sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Cartas Avulsas XXVI

 

Reino da Pitangueira,

28 de Fevereiro de 2025
59.º dia do ano no calendário gregoriano.
Faltam 306 dias para acabar o ano.
Nesta data, em 1953 — James Watson e Francis Crick anunciam a amigos que determinaram a estrutura química do DNA
Por do Sol às 18h17 min
Lua Nova às 06h13
Estação Verão

Querida, temos que falar deste amor e rever nossas emoções!

Saiba que a química do amor é um fenômeno genético, neurobiológico, espiritual, adâmico, neandertal, filológico, egoísta e pan-heterodoxo, mais em função do desvio de padrões ou crenças aceitas ou recusadas, onde cada um fica no seu quadrado até que o amor aconteça. Aí, meu bem, haja o que hajar, como imortalizou-se naquela tatuagem sobressaltada de comandos cifrados e enigmáticos de causas e efeitos neurossensoriais.

A química do amor tem poder e valores fulminantes e viciantes. É plural e não permite a frenagem na aceleração dos sentimentos. Quando o amor acontece, a ladeira fica íngreme e tudo que se pode fazer é procurar manter a direção.

Saiba, meu bem, que a química do amor é uma tempestade de substâncias no cérebro. Por exemplo, a feniletilamina, também conhecida no circuito das paixões como o “gatilho químico” do querer e desejar, acelera o fluxo de informação entre neurônios, mas felizmente dura pouco, mas é tão bom que logo vicia, daí esta aflição permanente de querer a pessoa mais e mais.

Enfim, a paixão é um estado de alteração mental e física, capaz de nos embriagar, entorpecer, delirar, amar, sonhar de forma infinita enquanto dure a ação da Adrenalina, da Dopamina, Norepinefrina, Serotonina, Ocitocina, Vasopressina e tantos outros hormônios que fazem nossa vida valer a pena.


É isto aí!
Até um dia outra vez!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Bilhetes avulsos II



Era você, sempre fora você nesse pretérito mais que perfeito sem presente nem futuro e eu, aqui por todo tempo, mergulhado no imenso vazio deste hiato.

É isto aí!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Bilhetes avulsos


Esta saudade é um dos pilares da tristeza que elucida e descreve o comportamento da minha memória devido à sua ausência em escalas extremamente curtas, perpassando ora onda, ora partícula feito uma mecânica quântica inserida no presente do subjuntivo.

Por causa disto ou não, não sei, sei lá, vai saber, preciso acreditar (sempre) que minha melhor versão está no futuro e que meu melhor roteiro um dia há de ser escrito, já que minha melhor edição ainda será realizada.

Volta, vem viver outra vez ao meu lado ...

Cantor: Hélio Delmiro (RJ)
Youtube: Ed Santana

Quantas noites não durmo
A rolar-me na cama,
A sentir tantas coisas
Que a gente não pode explicar
Quando ama?

O calor das cobertas
Não me aquece direito...
Não há nada no mundo
Que possa afastar
Esse frio do meu peito.

Volta!
Vem viver outra vez ao meu lado!
Não consigo dormir sem teu braço,
Pois meu corpo está acostumado...

(Lupicínio Rodrigues)