segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Piriguete e Margareth



Margareth Spencer Silva era a melhor amiga de Piriguete Windsor Souza. Onde uma estava, a outra era a sombra. Inseparáveis na instituição das amigas para sempre. Nasceram no mesmo ano, moravam na mesma rua, mãe de uma era madrinha da outra, estudaram na mesma escola, enfim, amizade eterna.

Mas Margareth sempre ouvia falarem - Cuidado com Piriguete, Margareth, ela não é sua amiga. No que respondia sempre - bobagem, conheço Piriguete como a palma da minha mão.

Um dia Margareth foi trabalhar no supermercado do bairro, como caixa. Logo conseguiu uma vaga para Piriguete como embaladora. Iam e voltavam juntas. Margareth se engraçou com Teobaldo Banana, um mulatinho do Estoque, que era uma graça de pessoa. Piriguete viu mil e dois defeitos em Teobaldo.

Teobaldo deu corda para Margareth e enamoraram com acenos e olhares. Piriguete roeu as unhas, pois perderia a melhor amiga para um banana. Aquilo era um absurdo. Logo ela, sempre mais bonita, melhor de aparência, e foi perder logo para Margareth.

Um dia Teobaldo desentendeu com Margareth e os olhares gelaram. A moça desabafou com Piriguete que estava arrasada. Saiu mais cedo, dizendo que estava passando mal. e foi pela rua, olhos em lágrimas permanentes. Entrou em uma das lojas mais caras do bairro, e deparou com uma bolsa prateada, do jeitinho que sempre sonhou ter. Comprou no cartão de crédito em 10 vezes sem juros a bolsa prateada dos seus sonhos.

Chegou em casa e viu que não tinha roupa para combinar com a bolsa. Chorou prá caramba a Margareth. Correu na casa da Dona Cleidinha Esteves, que vendia brechó chique das madames, e comprou um vestido tubinho preto, igual a de uma moça de um filme que passou na sessão da tarde. Margareth se achou o máximo quando chegou em casa e viu que a bolsa combinava com o vestido tubinho preto, salientando suas coxas grossas, na porção inferior de um corpo divino.

Mas Margareth lembrou que não tinha sapato para aquela bolsa que combinava com aquele vestido tubinho preto. Foi na rua, na loja do Alcides do Sapatinho de Cristal e achou um de salto agulha, lindo, preto e prata, com um detalhe em relevo. Margareth até chorou de emoção. Comprou na conta da sua mãe, depois de calcular como pagaria aquilo.

Agora Margareth estava completa. Talvez até Teobaldo iria babar nela. Mas espera aí, pensou Margareth, falta a lingerie. Meu Deus, a lingerie. Foi na casa da Mariinha Gonçalves, sacoleira tradicional da vila, uma gorda preta que criou toda a família vendendo lingerie com Avon.

Margareth estava impossível. Vestida como a Cinderela moderna, de tubinho preto, bolsa prateada, sapato salto agulha preto com detalhes prateados e sua lingerie preta, passou na farmácia da Deisinha e comprou na ficha do seu pai uma meia preta. Deisinha sempre colocava como medicamento, assim o pai nunca reclamava.

Todo ano, no dia vinte e seis de dezembro havia a festa para os funcionários. Margareth se produziu no salão da Belinha, e dirigiu ao evento anual que o Seu Oliveira, um português viúvo e grosso, dava para os empregados. Fechava o comércio e fazia uma gracinha com produtos vencidos e cerveja barata. Mas ninguém ligava, afinal festa é festa. Foi que não se aguentava mais de emoção. Teobaldo iria ver aquilo tudo e na frente de Piriguete, quem sabe, desejá-la ali mesmo, em um dos muitos cantos do depósito do Supermercado.

Ao entrar no recinto, silêncio total. Todo mundo olha para Margareth, que não olha para ninguém, guardando seu olhar para Teobaldo. Ao cruzar o ambiente com o infalível radar feminino, enquadrou Teobaldo em seu campo de visão, abraçado, agarrado, atrelado, colado, beiçado e enviesado em Piriguete.

Margareth conteve a sua felicidade interior, tremeu toda, arrepiou o cabelo com escovinha japonesa, não chorou nada, levantou o queixo, empinou a bunda e entrou na área como se entra em uma castelo. Seu Oliveira, viúvo, 60 anos, filhos criados e bem sucedidos, vendo tudo aquilo de uma forma como nunca se viu, ajoelhou diante da moça e ali mesmo a pediu em casamento.

Margareth estendeu à mão à baba do português, e só então Piriguete viu que Teobaldo era uma cama de gato para deixar a pista livre e mais uma vez tremeu de ódio e de inveja de Margareth...

É isto aí!

domingo, 25 de agosto de 2013

CANÇÃO DA DESPEDIDA / AI QUE SAUDADE D'OCÊ - GERALDO AZEVEDO TEATRO RIVAL

Chicas - Saudade da Boa + Espumas ao Vento (DVD - EM TEMPO DE CRISE NASC...

Chicas - Fonte: Letras


Chicas

Saudade da boa - Accioly Neto - lançada em 1995 Fonte G1 

Espumas ao vento - Accioly Neto - lançada em 1997 Fonte G1



Chicas - Fonte: LETRAS

Chicas é a banda formada por: Amora Pera, Fernanda Gonzaga, Isadora Medella e Paula Leal, que fez muito barulho no BNB Clube da Avenida Santos Dumont na Aldeota. Composições próprias e regravações de grandes canções da MPB, agitaram o lançamento do DVD em julho/2009.

Chicas é banda de MPB dos últimos anos. Formada por Isadora Medella, Amora Pêra, Fernanda Gonzaga e Paula Leal. Prezam pela musicalidade, notas perfeitas, instrumentos maravilhosos. Zabumba, xilofone, Violoncelo e violino. Percussão, um dedo de forró misturado com um maracatu atômico. Enfim, música brasileira de qualidade

Em 1996, 4 amigas decidiram formar uma banda. Nascia, até então denominada, banda Las Chicas. Composta por 4 excelentes musicistas, Amora Pêra, Fernanda Gonzaga, Isadora Medella e Paula Leal, a banda que já era agraciada pela herança genética de Gonzaguinha (pai de Fernanda e Amora), tocou durante 2 anos em festas de amigos, pequenos palcos, mas nada muito comprometido.

A banda se desfez, fruto da imaturidade das meninas ainda muito novas naquela época, mas retornou 4 anos após essa “pequena”pausa.

Mais experientes, as meninas seguiram tocando em festivais, pequenos palcos e dessa forma, foram testando seu repertório e conquistando um público fiel.

Em 2006, após 3 anos de espera e experimento, a banda Chicas, lança seu primeiro CD “Quem vai comprar nosso barulho?”, fruto de uma produção independente e investimento das quatro cantoras.

Mesmo com uma pequena divulgação, basicamente composta pelo boca-em-boca, uma ativíssima comunidade na internet e busdoor só para um show, a banda lotou a casa de show Rival, em uma única apresentação.

Além disso, já conquistou alguns prêmios em importantes festivais como o Prêmio TIM da Música, gravação de programas televisivos, venda de milhares de cds, consecutivas semanas entre as 10 mais tocadas em algumas rádios FM's, lotação de casas de shows no Rio e estados vizinhos.

Na ira do Rádio!


Ter um Blog é de uma responsabilidade muito grande. Fica sempre faltando algo para fazer. Mas nestes dias não está dando para ter toda a atenção devida. Mas guardei uma matéria muito doida sobre uma psicanalista de rádio e seu nocauteante "modus operandi" com os ouvintes.

 A Dra. Laura Schlessinger se tornou uma famosa figura do rádio norte-americano por suas respostas duras e falta de paciência e compaixão. Sua carreira, marcada pela polêmica parece ter chegado ao fim depois dos incidentes do último dia 10 de agosto, no qual a autora de vários Best-sellers usou termos racistas diversas vezes ao conversar com uma ouvinte negra que pedia conselhos sobre seu casamento inter-racial. Na última terça-feira, 17, Laura Schlessinger anunciou que deixaria o rádio, após 30 anos de carreira. Essa não foi a primeira vez que a língua da Dra atrapalhou os rumos de sua carreira: em 2000, seu programa de TV foi retirado do ar após Schlessinger ter se referido aos homossexuais como “erros biológicos”.

O rádio norte-americano tem sua cota de apresentadores direitistas e conservadores, como Rush Limbaugh, Glenn Beck e Michael Savage. Mas esses apresentadores são ligados ao mundo da política, e simplesmente dizem tudo o que seu público deseja escutar ao repetir qualquer rumor absurdo. Seus fãs os consideram grandes norte-americanos, e concordam com tudo que dizem, fazendo deles o alvo favorito dos liberais. Para a porção menos conservadora dos Estados Unidos, Laura Schlessinger não representa nenhuma ameaça, já que tudo o que ela faz é dar conselhos ruins a masoquistas que querem ser humilhados nas ondas do rádio. Suas principais respostas aos ouvintes se dividem entre “não vamos chegar a lugar nenhum aqui”, “não acredito que estou perdendo meu tempo com isso” e “Não é possível que você seja tão estúpido”.

 A maldade nos conselhos da Dra. é proporcional à gravidade dos problemas relatados. Dias antes do anúncio de sua aposentadoria, Schlessinger recebeu uma ligação de uma chorosa ouvinte chamada Jamie, que enfrentava um grave problema em seu casamento. O comportamento de seu marido na cama trazia à tona memórias de abusos sexuais sofridos na infância. Durante terríveis seis minutos e meio, a Dra. Laura, como é conhecida no rádio explicou a Jamie que ela simplesmente precisava superar o trauma. “Deus lhe deu uma sexualidade que você está desperdiçando porque um idiota fez uma maldade há mais de 20 anos. Isso é uma afronta a Deus”, disse Laura Schlessinger, que continuou seus conselhos, acusando de Jamie de manipulação. “Você está magoada com seu marido, e o está punindo com essa história de abuso sexual. Isso é manipulação”, afirmou a doutora antes de sua conclusão: “Você está castrando o seu marido para que ele seja seu pai, porque você não faz sexo com seu pai. Essa noite você vai deixar isso de lado, vai seduzir o seu marido e vai se divertir”.

“Ela foi insensível e distorceu as palavras da ouvinte”, diz o DR. Bruce Perry, especialista em traumas infantis. “Laura a pressionou e usou uma interpretação simplista sem maiores informações sobre o problema. Foi uma maneira desinformada e nada profissional de responder a um problema grave apresentado por uma ouvinte. Espero que Jamie procure ajuda profissional”, diz Perry.

Uma explicação para o comportamento da Dra. Laura seria a simples conclusão de que ela odeia seus ouvintes ou odeia toda a humanidade. Mas esse não parece ser o caso. Assim como Limbaugh e Beck, Laura Schlessinger também dá ao público o que ele pede e deseja. Seus ouvintes, um grupo fiel que a acompanha diariamente, lê e relê seus livros e busca seus conselhos, são pessoas ansiosas para serem punidas e maltratadas, e embora muitos possam ficar chocados quando a doutora reduz problemas sérios a meros dramas descartáveis, fãs da Dra. Laura afirmam que há todo um prazer especial em ouvi-la dizer a alguma ouvinte desolada frases como “Sim, você terá uma vida deplorável. Acostume-se”.

domingo, 18 de agosto de 2013

Gaby Moreno - Lejos

Gaby Moreno - Lejos

Gaby Moreno "Malagueña Salerosa" Uncommon Ground

Gaby Moreno "Malagueña Salerosa" Uncommon Ground

Amapola...Gaby Moreno

Amapola...Gaby Moreno

GABY MORENO - Letter To A Mad Woman

GABY MORENO - Letter To A Mad Woman

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Marisa Monte & Cesária Évora - É Doce Morrer no Mar


Fonte da imagem - Last fm



É doce morrer no mar  ( Dorival Tostes Caymmi / Jorge Amado)

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

Saveiro partiu de noite, foi
Madrugada não voltou

O marinheiro bonito
sereia do mar levou

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

Saveiro partiu de noite, foi
Madrugada não voltou

O marinheiro bonito, sereia do mar levou
É doce morrer no mar

Nas ondas verdes do mar
É doce morrer no mar

Nas ondas verdes do mar
Nas ondas verdes do mar, meu bem

Ele se foi afogar
Fez sua cama de noivo
No colo de Iemanja

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

Fonte: Musixmatch
Compositores: Dorival Tostes Caymmi / Jorge Amado


Negue, Cesaria Evora