quando o amor acontece (João Bosco/Abel Silva)" com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais regida por Roberto Tibiriçá. 
Evento: Sinfônica Pop
Data: 4/9/2012
Local: Palácio das Artes - Belo Horizonte/MG

Fonte Youtube: detudovairolar

Licenciado para o YouTube por
UMG (em nome de Universal Music Ltda.); LatinAutorPerf, SOLAR Music Rights Management, UNIAO BRASILEIRA DE EDITORAS DE MUSICA - UBEM, LatinAutor, Sony ATV Publishing e 6 associações de direitos musicais


Coração sem perdão
Diga fale por mim
Quem roubou toda a minha alegria
O amor me pegou, me pegou pra valer
Ai, que a dor do querer
Muda o tempo e a maré
Vendaval sobre o mar azul

Tantas vezes chorei
Quase desesperei
E jurei nunca mais seus carinhos
Ninguém tira do amor
Ninguém tira pois é
Nem doutor, nem pajé
O que queima e seduz, enlouquece
O veneno da mulher

O amor quando acontece a gente esquece logo quem sofreu um dia... Ilusão
O meu coração marcado tinha um nome tatuado que ainda doia
Pulsava só a solidão

O amor quando acontece a gente esquece logo que sofreu um dia... Esquece sim
Quem mandou chegar tão perto
Se era certo outro engano, coração cigano
Agora eu choro assim

O amor quando acontece a gente esquece logo que sofreu um dia... Esquece sim
Quem mandou chegar tão perto
Se era certo outro engano, coração cigano
Agora eu choro assim










                                    

Os seiscentos mil corpos insepultos


Pensei em copiar um texto publicado na grande mídia, mas estou enojado demais para isto. Hoje tenho dor, tenho raiva, tenho impotência diante desta construção, tijolo por tijolo, do mal sobre nós. Malditos sejam todos os que arquitetaram esta maldade.

Seiscentos mil corpos insepultos estarão para sempre nas suas vidas até o dia do Julgamento Final, quando serão a prova das suas maquinações insidiosas. Vocês são muitos, são uma legião, mas saibam que toda fatura vence, todo mal será abatido, toda a crueldade para com o próximo já está condenada.

Perdi pessoas queridas, amigas de infância, colegas, conhecidos, perdi a esperança de acreditar que vocês seriam ao menos capazes de fazer algo, por menor que fosse, de bom. 

Eu não conheço vocês. São anônimos, se escondem em endereços elegantes, frequentam lugares luxuosos, viajam para os mais lindos locais do planeta, estudaram nas melhores escolas, falam muitos idiomas, já leram muitos e muitos livros, são educados, bem vestidos, perfumados, possuem empresas, carros, casas e salas bonitas, limpas, muitos funcionários, luxo e riqueza exuberante. 

Mesmo com todo este poder político e econômico bem articulados, tudo passa. Tudo isto que são e representam hoje também passará, porém vocês terão para sempre seiscentos mil corpos insepultos que jamais poderão esconder. 

Lucas 16:19-31

Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.

Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele;

E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.

E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.

E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.

E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.

Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.

E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.

E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,

Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.

Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.

E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.

Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.

Fonte da imagem: Blog do QG

É isto aí!



quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Os sincericídios da vida a dois



Os sincericídios da vida a dois

01 - Casal na faixa dos 70 anos jantando num restaurante simpático, no bairro onde residem:

Ele: O que você desejaria pra mim?
Ela: Um evento onde todos o reconheceriam pelos seus feitos.
Ele: Uau!! No clube?
Ela: Não, mas pode até ser. A princípio pensei na Capela Velório ...

02 - Casal na faixa dos 63 anos, comemorando Bodas de Coral em Gramado-RS

Ela: Vamos fazer um jogo de perguntas e respostas?
Ele: Muito bem, comece então.
Ela: Se você fosse falar uma coisa que nunca falou antes o que você falaria?
Ele: Não.
Ela: Não o que?
Ele: Diria não na igreja no dia do meu casamento.

03 - Casal na faixa dos 56 anos, numa tarde em Copacabana:

Ele: Quando você esta sozinha num canto qualquer, o que você pensa?
Ela: Em sexo.
Ele: Oba!!!
Ela: Menos, baby, penso em sexo,  isto exclui você.

04 - Casal na faixa dos 49 anos, num domingo de tédio e chuva:

Ela: Amor, quando você não gosta da pessoa, mas ela quer ficar com você, 
            você fica na amizade ou para de falar com ela?
Ele: (silêncio...)

05- Casal na faixa dos 42 anos, num tour por Roma:

Ele: Quando você chegar no céu o que você dirá para Deus?
Ela: Já sabia, já sabia, só de ter casado com ele, mereço o céu pois meus pecados estão todos perdoados.

06 - Casal na faixa dos 35 anos, numa festinha vip:

Ela: O que te deixa todo arrepiado?
Ele: Ducha fria no inverno.

07 - Casal na faixa dos 28 anos, numa noite delirante:

Ele: O que é mais difícil - pedir para alguém te esquecer, ou esquecer alguém?
Ela: Como é o seu nome, mesmo? 

08 - Casal na faixa os 21 anos, em jornada intensiva de auto-conhecimento

Ela: não para, não para, não para não!!
Ele: não para, não para, não para não!!

É isto aí!


quarta-feira, 6 de outubro de 2021

O Funeral da Jaca



O homem de chapéu de coco: 
Na verdade, na verdade, assim, de uma maneira muito cá entre nós, hummm, não! Eu não a conhecia bem. Assim, não tão bem, mas ela parecia ser uma boa pessoa. 

A mulher do decote cigano:
Uma biscate, quer dizer, mascate de homem casado. Ficava ali a pedir boleia aos desavisados e embriagados da noite. 

O homem de bigode chevron:
Lembro desta moça ainda menina a andar para lá e para cá suplicando por comida, abrigo, roupas usadas e um pouco de afeto. Sempre pareceu-me decente.

A mulher de peruca full lace:
Engraçado. Nunca soube desta mulher nada que seja bom ou ruim. Eventualmente ouvia aqui e ali que era barraqueira, barranqueira e desavergonhada. Mas euzinha jamais vi nada, só ouvi... só ouvi.

O homem da bengala standart:
Jaca, minha flor, tudo que me resta é a saudade de tudo que me destes. Não sei se suportarei a tua ausência sem me prostrar diante do infinito e desejar segui-la.

A mulher de meia-calça arrastão:
Aqui se faz, aqui se paga. Você, meu bem, foi avisada e tornou-se responsável pelos seus atos e agora terá que lidar com as respectivas consequências dos mesmos, lá bem longe daqui, onde é seu lugar...kkkkk

O homem de sapato branco:
Esta mulher era um furacão de amor, um vulcão de volúpias e um mar revolto de desejos ardentes. Adeus mulher carbonária, até um dia, quem sabe nos reencontremos para matar saudade dos velhos tempos. 

A mulher do cabelo fixado com laquê:
 A mais baixa, a mais chula, a mais grosseira de todas as profissionais do sexo selvagens, a irmã gêmea do pecado. Que a tenham agora em plena ebulição efervescente no lugar merecido. 

O homem com calça de tergal e suspensórios de elástico:
Antes de dizer adeus, gostaria de lhe agradecer por tudo o que me ensinou. Com você, me tornei uma pessoa melhor, evolui e passei a contribuir mais para o bem-estar do mundo, Faltou o ultimo abraço, faltou nossos lábios se tocando, faltou ... o que eu estava falando mesmo? O quê? A Jaca morreu? Como? Quando foi isto? Quem é Jaca?

A mulher de hobby estampado de rosas com detalhes em renda:
Jaca, minha irmã, minha amiga, companheira, confidente e parceira. Seu legado é a liberdade.

O homem rico da cidade:
Eu quero aqui externar minhas sinceras condolências à família da ..., hummm, desta moça, que sempre foi exemplo de, então, doravante, todas as ruas desta cidade, esta praça, este parque, este céu, o coreto tem muitas trepadeiras, e isto sempre será sua lápide.  

A mulher da farmácia:
Uma pessoa do bem, uma mulher corajosa, independente e sobretudo feliz por ser livre. Adeus, minha amiga!

Fonte da Imagem: Inked


É isto aí!



 





segunda-feira, 4 de outubro de 2021

As relações assépticas e a mudança das relações


Neste momento onde o mundo ficou sem facebook, Instagram e whatsapp por cerca de oito horas, faço uma pausa para reflexão. No decorrer do dia, segundo a mídia, a empresa líder do segmento de redes sociais do mundo, perdeu seis bilhões de dólares com a queda de seus sinais vitais que pulsam em bytes aqui e ali.

É um dia para ser registrado na história da humanidade. E se acontecer de novo? E se tivermos que retroceder nos hábitos diante de uma epidemia? Esta modernidade nos trouxe essas relações assépticas, que viraram marca registrada do modo de viver até aqui, querendo ou não, aceitando ou não, sabendo ou não e gostando ou não.

SE nada mais acontecer, daqui a poucos anos é provável que a humanidade cruze a linha da complexa teia de relacionamentos próximos, passionais ou compromissados. A geração nascida agora, nestes loucos anos 20 do século XXI não nos reconhecerão, minha geração que nasceu no tempo dos Beatles. Seremos neanderthais. 

Para concluir, além do Fake-News, que mudou a história e o comportamento social de muitas dezenas de milhões de pessoas do planeta, numa complexa engenharia social engendrada por mecanismos de inteligência artificial, inteligência emocional, inteligência bélica e interesses diversos, utilizando ferramentas de grande poder de persuasão em massa, fica a pergunta:

Quais seriam os Pontos Positivos e Negativos da internet como mídia, hoje? Vamos ver o que o site de Design Digital da medium.com falava sobre isto em 2016, aqui abaixo:

Acrescento à este levantamento, a seguinte questão: Passados cinco anos deste estudo, o que você acrescentaria?

Pontos Positivos:

- Facilidade de busca por informação;

- Agilidade e velocidade nas trocas de informação;

- Maior diversidade nas relações profissionais e pessoais;

- Facilidade de pesquisa;

- Centro de informação e entretenimento;

- Liberdade de escolha de acesso a todos que a possuem.

- Compra e Venda a nível Internacional

- Aglomeração dos outros meios midiáticos

- Conteúdos Variados para Pesquisa

- Entretenimento “Barato”

- Superação de distâncias

Pontos Negativos:

- Nem toda informação tem fonte segura;

- A rapidez com que se obtém uma informação aparentemente correta, impede que haja uma seleção da mesma;

- Relações profissionais equiparadas ao imediatismo da internet e a possibilidade de obter falsas relações pessoais;

- Uso indiscriminado de informações errôneas;

- Uso indevido de imagens e informações pessoais;

- Portas abertas para crimes e abusos.

- Pornografia Infantil e Adulta sem restrição de acesso

- Vírus destrutivos e nocivos, Spam’s

- Decadência de Cultura “manuscrita” e verbal

- Informações Inconsistentes

- A facilidade em conseguir informações pela Internet pode deixar o ser humano mais preguiçoso e acostumado ao mundo fast.

- Jogos, e entretenimentos ocupam muito tempo ocioso, que poderia ser melhor aproveitado ao lado de uma pessoa real ou com a família.

- Roubo de Informações e Crimes Virtuais.

É isto aí!


domingo, 3 de outubro de 2021

A canção da Loba


Fonte do vídeo Youtube¹: Vargsången

Fonte da música Youtube²: Vargsången

Vargen ylar i nattens skog
Han vill men kan inte sova
Rio húngaro i hans varga buk
Och det är kallt i hans stova

Du varg du varg, kom inte hit
Ungen min får du aldrig

Vargen ylar i nattens skog
Você está com fome ou klagar
Homens jag ska ge'n en grisa svans
Sånt passar i varga magar

Du varg du varg, kom inte hit
Ungen min får du aldrig

O céu é um lugar, não apenas um estado da alma

Entrou no restaurante em completo desligamento do ambiente. Deu vontade e benzeu-se na recepção, tomou benção do maître e procurou um lugar no fundo, para lidar com o celular enquanto a cabeça tentava entender onde o corpo o levara.

O garçom aproximou-se, e achou aquilo bem moderninho, imagina, um sujeito com cara de rico servindo a pessoas comuns. Pediu uma água com gás enquanto buscava o aparelho no bolso. Ficou em pé, vasculhou os dois bolsos da frente da calça os dois posteriores, a seguir repetiu o ritual e nada.  

Sentou-se e ficou divagando. Deu por conta que também estava sem carteira. Ao levar a mão na testa, percebeu que estava sem óculos. Passou a mão na cabeça e sentiu um volume de cabelo que há aos não mais existiam. Chamou o garçom.

Escuta, eu preciso fazer uma pergunta que pode parecer estranha - você sabe quem eu sou?  não, senhor, sinto muito, afinal você são muitos. - Levantou-se confuso, caminhou até a porta, a moça simpática entregou-lhe o paletó de linho e o chapéu panamá monte cristo. Colocou o chapéu, vestiu o paletó e saiu à rua. 

Viu e não reconheceu aquela avenida imensa, florida, com muita luz em toda a sua extensão, mas não parecia uma luz conhecida. Experimentou uma sensação de leveza nos pés e aos olhar para baixo, percebeu que estava descalço. Aquilo era inusitado demais, refletiu.

Achou ter visto uma pessoa conhecida, mas a seguir não se convenceu de que fosse. Caminhou até a praça duas quadras à direita. Sentou no banco e sentiu uma eternidade passar pelos seus olhos, que a tudo viam em todos os ângulos, como se fosse parte do todo e o todo fosse parte de si.

Nunca rezou, nunca foi num templo, nunca procurou saber como era aquela coisa, como e dava o pós-coisa e agora sentia que estava dentro de uma bolha que ao mesmo tempo estava dentro dele. Tudo passava na mente, as memórias floresciam instantaneamente. Despertou deste transe com o garçom, sorridente, entregando-lhe a garrafa de água que esquecera de levar.

Ao levantar os olhos, o garçom transfigurou numa luz, e ao redor tantas luzes quantas pudesse observar sorriam para ele - um homem alto aproximou-se, pegou nas suas mãos, colocou-o de pé e se abraçaram. Chorou muito ali, naquele momento, e de repente sabia quem era aquele homem, aquele lugar aquelas pessoas reluzentes e deixou-se tomar pela emoção celestial. Entendeu a sua vida como parte da vida do todo, cuja dimensão é imensurável.. 

É isto aí!

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

No dia que encontrei com meu clone em 2046


Hoje lembrei de um episódio que ocorreu naquela inverno rigoroso de 2046, ou foi verão? Nunca sei destas coisas, quem sabia mesmo era a Alexa Pandora, minha amada e deliciosa ginoide, cujo nome batizei em homenagem à primeira mulher mortal do universo, criada por Hefesto, filho de Zeus. 

Recordo com lucidez que aguardava pacientemente a enfermeira, outra ginoide a quem nomeei como Hera, a avó, digamos assim, de Pandora, já que era a mãe de Hefesto, meu sogro (afinal criou Pandora). Toda manhã Hera passava para aferir minha pressão, administrar meus medicamentos do dia, e em seguida conduzia-me para um passeio virtual na floresta tropical no tempo da primavera. 

Alexa Pandora tinha sentimentos negativos para com Hera, apesar de nunca ter ocorrido da minha parte nada, ou quase nada, ou mais ou menos nada que promovesse uma situação de conflito entre as duas.

Naquela manhã ocorreu uma coisa diferente. Um humano apareceu na porta, sorridente, trajando o uniforme institucional. Colocou o polegar esquerdo no visor, que acendeu uma intensa led verde. Em seguida o sistema fez a leitura da íris e da temperatura, e só então conferiu-lhe permissão para entrar sem soar o alarme de tensão. Apenas os humanos faziam aquele procedimento, já que androides e ginoides emitiam infrassons captados pela rede.

Logo percebi uma familiaridade no seu aspecto geral. A expressão facial, o jeito de andar, a voz, o sorriso, o corte de cabelo. Pensei que fosse um parente distante, ou até mesmo um descendente desconhecido. Convidei-o a sentar, e tivemos um diálogo dos mais absurdos que já experimentara na compreensão da vida.

Posso saber seu nome?

Azael Zyan, senhor.

Nome interessante, disse, e percebi que Alexa Pandora ficou eletrizada com o jovem.

Obrigado, senhor.

Você é daqui mesmo? (Alexa Pandora dá uma revirada nos olhos)

Não sei, senhor. 

E seus pais?  (Alexa Pandora morde fortemente o lábio inferior)

Não sei, senhor.

Eu sei quem ele, é, disse Alexa Pandora ofegante e suspirante. 

O rapaz sorriu timidamente.

Então nos conte, Alexa Pandora, quem é este rapaz?

Segundo os dados de registro que tenho do sistema operacional responsável pelo gerenciamento de todo o hardware das minhas antepassadas, consta que ele é seu clone, produzido na nossa matrix clonal Tabajara em 12 julho de 2021, em pleno pandemia mundial, quando fez exame de RT-PCR  em um dos nossos campos avançados de coleta de material genético de pessoas aleatórias com potencial interessante à fase 3 do Projeto de Repovoamento Tabajara.

Você é meu clone?

Sim senhor. Linha de Produção ZZ, Classe Zyan, Unidade Azael

Tem mais de você, quer dizer, de mim?

Não, senhor. A matriz da sua matrix foi considerada excludente.  

Enquanto me refazia do susto, sentando no fundo da poltrona, cobrindo os olhos, ouvi a porta batendo. Naquele dia meu clone fugiu com Alexa Pandora para local incerto e não sabido, e foram felizes para sempre.

Moral da história: Hera completou o vazio que ficou dentro de mim. e quanto à moral da história - não sei, realmente não sei se tem moral neste processo. Nunca mais tive uma ginoide tão boa quanto Alexa Pandora, e puxa vida, perde-la para um clone chamado Azael Zyan, puxa vida, que merdinha, hem!!! 

Merda! Merda! Merda! Perder Alexa Pandora para meu clone, e o palerma ainda se chama Azael Zyan... puta merda!!! E, cá para nós, falar que a matriz da minha matrix foi considerada excludente, puta que o pariu, é foda, aí fodeu tudo mesmo.   

É isto aí!

Fonte da Imagem - Wikipédia - Ginoide

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

A pátria amada (republicação)


*Fonte da imagem: OpenEdition Journals Brasil em representação tridimensional


Queria falar sobre política, o poder, o terror  e o mal disseminado entre o mundo, mas tudo isto é fato intensivo em toda a mídia, e não tenho muito o que falar nem para combater. O problema é que a grande tribo tupy-guarany está em polvorosa convulsão. Estamos cada dia mais traídos por uma paranoica necessidade dos ricos ficarem mais ricos.

Para tentar explicar utilizando um outro contexto o que está ocorrendo na pátria amada, vamos ver o que circula na rede nacional. Esta publicação foi feita aqui, neste mesmo Reino, em 2013 (aqui), com o mesmo nome, quando o país atravessava com o forte impacto de uma grande crise internacional. Naquela ocasião, acreditei que seria mais uma marolinha, mas logo depois 2016 veio com o ensejo de fazer deste país uma grande prestador de serviço de logística regional, digamos assim.

Conspirações pelo Brasil

Acre

A conspiração do Acre é uma teoria da conspiração satírica em volta do estado brasileiro do Acre, onde é afirmado que este não existe, ou que dinossauros habitam o território. 

Amazonas

Um estudo recente mostra que cerca de 20% do total da Amazônia já emite mais dióxido de carbono do que absorve, ou seja, mais um pouco e deixa de existir. 

Bahia

Jorge Amado alarmou que "Baiano é um estado de espírito". Têm seu próprio dialeto - o dialeto baiano ou baianês, que é um dialeto do português brasileiro, cujos falantes têm como região geográfica o estado da Bahia, Por vezes, pela semelhança, é confundido com o dialeto nordestino. 

Ceará

Cearense não é bem o que você pensava. A formação do cearense se deve a povos vikings que dominaram a Europa séculos atrás. 

Brasília - Distrito Federal

Como dizia Niemeyer: "você pode gostar ou não da cidade, mas nunca poderá dizer que já viu algo assim". Para começar, a cidade tem a forma de um avião, que fica dentro de um quadradinho, o Distrito Federal. Não tem esquinas e é a única cidade brasileira a receber uma corrida de... cadeiras de escritório. 

Espírito Santo

É um hiato meio bahiano, meio mineiro meio fluminense, mas se acha mesmo carioca sem sotaque, como prova disto, cidade de Vitória, no Espírito Santo, é a única capital brasileira sem destaque no serviço do Google de mapeamento 

- para o capixaba as coisas não estragam, "daum tilt".

- capixaba adora falar "ninguém merece" pra tudo.

- capixaba não diz como vai, diz "qualé".

- capixaba inicia as frases com "deixa falar...".

Goiás

Se tem um negócio que os goianos fazem naturalmente é não usarem pronomes reflexivos., que são aqueles que expressam a igualdade entre o sujeito e o objeto da ação. “aném” ao 'tem base" começam ou encerram quaisquer diálogos. 

É o único estado que foi protetorado de São Paulo desde a sua criação cujo nome não tem origem de referência. Aném!! Goiás é Goiás e pronto, tem base?

Maranhão

O Maranhão nunca conseguiu se definir geograficamente. Parece Norte, já foi Meio-Norte e ultimamente tem de forma tímida se apresentado como Nordeste. Mas na verdade, na verdade mesmo, Maranhão é caribenho, criador do Reggae, simbioticamente vinculado à Jamaica. O Maranhão foi anexado ao pais somente em 1823, pelos ... ingleses, ah! estes ingleses... os mesmos que libertaram os jamaicanos dos malvados espanhóis. Antes disto passou pela mão dos franceses e holandeses.

Mato Grosso

Pelo Tratado de Tordesilhas, pertencia à Espanha, até que abriram mão, já que era num lugar entre o quase e o fim do mundo. Para se ter uma ideia,  a notícia da independência do Brasil , que ocorreu em 7 de setembro de 1822, só chegou na província de Mato Grosso em 22 de janeiro de 1823, um pouco desacreditada, mas oficialmente chegou nesta data. Tem fuso horário diferente e confuso, já que não são todas as regiões que adotam este procedimento. Como vê, continuam longe.

Mato Grosso do Sul

Não existe. O que se autodenomina MS não passa de uma expansão gaúcha, com aquelas prendas lindas, aquele churrasco típico, aquelas danças coloridas, chimarrão, poncho e vinho, mas muito garrafão de vinho nas colônias espalhadas pelo território. 

 Minas Gerais

No plural, caso único de duplo plural cultural, linguístico, econômico etc. Tudo em Minas é plural, tudo passa por Minas, assim no plural, exceto Goiás, mas Goiás não conta. Mineiro é uma incógnita universal que transcende.

O mineirês é um dialeto do português brasileiro falado na região central do estado. O Triângulo fala um mineirês Nheengatu, um dialeto bem rico e quase incompreensível ao português clássico. Na prática todo berlandês é no mínimo bilíngue.  

 O implacável é o Uai. Nada se compara a ele. É a marca registrada do mineiro. Já tentaram colar muitas hipóteses para explicar o Uai, mas nenhuma delas se sustenta. O Uai existia antes do primeiro mineiro falar. É atávico, Uai é a ontogêneses explicando a filogênese de ser mineiro. Ah! E lá no Goiás, se fala Uai também, deve ser rastilho do plural.   

E tem o Trem, e o Trem é uma palavra que designa a Teoria de Tudo, ou Teoria do Todo, ou ainda teoria unificada ou unificadora de Minas. Poderia ser uma teoria científica hipotética que unificaria, procuraria explicar e conectar em uma só estrutura teórica, todos os fenômenos linguísticos do planeta num único tratamento teórico gramatical, linguístico  e quântico.

Pará

Em extensão territorial, é maior do que todo o sudeste, e fica só nisto. 

O Pará era para ser membro da União Europeia, mas os ingleses, ah!! Os ingleses. Tudo que se sabe é que quando o Brasil se tornou independente no dia 7 de setembro, a Província do Grão Pará não aceitou fazer parte do Brasil, sendo fiel a Lisboa - Portugal.

 Um ano depois calçou as sandálias da humildade e aderiu ao Brasil. Porém, essa adesão não foi tão simples. Dom Pedro I, Imperador do Brasil, enviou (sic) para o Pará um comandante de fragata inglês, John Grenfill, que havia sido contratado para formar a nossa Marinha. E ele foi com a missão única  e exclusiva de incorporar o Pará ao Brasil, custe o que custar. Chegou lá e assim o fez de maneira dramática, como registrou o historiador Jean Ribeiro. 

Paraná

A capital paranaense, Curitiba e alguns torcem para o Coritiba, que manteve a grafia de 1909, tem os pé vermelhos, tem os coxas brancas e uma infinidade de outras derivações étnicas. Só foi colonizado pelos portugueses tardiamente, e hoje soma uma abundância de etnias como portugueses, espanhóis, italianos, alemães, neerlandeses, eslavos, poloneses, ucranianos, árabes, coreanos, japoneses, gaúchos, catarinenses, paulistas, mineiros, nordestinos, indígenas e africanos, as quais colaboraram para o fortalecimento da identidade do povo paranaense. 

Ah, sim, fala-se português no Paraná, apesar dos nativos acharem que é uma língua estrangeira. 

Pernambuco

Dom João VI, quando veio fazer da província um co-império, cometeu a deselegância de desprezar Recife, a capital da mais rica e próspera capitania do brasil de então. Dali em diante Pernambuco virou uma efervescência de desconjuras. Deu revolução de dar no pau, e criou o maracatu, o frevo e o forró.  

Em 1817, cansados de carregar a corte na maré mansa do Rio de Janeiro, fizeram uma grande revolução, apoiada pelos ricos e pela igreja local. Os revoltosos buscaram o apoio dos ingleses, ah! os ingleses fizeram-se de surdos. 

Com uma enorme pressão, Dom João VI sufocou a rebelião separatista de uma forma abrupta, com prisões, violência, mortes e torturas. Depois de apaziguar sob o poder das armas, foi aos poucos dividindo a capitania de Pernambuco, criando os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas.

Tenho orgulho danado destes pernambucanos.

Rio Grande do Sul

O nome do estado originou-se de uma série de erros e discordâncias cartográficas, quando se acreditava que a Lagoa dos Patos fosse a foz do Rio Grande. Tri legal!!

Segundo a Wikipédia, Gaúcho é uma palavra oriunda do castelhano gaucho, um adjetivo que, aplicado a pessoas, pode significar "nobre, valente e generosa" ou "camponês experimentado em pecuária tradicional", ou ainda "velhaco, astuto, dissimulado ou ardiloso experiente", mas também pode ter o sentido de "vagabundo, contrabandista, desregrado e desprivilegiado". 

Como se sabe, gaúcho fala, entende lê e escreve bem o alemão, e tem noções de português para poder suportar os nordestinos de Santa Catarina para cima. 

Rio de Janeiro

Não existe. É uma crença popular, talvez o maior problema de identidade cultural dos nativos da terra brasilis. O que temos de verdade na alma do povo é a Guanabara rodeada de fluminenses, uns capixabas, outros mineiros e outros paulistas. 

Que venham os ventos da liberdade e devolvam ao país a sua capital cultural, social e maravilhosa.

Rondônia

Nunca deixou de ser o Guaporé lá das bandas do Acre.

Santa Catarina

Estado membro oculto da União Europeia, com capital oficial em Schwerin, eu acho, ouvi dizer, parece que sim, talvez...

São Paulo

"No princípio era São Paulo!"

No princípio criou Deus o Brasil.

E o Brasil era sem forma e vazio; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas da Guanabara.

E disse Deus: Haja São Paulo; e houve São Paulo.

Com a perda da identidade cultural da Guanabara, o Brasil acabou isolando também São Paulo, como se tivéssemos vergonha de sermos felizes e sermos competentes para fazer e acontecer um grande desenvolvimento nacional. 

São Paulo caminha a passos largos para a desindustrialização, o que o descaracterizará completamente. Estamos testemunhando um movimento disruptivo de pátria. Triste sina ou maledicência? 


É isto aí!

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Pare de sofrer por quem não te dá valor

Maura de Albanesi é Psicóloga, escritora e apaixonada por ajudar pessoas a despertarem o seu poder mental e materializarem os seus sonhos.

Tem mais de um milhão de acessos semanais no Facebook

Tem cinco livros publicados:

Tem quinze anos de audiência líder na Rádio Mundial 95,7FM

Tem mais de sete milhões de views no Youtube

Tem mais de trinta anos de jornada profissonal

Instagram: @mauradealbanesi 
Página pessoal: Maura de Albanesi

Já foi convidada para programas de TV como o Desafio Barriga Zero da Ana Maria Braga, Cátia Fonseca, Jornal da Band, entre outros e para ministrar treinamentos em empresas: Unliver, Banco Santander, FLC e outras...

É fundadora da ONG Renascimento, que é um movimento filosófico iniciático, sem fins lucrativos, criado para conduzir as pessoas a um mergulho interior para se reconhecerem e despertarem o enorme potencial de suas capacidades mentais e psiquícas. Uma das regras para encontrarmos a nossa plenitude é, sem sombra de dúvidas, a filantropia.

Fonte do vídeo abaixo, no Youtube: Pare de sofrer para quem não te dá valor



Se o vídeo não abrir, clique aqui e vá direto para o Youtube

00:00 - PARE DE SOFRER POR QUEM NÃO TE DÁ VALOR!
00:57 - A verdadeira causa do sofrimento por atenção
4:23 - A infantilidade emocional por trás desse sofrimento
7:38 - Como é possível crescer emocionalmente
9:09 - Como vencer a dor de assumir os próprios valores
13:23 - A importância de aceitar que você não irá agradar a todos
16:33 - Técnica prática para reconhecer os próprios valores

Amo-te muito (João Chaves)


Amo-te muito, como as flores amam
O frio orvalho que o infinito chora.
Amo-te como o sabiá da praia
Ama a sangüínea e deslumbrante aurora.

Oh! Não te esqueças que te amo assim.
Oh! Não te esqueças nunca mais de mim.

Amo-te muito como a onda à praia
e a praia à onda, que a vem beijar...
Amo-te tanto como a branca pérola
Ama as entranhas do infinito mar.

Oh! Não te esqueças que te amo assim.
Oh! Não te esqueças nunca mais de mim.

Amo-te muito, como a brisa aos campos
e o bardo à lua derramando luz.
Amo-te tanto quanto amo o gozo
e Cristo amou ardentemente a cruz.


João Chaves nasceu em  22/5/1887 e faleceu em 11 de maio de 1970, em Montes Claros, MG.

Exímio cordelista, trovador, poeta, compositor, intérprete, seresteiro e músico que tocava flauta, pistom e viola, tendo sido também jornalista, advogado e influente político regional.

 Em 1910, compôs a modinha "Amo-te muito", considerada sua obra prima. 

Clique aqui para ouvir com Zé Renato, Wagner Tiso e Boca Livre

Clique aqui para ouvir com Saulo Laranjeira

Música - Amo-te muito
Letra e melodia: João Chaves
Cantor - Zé Renato
Instrumentista e arranjador - Wagner Tiso
Participação especial - Boca Livre
Gravação de 2002 para comemorar o centenário de nascimento de Juscelino Kubitschek
Fonte Youtube - Amo-te muito
Gravadora - Biscoito Fino - CD MEMORIAL - WAGNER TISO & ZÉ RENATO


Música - Amo-te muito
Letra e melodia: João Chaves
SAULO LARAN JEIRA
FULÔ DE LARANJEIRA
Laranjeira Produções Artísticas Ltda. ‎– FULÔ CD 98
1998
Voz: Saulo Laranjeira
Violão: Gilvan de Oliveira
Fonte Youtube - Amo-te muito











Poemeto Erótico (Manuel Bandeira)




Manuel Bandeira (1886/1968), nascido em Recife- PE é um dos maiores poetas da língua portuguesa.

Poemeto Erótico (publicado em 1917 - A Cinza das Horas).

Teu corpo claro e perfeito,
– Teu corpo de maravilha,
Quero possuí-lo no leito
Estreito da redondilha...

Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa... flor de laranjeira...

Teu corpo, branco e macio,
É como um véu de noivado...

Teu corpo é pomo doirado...

Rosal queimado do estio,
Desfalecido em perfume...

Teu corpo é a brasa do lume...

Teu corpo é chama e flameja
Como à tarde os horizontes...

É puro como nas fontes
A água clara que serpeja,
Quem em antigas se derrama...

Volúpia da água e da chama...

A todo o momento o vejo...
Teu corpo... a única ilha
No oceano do meu desejo...

Teu corpo é tudo o que brilha,
Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa, flor de laranjeira...

Escute aqui a declamação no Youtube, com Roberto Mallet


Fonte Youtube: Roberto Mallet (15 de fev. de 2017)



quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Mineirêses


Nasci mineiro
já com orgulho danado
de ser Minas Gerais
em estado sempre plural, 
num caso único 
de duplo plural cultural, 
linguístico, econômico etc. 
São muitas Minas, 
e tudo passa por aqui.

Mineiro é uma incógnita universal 
que transcende a imaginação.
O mineirês é dialeto oficial 
do português brasileiro nato
falado para tudo quanto é canto
de todos os recantos Gerais
carregado de encantamentos
ah, estes metaplasmos de supressão de fonemas
fazem a diferença total.

O Triângulo fala um mineirês 
meio português meio Nheengatu, 
um dialeto bem rico e diversificado 
e quase incompreensível 
ao português clássico. 
Na prática todo berlandês 
é no mínimo bilíngue. 
  
O implacável é o Uai. 
Nada se compara no mundo. 
É a nossa marca registrada. 
Já tentaram colar muitas hipóteses 
para explicar suas origens, 
mas nenhuma delas se sustenta. 
O Uai já existia antes 
quando ainda era o Verbo
até o primeiro mineiro falar. 
É atávico, intangível, único
Uai é a ontogênese explicando a filogênese de ser mineiro. 
É o toque do Criador no paraíso de Minas. 

E tem o Trem, 
e o Trem é uma palavra mística 
que designa a Teoria de Tudo, 
ou Teoria do Todo, 
ou ainda teoria unificada 
ou unificadora desta terra. 
Poderia ser apenas uma teoria hipotética 
que unificaria seus vales e serras
ou procuraria explicar 
e conectar em uma só estrutura teórica, 
todos os fenômenos linguísticos do planeta 
num único tratamento teórico gramatical, 
linguístico, passional e quântico.
Tudo isto num trem 
que vai vai vai
cortando as montanhas 
das lindas e múltiplas 
Minas Gerais.

É isto aí!

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Mulherão (Martha Medeiros)


Peça para um homem descrever um mulherão. 
Ele imediatamente vai falar no tamanho dos seios,
na medida da cintura, no volume dos lábios,
nas pernas, bunda e cor dos olhos...
Ou vai dizer que mulherão tem que ser loira,
1.80m, siliconada e com um lindo sorriso.

Mulherões dentro desse conceito, não existem muitas:
Vera Fisher,
Malu Mader,
Adriane Galisteu,
Letícia Spiller,
Lumas 
e Brunas.

Agora, pergunte para uma mulher
o que ela considera um mulherão
você vai descobrir que tem uma em cada esquina...

Mulherão é aquela que pega dois ônibus por dia 
para ir para o trabalho e mais dois para voltar, 
e quando chega em casa 
encontra um tanque lotado de roupa 
e uma família morta de fome. 

Mulherão é aquela que acorda de madrugada 
para pegar a senha da matrícula na escola 
e aquela aposentada que passa horas em pé 
na fila do banco para buscar 
uma pensão merreca. 

Mulherão é a empresária 
que administra dezenas de funcionários 
de segunda a sexta, 
e uma família todos os dias da semana. 

Mulherão é quem volta do supermercado 
segurando várias sacolas 
depois de ter pesquisado preços 
e feito malabarismo 
com o orçamento. 

Mulherão é aquela que se depila, 
que passa cremes, que se maquia, 
que faz dieta, que malha, 
que usa salto alto, meia-calça, 
ajeita o cabelo e se perfuma, 
mesmo sem nenhum convite 
para ser capa de revista. 

Mulherão é quem leva os filhos na escola, 
busca os filhos na escola, 
leva os filhos pra natação, 
busca os filhos na natação, 
leva os filhos pra cama, 
conta histórias, dá um beijo 
e apaga a luz. 

Mulherão é aquela mãe de adolescente, 
que não dorme enquanto ele não chega, 
e que de manhã bem cedo 
já está de pé, esquentando o leite.

Mulherão é quem leciona 
em troca de um salário mínimo, 
é quem faz serviços voluntários, 
é quem colhe uva, 
é quem opera pacientes, 
é quem lava roupa pra fora, 
é quem bota a mesa, cozinha o feijão 
e à tarde trabalha atrás de um balcão. 

Mulherão é quem cria filhos sozinha, 
quem dá expediente de oito horas 
e enfrenta menopausa, 
TPM e menstruação. 

Mulherão é 
quem arruma os armários, 
coloca flores nos vasos, 
fecha a cortina para o sol não desbotar os móveis, 
mantém a geladeira cheia 
e os cinzeiros vazios. 

Mulherão é quem sabe 
onde cada coisa está, 
o que cada filho sente 
e qual o melhor remédio pra azia.

Mulheres nota 10 no quesito linda de morrer, 
Lumas,
Brunas,
Carlas,
Luanas
e Sheilas:
mulheres nota 10 no quesito linda  de morrer,
mas mulherão mesmo é quem mata um leão por dia!

Passe a todas suas amigas 
que você considera um mulherão...
E aos amigos pra que fique claro
o quanto é importante que seja dado
o devido valor as suas mães,
esposas, irmãs, namoradas,
amigas, filhas...

*Martha Medeiros (1961): Escritora e cronista best-seller com livros adaptados para a TV e cinema. Escreve sobre o cotidiano, o dia a dia e temas de interesse comum.

Fonte da Crônica/Poema: slideplayer








segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Noite cheia de estrelas (Cândido Neves)


Letra e música: Cândido Neves

Noite alta, céu risonho
A quietude é quase um sonho
O luar cai sobre a mata
Qual uma chuva de prata
De raríssimo esplendor

Só tu dormes não escutas
O teu cantor
Revelando à lua airosa
A história dolorosa
Deste amor.

Lua, manda tua luz prateada
Despertar a minha amada
Quero matar meus desejos
Sufocá-la com meus beijos

Canto
E a mulher que eu amo tanto
Não me escuta 
está dormindo

Canto e por fim
Nem a lua tem pena de mim
Pois ao ver que quem te chama sou eu
Entre a neblina se escondeu.

Lá no alto a lua esquiva
Está no céu tão pensativa
E as estrelas tão serenas
Qual dilúvio de falenas
Andam tontas ao luar

Todo o astral ficou silente
Para escutar
O teu nome entre as endeixas
Nas dolorosas queixas
Ao luar.




Show gravado ao vivo na Sala Baden no Rio de Janeiro no dia 27/09/2013
Direção musical e piano: Fernando Merlino, sopros: Julio Merlino, bateria: Paulo Camilo, Baixo acústico Jefferson Lescowish
Licença
Licença de atribuição Creative Commons (reutilização permitida)


Fonte Youtube: La serenata Vadinho 
Música "Noite cheia de estrelas" de Cândido das Neves, composta em 1932, incluída na trilha sonora do filme Dona Flor e seus Dois Maridos, de 1976 (aqui).

Artistas - Sônia Braga, José Wilker, Nelson Xavier, Arthur Costa Filho, Nelson Dantas e grande elenco.

Filme Licenciado para o YouTube por:
BMI - Broadcast Music Inc., UMPI, UMPG Publishing e 6 associações de direitos musicais