quinta-feira, 22 de maio de 2025

Cartas de Amor XCIII

 

Reino da Pitangueira,
Planeta Terra&Lua,
3° do Sistema Solar,
Via Láctea, Zona Sul

Querida, ao vencedor as taiobas, couves, salsinhas, goiabas e maracujás.

Calma, meu bem, não se trata de uma carta gastronômica ou dietética. Estou apenas pegando carona em Quincas Borba, personagem do romance de Machado de Assis. A frase original — “Ao vencedor, as batatas” — é uma metáfora para o conceito de Humanitismo, uma filosofia que sugere que a guerra é um mecanismo natural de seleção dos mais aptos e que, portanto, os vencedores merecem os bens materiais do campo de batalha, como as batatas.

Ah! Este amor cortês, inatingível, muitas vezes sofrido, devotado a você, amada — símbolo de perfeição, digna de adoração — é a força motriz da minha espera incessante e, por vezes, delirante.

Iniciei com Machado de Assis e seu indefectível personagem Quincas Borba, cuja perspectiva leva-me a compará-lo literariamente a Dom Quixote, obra-prima de Cervantes. E de Dom Quixote fluem estas indumentárias passionais que disfarçam minhas sentimentalidades no universo onde, supostamente, estou.

Dito assim desta maneira, sou um cavaleiro andante, e o meu dever é amar você — a mais formosa mulher do mundo — e, por você, suportar todos os males e perigos, só para merecer um pensamento seu. Pois o verdadeiro amor não se desgasta; quanto mais se dá, mais se tem.

Dizei-me, vós que não sabeis o que é amar: não é mais glorioso sofrer por amor do que vencer mil batalhas? Digo-vos isso porque toda a minha alma está presa à imagem da minha amada; tudo o que faço é por ela. O amor que tenho por ela é tão puro e tão forte que nem a mais cruel das realidades poderá desfazê-lo.

Querida, eu não sei não amar você!

Um cafuné no cabelo, um afago na face, um abraço apertado e um beijo apaixonado!

É isto aí!

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