Foto tirada na casa do cronista Rubem Braga - RJ - em 1966. Da esquerda para a direita: Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes, Manuel Bandeira, Mário Quintana e Paulo Mendes Campos.
Cronista por excelência, escritor, poeta e jornalista mineiro de expressão nacional, nasceu em Belo Horizonte em 1922 e faleceu no Rio de Janeiro em 1991. Possui uma obra lírica, moderna e inteligente. Dominava, como poucos, a arte literária da Intertextualidade, ou seja, Paulo Mendes Campos detinha o fenômeno de referenciar conteúdos e formas de textos para produzir um novo texto, contribuindo no sentido, para ampliá-lo ou modificá-lo.
Três Coisas (Paulo Mendes Campos)
Não consigo entender
O tempo
A morte
Teu olhar
O tempo é muito comprido
A morte não tem sentido
Teu olhar me põe perdido
Não consigo medir
O tempo
A morte
Teu olhar
O tempo, quando é que cessa?
A morte, quando começa?
Teu olhar, quando se expressa?
Muito medo tenho
Do tempo
Da morte
De teu olhar
O tempo levanta o muro.
A morte será o escuro?
Em teu olhar me procuro
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