- Tinha jurado nunca mais olhar para ela, mas, caramba, como eu sou mentiroso quando trato das coisas ocultas de mim.
- O que você falou, meu bem?
- Nada, nada, só pensei algo sobre qualquer coisa que acho que vi num filme.
- Que filme é este? Conta prá mim, vai, pode contar. Nós assistimos juntos?
- Não é nada, querida, foi só um filmezinho fraco da sessão da tarde.
- Sessão da tarde? Como assim? Tem TV no escritório?
- Não, foi tipo assim, acho que foi na Netflix.
- Humm, mas você tem tempo para assistir alguma coisa que acha que é Netflix e não tem tempo para me levar ao cinema?
- Não foi nada disto, foi por acaso, só liguei e desliguei. Estava abarrotado de serviço e achei que fazendo aquilo me aliviaria.
- Fazendo aquilo? Mas não era um filme na sessão da tarde, depois foi um filme que acha que foi na Netflix, depois foi só uma ligada e desligada e agora aliviou fazendo aquilo?
- É, fazendo aquilo, querida.
- Clodoaldo, fala a verdade.
- Clotilde, a verdade é que estou tendo um caso com a minha secretária e vou te deixar para ficar com ela.
- Nossa, Clodoaldo, você é bobo demais. Quase me convenceu que estava tendo um caso com aquela sirigaita. Deixa prá lá, amor, volta para seus filmes e arruma um enredo melhorzinho. Você é muito engraçado.
- Tudo bem (ufa ...)
- Mas, olha aqui, Clodoaldo, é bom que seja só um enredo fraquinho, por que se tiver 1% de possibilidade de ser próximo de algo que possa a vir a ser verdade, eu te capo, e depois fujo com a Rubinho.
- Rubinho, quem é Rubinho?
- Rubinho? Não tenho a menor ideia, querido, saiu sem querer. Acho que ouvi na novela ...
- Ah, bom!
- Vai querer algo diferente na janta, amor? (ufa ...)
É isto aí!
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