Fonte da imagem: nicepng
Ligou para determinado departamento de determinada empresa para falar com Fulano sobre o agendamento de uma entrevista de emprego indicado por um amigo em comum, o Dr. Beltrano. Depois de muitas tentativas, já desistindo, tentou a última chamada. - vai que é o destino que está me alertando para não fazer esta entrevista. O que não esperava era que o destino já havia cercado o enredo.
Do outro lado atendeu a voz, a melodia única, ímpar, inigualável de Fulana. Logo ela - jamais imaginou que ela poderia trabalhar ali e ainda por cima atender sua chamada. - tanta mulher para atender aquele telefone, quantas vezes procurou por ela, quantas vezes sonhou com ela, quantas lágrimas, choros, lamentos, noites em claro por ela. E passou um filme de toda a sua vida em função deste amor dolorido, sufocante, alucinadamente passional. Nunca mais a viu desde o fim abrupto e sua ação estupidamente burra. Dali mudou de cidade, de emprego e agora sentia seu perfume, sua voz, a vida da sua vida.
Ciclano? É você?
Começou a chorar, transpirar, tremer as mãos, a voz não saia, a garganta travou as cordas vocais e tudo girava em torno da saudade. Prendeu a respiração, fechou os olhos, suspirou fundo e sem ter a menor noção do que falar, permitiu que a emoção governasse o instante e disse - Fulana, você é o amor da minha vida. Assustado e em pânico, desligou o telefone e ficou andando em círculos em torno da pequena mesa da copa, falando como um mantra, repetidas vezes - merda, merda, merda.
Passados três dias, já mais tranquilo, refeito do susto, recebeu uma mensagem - já está mais calmo? Eu também te amo. Guardei seu número e resolvi dar um tempo para você se controlar. E foram felizes enquanto a felicidade iluminou a trilha do destino.
É isto aí!
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