quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024
Sobre dismorfismo sexual, avestruzes e o Jeep Willys
quarta-feira, 31 de janeiro de 2024
Por que é que não nos apaixonamos todos os meses de novo?
Freud explica:
Ao evitar o sofrimento, privamo-nos para mantermos a nossa integridade, poupamos a nossa saúde, a nossa capacidade de gozar a vida, as nossas emoções, guardamo-nos para alguma coisa sem sequer sabermos o que essa coisa é. E este hábito de reprimirmos constantemente as nossas pulsões naturais é o que faz de nós seres tão refinados.
Por que é que não nos embriagamos?
Porque a vergonha e os transtornos das dores de cabeça fazem nascer um desprazer mais importante que o prazer da embriaguez.
Por que é que não nos apaixonamos todos os meses de novo?
Porque, por altura de cada separação, uma parte dos nossos corações fica desfeita. Assim, esforçamo-nos mais por evitar o sofrimento do que na busca do prazer.
Sigmund Freud, in ‘As Palavras de Freud*’
* As palavras de Freud
Autor: Paulo César de Souza
sábado, 27 de janeiro de 2024
Deve ser saudade
Mas sinto uma coisa
Samba do Grande Amor (Chico Buarque)
Que agora sim
Eu vivia enfim
O grande amor
Mentira
Me atirei assim
De trampolim
Fui até o fim
Um amador
Passava um verão
A água e pão
Dava o meu quinhão
Pro grande amor
Mentira
Eu botava a mão
No fogo então
Com meu coração
De fiador
Hoje eu tenho apenas
Uma pedra no meu peito
Exijo respeito
Não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira
Fui muito fiel
Comprei anel
Botei no papel
O grande amor
Mentira
Reservei hotel
Sarapatel
E lua de mel
Em Salvador
Fui rezar na Sé
Pra São José
Que eu levava fé
No grande amor
Mentira
Fiz promessa até
Pra Oxumaré
De subir a pé
O Redentor
Hoje eu tenho apenas
Uma pedra no meu peito
Exijo respeito
Não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira
Fonte: Musixmatch
Compositor Letra&Música: Chico Buarque
sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
O tempo e o destino
quinta-feira, 25 de janeiro de 2024
Você
Nem sempre foi assim
quarta-feira, 24 de janeiro de 2024
Cartas de Amor LXXXI
terça-feira, 23 de janeiro de 2024
Odete fala da língua pátria e outras reflexões
Saiu o índice de poliglossia de Pindorama. Segundo fontes fidedignas que obtiveram dados e metadados de fontes governamentais aqui abaixo estão relacionadas os cinco idiomas mais falados em terras brasilis:
01 - O Português (com pelo menos 10 variações para melhor ou para pior)
Carioca: Exclusividade da Cidade Maravilhosa e por indução, as cidades que compõem o Grande Rio
Baiano: De Teófilo Otoni (MG) até Natal (RN)
Mineiro: Começa logo ali e vai até onde se diz diz Trem, Uai e Arreda. O resto é dialeto de fronteira.
Gaúcho: Envolve os gaiteiros do sul, o chimarrão, a picanha, o bife ancho, o colorado e o tricolor. Tem também as tradições, as prendas, piás, guris, índio velho, barbaridades, tchê e outras buenas além fronteira.
Paulista: Falam que é português, mas não sei não. Não estou seguro para afirmar.
Cearense: Há uma baianidade serena na fala cearense, parece baiano mas no vocabulário se desfaz a dúvida. Tem uma quase imperceptível expressão linguística lusitana.
Pernambucano: Só de ter festa junina já está bom demais.
Catarinense: Entende razoavelmente bem o português.
02 - O Alemão
Falado por 2% da população de Pindorama (quatro milhões de pessoas), do Paraná ao Chuí, se prolifera em dialetos da língua alemã, além da cultura.
No Sudeste, existem colônias preservadas no Espírito Santo e no Vale do Mucuri em Minas, ainda se encontram núcleos de preservação da língua pátria.
Ao ultrapassar a divisa de São Paulo com o Paraná é bom ficar atento, pois o trem é doido demais, com dezenas de dialetos aqui e ali. Segundo a wikipédia , o idioma alemão é notável por seu amplo espectro de dialetos, com muitas variedades únicas existentes na Europa e também em outras partes do mundo.
Devido à inteligibilidade limitada entre certas variedades e o alemão padrão, bem como a falta de uma diferença indiscutivelmente científica entre um "dialeto" e uma "linguagem", algumas variedades alemãs ou grupos de dialetos (por exemplo baixo-alemão ou Plautdietsch) são alternativamente referidas como "línguas" e "dialetos".
03 - O Italiano
Veja só, você aí acreditando que a língua do norte estaria pelo menos aqui, esqueça. Das cantinas de massas de Minas, com pão de queijo e café aos pampas gaúcho, a colonada manda bem em seus dialetos e no italiano convencional. Tem quase a mesma percentagem dos alemães.
04 - O Japonês
Com quase dois milhões de falantes, o Japonês, discretamente, tem sido a quarta língua mais falada no país desde o início do século passado, de São Paulo até o Rio Grande do Sul.
05 - Espanhol
Língua quase oficial de toda a fronteira da extensão continental da pátria amada, o espanhol é imprescindível para a boa e estreita relação social e comercial com nossos vizinhos. Há dezenas de cidades na fronteira divididas apenas por ruas, pontes ou avenidas.
O número oficial é entre 500 mil e 1 milhão, mas com as crises aqui e ali no continente, é provável, apesar de não termos dados oficiais (só uma percepção mesmo) que este número chegue próximo ao alemão.
sexta-feira, 19 de janeiro de 2024
A Sorte passa na sua porta
quarta-feira, 17 de janeiro de 2024
segunda-feira, 15 de janeiro de 2024
GPS celestial com software bugado.
sexta-feira, 12 de janeiro de 2024
quinta-feira, 11 de janeiro de 2024
O Polímata e o Beócio
quarta-feira, 10 de janeiro de 2024
Clarice Falcão e Paulinho Moska - Eu me Lembro
Canal Brasil Letra e Música: Clarice Falcão
Era manhã
(Três da tarde)
Quando ele chegou
(Foi ela que subiu)
Eu disse oi fica à vontade
(Eu é que disse oi, mas ela não ouviu)
E foi assim que eu vi que a vida colocou ele (ela) pra mim
Ali naquela terça-feira (quinta-feira) de setembro (dezembro)
Por isso eu sei de cada luz,
Pode me perguntar de cada coisa
Que eu me lembro
A festa foi muito animada
(Oito ou nove gatos pingados no salão)
Eu adorei a feijoada
(Era presunto enrolado no melão)
E foi assim que eu vi que a vida colocou ele (ela) pra mim
Ali naquela terça-feira (quinta-feira) de setembro (dezembro)
Por isso eu sei de cada luz, de cada cor de cor
Pode me perguntar de cada coisa
Que eu me lembro
Ela me achou muito engraçado
(Ele falou, falou e eu fingi que ri)
A blusa dela tava do lado errado
(Ele adorou o jeito que eu me vesti)
E foi assim que eu vi que a vida colocou ele (ela) pra mim
Ali naquela terça-feira (quinta-feira) de setembro (dezembro)
Por isso eu sei de cada luz, de cada cor de cor
Pode me perguntar de cada coisa
Que eu me lembro
Eu me lembro (Eu me lembro)
Eu me lembro
Fonte: LyricFind
Compositores: Clarice Franco de Abreu Falcão
Letra de Eu Me Lembro © Ubc
No tempo em que só havia rádio
Aqui é Nildo Varella falando da Rádio Clube de Brejinho, a campeã de audiência, direto do Estádio Dr Silva. E começou o clássico. Totó passa e entrega a bola para Jorginho. Jorginho recebeu com estilo de craque, e repassa sem drible, com um passe magistral, para Dé, o melhor meia do mundo. Dé amorteceu no peito cheio de ar com vontade de ganhar na corrida o marcador brutamontes do time da casa.
É com você, Mané
- Olha, Nildo, se você quer cerveja, peça Cerveja Lalá. melhor não há. Macarrão é na Cantina do Tião, Banco sério é o Banco da Praça, onde seu dinheiro tem segurança. Vai que é sua, Nildo.
Com a palavra João Carlos Mandinga, nosso especialista em assuntos sobrenaturais do futebol:
- Nildo, este será o maior jogo da história do futebol mundial - maktub
Aqui é Nildo Varella e o jogo está pegando fogo. Jorginho desviou do Jajá, primeiro marcador, correu pela linha lateral esquerda para receber a bola de Dé, o melhor meia do mundo, direcionando a bola para a direita, disparou em fúria, chegou na bola com carinho de quem sabe, brecou deixando o marcador Pascoalino passar em liso, até cair fora do campo.
Fala Mané!
- Aqui é Mané Sergipe e se quer ficar de bem com a vida, dê para sua esposa o Regulador Xavier, tem na Farmácia do Tom Zé. E que saber o que mais só tem no Tom Zé? Se a criança chorar, tenha sempre Auris sedina, dorme dorme menina com auris sedina...Segue o jogo com Nildo.
Aqui é Nildo Varella, o campeão das rádios. O Raimundinho, segundo marcador, veio no embalo, recebeu um chapéu rápido do Bebeto Tranca Rua e o Raimundinho saiu de campo chorando.
O que você achou, Mandinga?
- Foi desmoralizante. Repito - foi Desmoralizante, e abateu a força moral do Raimundinho, tirou o ânimo do rapaz, que se viu desanimado e desencorajado. Vai Nildo.
Aqui é Nildo Varella, olha, Raimundinho, vai chorar no quarto escuro com essa. E o craque Jorginho, o maior do mundo como centroavante correu em direção ao gol. Todos se levantam, gritos ensurdecedores. Deu um corte curto, gênio!! Gênio!! Avança driblando o pé de apoio do goleiro, agora é só marcar e... fala Mané
- Aqui é o Mané. Você está com dor de cabeça? Tome Friona. Dor nos rins? Tome Friins. Dor no lombo? Tome Friombo. Todos à venda na Farmácia do Tom Zé. Segue aí Nildo.
Aqui é Nildo Varella, o locutor das emoções! Agora vai ser o gol, ai ai ai meu deusinho da redonda, vai menino. Gaguinho, o maior meia esquerda do mundo, tirou do zagueiro, tirou do quarto-zagueiro, bateu com a face externa do pé esquerdo, dando o efeito curva. A bola vai navegando pelo ar, silêncio total, no silêncio a bola vai lentamente em direção ... em direção ... minhanossasenhora dos parangolés da bola. O que você viu, Mané?
- Nildo, pelamordedeus, o que está acontecendo? Nunca vi algo parecido.
Aqui é Nildo Varella, e digo e repito: Olha Mané, a bola parou no ar. Nunca vi isto também. Com a palavra João Carlos Mandinga, nosso especialista em sobrenaturais do futebol.
Aqui é o Mandinga; Obrigado, gente, pela audiência, mas não tem nada de extraordinário nesta paradinha no ar. Aqui a regra é clara - A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade: as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas em sentidos opostos. Neste caso, a secada da torcida adversária anulou a trajetória da bola. Simples assim, nada de extraordinário ou sobrenatural.
- Mané aos berros: Nildo, Nildo, olha na sua direita, tem um gato voador indo em direção à bola parada.
Pelanossasenhoradosgatos assustados, o que é isto, Mané? O gato está girando o corpo lentamente em seu próprio eixo e olha isto, está caindo em pé sobre a bola parada no ar. Estão aterrissando lentamente no chão. Olha lá, olha lá, a bola vai entrar. O que você está vendo, Mané?
Aqui é o Mané, compre na Drogaria do Tom Zé.
- Nildo, o bandeirinha atirou o pau no gato. O gato saltou da bola e correu para o gol e foi tirada no último segundo pela mão do gato. Incrível. O juiz apita o final da partida. Fala, Nildo
Nildo Varella agradecendo aos milhares de ouvintes pela preferencia. Fim de um jogo eletrizante, emocionante e inigualável até o apito final. Clássico é Clássico. Aqui você vive a realidade dos grandes jogos. Até a próxima!
É isto aí!