quarta-feira, 30 de outubro de 2024
Palavras que rimam com você - V
quinta-feira, 24 de outubro de 2024
Isso é amor, e desse amor se morre!
quinta-feira, 17 de outubro de 2024
Cafubira, o contador de casos
Ô Cafubira, conta aqui pra turma sobre a vez que você encarou uma onça na mão.
Nossassenhora, essa é fantástica. Foi assim - Estava andando a horas caçando a onça. No cansaço acabei dormindo numa pedreira. Acordei assustado com o canto com ruído grave e ritmo leve de uma coruja, anunciando a morte de alguém. Passei a mão no chão e senti que estava orvalhado. Aquilo era estranho. Abri os olhos bem devagar e pela luminosidade da lua crescente não reconheci o ambiente. Havia uma sinfonia de insetos, pássaros seguidos de silêncios espasmódicos. Só pode ser um daqueles sonhos malucos que vez ou outra me visitam, pensei. Nisto, de repente...
Credo, Cafubira, você floreia demais.
Floreio nada não, eu vivo a vida intensamente. Agora atrapalhou até a minha linha de raciocínio. Onde eu parei?
Você parou falando - de repente ...
Então, de repente, quando dei por mim, adentrei na sala da casa do Tenorinho, tio da Zeldinha, cunhada da Virgulina e dei de cara com o velório da Virgulina. Crendeuspai. Aquilo foi um baque terrível. Até na noite anterior nós dois nos amassávamos de amor apaixonante no paiol velho do Zé da Noca. Eu assustei ao ver Virgulina, a moça mais bonita do mundo, morta e minguadinha, coitada. Aquela tripinha lerda estirada num esquife de pinus, cheio de brocas e manchas de sebo. Quando aproximei do corpo, a danada arregalou os olhos, segurou apertando minha mão e falou sussurrando - Cafubira, guardei o bilhete premiado da loteria atrás da ... e acabou remorrendo de novo, travando minha mão na dela, e quase que me levou pelo susto.
Cafubira, para com estas histórias, onde já se fui defunta ressuscitar e remorrer?
Aí, vocês tudo pedem para eu contar a verdade e atrapalham de novo. Quer saber como termina ou não?
Está bem, Cafubira, conta aí o resto da história.
Onde que eu parei?
Disse que a sua mão estava travada com a dela.
Ah, lembrei! Estava dormindo na rede do alpendre. Aí minha mão deslizou e parou na mão dela, senti a maciez e o carinho das sua carícias. Puxei ela para o meu peito, travei seu corpinho macio nos meus braços, puxei com força mesmo e a danada veio facinha facinha. Fomos às inimagináveis loucuras de um amor atemporal, forte e contagiante. Acabamos dormindo agarradinhos, e tudo se deu com total volúpia. Fui sendo acordado com total carinho por ela, já de manhãzinha, ainda sem sol. Quando abri os olhos, era a onça que estava matando as galinhas do quintal. Expulsei a doida a tapas, chineladas e empurrões. Voltou mais uma vezes, a danada, e depois foi sumindo aos poucos.
É isto aí
quarta-feira, 16 de outubro de 2024
Papo de Esquina 16/outubro/2024
- Por qual razão existem as guerras?
- Deve ser para estarmos sempre tristes, ou angustiados, ou ansiosos, ou coléricos, ou traumatizados, ou endividados ...
- Ou depressivos, ou embriagados, ou alienados, ou submissos, ou desinformados ...
- Acho que vou para casa chorar escondido
- Eu, eu ... não sei para onde ir, eu acho, não sei, deve ser isso ...
- Eu vou ali, mas antes vou tomar alguma coisa ...
É isto aí!
terça-feira, 15 de outubro de 2024
Cartas de Amor LXXXVII
3° do Sistema Solar,
Via Láctea, Zona Sul
segunda-feira, 14 de outubro de 2024
Cartas Avulsas XVI
sexta-feira, 4 de outubro de 2024
Indo e voltando ao lado do lado
Não sei como será ainda
o formato deste espaço
onde reina a Pitangueira.
Muitas águas passaram
e eu ainda do lado da ponte,
que é o lado de cá
vendo o mundo ao largo
onde não há certo nem errado,
só há.
Bem vindo! Não posso prometer flores nem água gelada.
É isto aí!
sábado, 1 de junho de 2024
Cartas avulsas XV (Para tudo há um tempo)
terça-feira, 28 de maio de 2024
Uma viagem
Depressa, apressa, depressa
agora agora agora
vai, vem, voa meu bem
volta, dê vagarosamente
o retorno de frenagem
e desapressa, sem pressa
com carinho e apreço,
pousando no oceano
desta leve e astronômica
viagem à constelação
do seu bólido desejo.
É isto aí!
sábado, 25 de maio de 2024
Cartas avulsas XIV
quarta-feira, 22 de maio de 2024
Cartas avulsas XIII
terça-feira, 21 de maio de 2024
Papo de Esquina 19/05/24
sexta-feira, 17 de maio de 2024
Troco por nada nesta vida ...
Acordou ainda sonolento, vestiu a roupa amarrotada, fez um rápido ritual de ablução, olhou para os cabelos, passou a água fria neles, enxugou com um pano velho, que um dia foi a camisa com a qual corria as várzeas como um herói da periferia, o xerife do meio de campo do time da comunidade.
Procurou café, acabou; procurou leite, acabou; procurou pão, acabou; fechou o punho e o encostou na boca, buscando uma solução para a necessidade imediata. Saiu no quintal, puxou um abacate do pé da vizinha, e ao puxar, caíram dois. Partiu-os ao meio cerimoniosamente, raspou com a colher e deu-se por satisfeito.
Ao sair da casa, percebeu que estava descalço. Retornou, procurou pelas sandálias de couro cru, calçou-as, já bem gastas e manchadas, mas era o que tinha. Pegou a velha bicicleta e atravessou a trilha no meio do mato, ora morro acima, ora morro abaixo, e com sorte, em cerca de meia hora chegaria ao trabalho.
Na volta passou na venda, comprou café, leite, pão, trigo, maisena, farinha de milho, farinha de mandioca, sal, açúcar, arroz, cachaça e fumo de rolo. Tomou um banho frio, sentou-se com a companheira de longa data, na frente da casa, espiando o por do sol. Daí filosofou em voz alta:
Vidão, hem Nenzinha!!! Troco por nada nesta vida ...
É isto aí!
quinta-feira, 16 de maio de 2024
Conheça o poder do ato de abandono
Eu me abandono ao Senhor!
Jesus, assuma o controle.
Conheça o poder do ato de abandono
Eu peço a Deus tudo aquilo de que preciso. Muito. Às vezes, parece que isso é constante e eu vivo dizendo, de manhã até a noite: “Senhor, por favor me dê isso” ou “eu preciso disso”. Frequentemente, as minhas necessidades também se espalham para as conversas com amigos. Sempre peço que orem em meu nome por diversas intenções.
Embora eu tente não deixar minhas necessidades serem o foco exclusivo da minha oração, isso é quase inevitável. Tanto que, às vezes, eu me pergunto se eu não estaria sendo muito carente.
E chego à seguinte conclusão: todos somos carentes; isso é parte da condição humana. Porém, embora nossa necessidade nos torne um pouco vulneráveis e fracos, Deus vê isso de forma diferente. Ele conhece nossas necessidades. E elas o glorificam, dando-lhe a oportunidade de nos dominar com sua bondade e piedade.
Dolindo Ruotolo, um frade capuchinho que viveu de 1882 a 1970, compreendeu profundamente a relação entre nossa necessidade e a bondade de Deus.
Ordenado aos 23 anos, Dolindo passou a vida em oração, sacrifício e serviço. Ele ouviu confissão, deu orientação espiritual e cuidou dos necessitados. Por um tempo, serviu como diretor espiritual de Padre Pio. Inclusive, quando alguns peregrinos de Nápoles, onde residia Dolindo, iam para Pietrelcina, Padre Pio costuma dizer: “Por que vocês veem aqui, se vocês têm Dom Dolindo em Nápoles? Vão até ele, ele é um santo! ”
O frade tornou-se conhecido por sua espiritualidade de rendição. Bem consciente da fraqueza e da necessidade humanas, Dolindo viu isso como uma forma de promover uma união contínua com Deus.
Ao nos convidar a levar continuamente nossas preocupações e preocupações ao Senhor, ele nos ensina que o foco de nossas orações não deve permanecer em nossas necessidades. Ele nos encoraja a levar nossas necessidades a Deus, deixando-o livre para cuidar de nós em sua sabedoria. Dolindo nos diz que o Senhor prometeu assumir plenamente todas as necessidades que confiamos a ele.
Nas palavras de Jesus a Dolindo:
“Por que você se confunde com a sua preocupação? Deixe o cuidado de seus assuntos para mim e tudo ficará em paz. Digo-lhe, na verdade, que todos os atos de entrega verdadeira, cega e completa produzem o efeito que você deseja e resolvem todas as situações difíceis. (…)
Mil orações não são iguais a um ato de abandono; nunca esqueça isso. Não há melhor novena do que esta: ó Jesus, eu me abandono ao senhor. Jesus, assuma o controle.”
Muitas pessoas já testemunharam curas e graças obtidas depois de seguir os conselhos de Dolindo sobre a constante realização do ato de abandono à Divina Providência. A oração de rendição também pode ser feita em sua totalidade ou em nove segmentos mais curtos, como uma novena diária.
Eu tenho feito a novena sugerida pelo frade Duolindo há quase um ano e acho que ela não é apenas uma lembrança da importância de trazer minhas necessidades e preocupações ao Senhor, mas também uma fonte de grande consolo e encorajamento.
Dolindo Ruotolo é atualmente Servo de Deus; sua causa de beatificação está aberta.
Ato de abandono à Divina Providência:
“Meu Deus, eu desconheço o que me poderá acontecer neste dia. Sei, porém que tudo o que me acontecer Vós o haveis disposto, previsto para o meu maior bem. Basta-me sabê-lo, ó meu Deus, para sossego e tranquilidade do meu coração.
Sei que tudo estará em conformidade com a vossa vontade e o Amor infinito que me consagrais como Pai, o mais amável e amigo, o mais fiel. Sou qual frágil criança, que nada posso nem na ordem da natureza, nem na graça e nem sequer posso ter um bom pensamento em Vós.
Entrego-me totalmente ao vosso paternal amor, sabendo que, assim como a mãe conduz só para o bem o filho que leva nos braços, assim Vós e melhor do que ela, só podereis dar-me o que for melhor para minha felicidade, santificação e salvação. Abandono-me inteiramente aos vossos santos, impenetráveis e eternos desígnios, e a eles me submeto de todo o coração.
Quero tudo, aceito tudo, tudo Vos ofereço, unindo-me ao sacrifício do Vosso querido Filho Unigênito e meu Salvador. Em nome de Jesus Cristo, pelo seu Santíssimo Coração e pelos seus merecimentos infinitos, peço-Vos a paciência nos sofrimentos e a perfeita conformidade com Vossa vontade por tudo o que Vós quiserdes e permitirdes. Amém”.
Fonte: pt.aleteia.org
Há uma guerra
quarta-feira, 15 de maio de 2024
Cartas de Amor LXXXVI
segunda-feira, 13 de maio de 2024
Você é um escolhido. Nunca revele estas quatro coisas:
Salmo 1
1 Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
2 Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
3 Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.
4 Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.
5 Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.
6 Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá.
Fonte Youtube Manuscrito Sagrado (@manuscritosagrado)
Você é um escolhido. Nunca revele estas quatro coisas:
domingo, 12 de maio de 2024
Meu encontro comigo
Certo dia estava numa igreja, contemplando o Divino Eterno, quando sentou ao meu lado um homem que era eu. Como isto pode acontecer - perguntei? Ele estava confuso e disse que não reconhecia nada, sequer arquitetura das casas, traçado das cidade, automóveis, roupas, etc. Como parecia ser alguém em quem confiar, pedi que contasse a sua história. Assim narrou:
"Era domingo, ou sábado, não me lembro bem, mas o dia do mês era três ou seis, ou um dos dois, ou talvez sete. Espera, com certeza era dia oito, uma quinta feira, do mês de setembro do ano de sei lá, isto tem muito tempo.
Naquele dia saí de casa determinado a ser feliz. Parei no sinal para pedestres, demorou muito tempo para ficar verde, atravessei e só vi o clarão seguido de um profundo silêncio. Agora estou lembrando, havia uma senhora que conversou comigo e era muito simpática e um ar de calma. Perguntou meu nome esqueci - caramba - esqueci meu nome e a minha identidade como indivíduo.
Não havia mais ninguém. Só eu e aquela senhora simpática de sorriso largo. Isto, ela tinha um sorriso largo e dentes alvos. Aproximou delicadamente do meu ouvido e falou algo ininteligível. Enquanto falava ou quando acabou de falar, ouvi passos, e ela desapareceu. Tive a impressão que desintegrou no ar. Estava confuso e quando recordo fico muito mais confuso.
Escutei sirenes, senti meu corpo amarrado, três ou quatro pessoas em cima de mim falando coisas abstrusas, supostamente complexas, numa enigmática caixa de luz, com vários bips soando a sirene de um lugar sacolejante. O corpo ia ora para a direita, ora para a esquerda, num turbilhão de sacolejos, e vez ou outra sentia meu corpo tentar sair das amarras que o continham.
De repente sofri uma imensa força gravitacional para a esquerda, seguida de várias voltas em torno do próprio eixo da caixa de luz. Levou um tempo infinito até parar de girar. Era um silêncio nunca percebido, a paz me serenou os ânimos e adormeci. Acordei numa confortável cama, e ao meu lado a mesma senhora simpática de sorriso largo.
Olhou para mim sorrindo e sem abrir a boca e disse para meu eu interior - não vai acontecer nada, fique tranquilo, é hora de voltar. Foi então que fechei os olhos e acordei num domingo ou sábado, não me lembro bem, mas o dia do mês era três ou seis, ou um dos dois, ou talvez sete. Espera, com certeza era dia oito, uma quinta feira, do mês de setembro do ano de sei lá, isto tem muito tempo. Chovia muito e resolvi ficar em casa.
Quando saí de casa, não mais reconheci o lugar, comecei a vagar por entre estruturas físicas de onde entram e saem pessoas, devo ter andado por horas, até que uma senhora simpática de sorriso largo me trouxe até a entrada este lugar e disse que neste templo eu me reconheceria. E agora estou aqui "
Ao escutar a narrativa daquele estranho que sou eu, mas não está em mim, corri em direção à porta, que se fechava lentamente. Saltei desesperadamente na intenção de fuga. Passei pela fresta e só vi o clarão seguido de um profundo silêncio...
É isto aí!
sábado, 11 de maio de 2024
Eu sonhei com você!
Sonhar é a manifestação
da melhor parte da vida.
É render-se à imaginação
desligada da dor profunda
Há o mundo das graças
que não se apagam jamais,
Sonhar não se restringe
às coisas inatingíveis,
querer muito alguma coisa
ou pensar insistentemente.
Sonhar é um ato de amor
indelével para consigo,
desejo de paixões vívidas
restritas a si e à alma
É isto aí!
sexta-feira, 10 de maio de 2024
Pindorama e a quadrilha
Balancê!
Preparar para o cumprimento!
Damas pra um lado, cavalheiros para o outro.
Dama cumprimenta cavalheiro!
Cavalheiro cumprimenta dama!
Anarriê!
Olha o passeio na cidade!
Balancê!
Preparar para a cesta!
Cestinho de flor!
Anarriê!
Olha o passeio na cidade!
Balancê!
Voa andorinha!
Voa gavião!
Anarriê!
Olha a grande roda!
Preparar o caracol.
Começar!
Anarriê!
Olha o caminho da roça!
Olha a chuva!
É mentira!
A ponte caiu!
É mentira!
Olha o pai da noiva!
É mentira!
Olha a cobra!
É mentira!
Olha a árvore caída!
É mentira!
Olha a ventania!
É mentira!
Olha a tempestade!
É mentira!
Olha o buraco!
É mentira!
Olha a vacina!
É mentira!
Olha o aquecimento global!
É mentira
Olha a mentira!
É mentira, quer dizer, é verdade, espera, vou consultar no meu grupo ...
É isto aí!