quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Abraços fracos e atos falhos fortes

- Claudionor, estou arrasada ... (lágrimas)

- Calma Maria Eduarda, calma, tudo passa. Calma ...

- Me abraça, vai, me abraça forte, Claudionor.

- Assim está melhor, querida?

- Mas que merda de abraço é este, Claudionor? Quero um abraço másculo, forte, impactante, volumoso ... espera, o que você está fazendo?

- Fazendo busca no Google para ver se consigo um halterofilista, não é Maria Eduarda? Acho que você quer um halterofilista medalha de ouro em competições internacionais.

- Credo, você é insensível demais.

- Eu? Tem nada disto. Estou te abraçando como sempre te abracei, e agora vem com este papo de forte, etc. - estranho demais isto daí!

- Não tem nada de estranho, Claudionor, é que tem dia que eu tenho esta vontade, sei lá.

- Olha aqui, Maria Eduarda, eu também tenho muita vontade de pegar a Claudinha e dar um esfregaço nela, e nem por isto eu fico falando nisto.

- Como é que é? Aquela vaca, piranha, safada, quenga, barranqueira, escrota, gorda, puta, desqualificada da Claudinha? Sai daqui agora - sai daqui.

- Mas Maria Eduarda!?!???!? Falei sem querer. Nunca teve nada entre nós, foi uma bobagem ...

- SAAAAAAAAAIIIIIII.

(sozinha) Puxa vida, como se não bastasse o carro estragar, o aluguel vencer, a menstruação atrasar e o pior - estourar o cartão de crédito e o cheque especial, agora tenho que pensar em como detonar aquela perfeitinha da ex-melhor-amiga-para-sempre Claudinha. 

É isto aí!

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