terça-feira, 26 de março de 2019
As quatro leis da Espiritualidade (Índia)
A primeira diz: “A pessoa que vem é a pessoa certa“.
Ninguém entra em nossas vidas por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo com a gente, têm algo para nos fazer aprender e avançar em cada situação.
A segunda lei diz: “Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido“.
Nada, absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe. Não há nenhum “se eu tivesse feito tal coisa…” ou “aconteceu que um outro…”. Não. O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido, e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas.
A terceira diz: “Toda vez que você iniciar é o momento certo“.
Tudo começa na hora certa, nem antes nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é que as coisas acontecem.
E a quarta e última afirma: “Quando algo termina, termina“.
Simples assim. Se algo acabou em nossas vidas é para a nossa evolução. Por isso, é melhor sair, ir em frente e se enriquecer com a experiência. Não é por acaso que estamos lendo este texto agora. Se ele vem à nossa vida hoje, é porque estamos preparados para entender que nenhum floco de neve cai no lugar errado.
É isso aí!
segunda-feira, 25 de março de 2019
Manhã (Murilo Mendes) ou como dói saber que sei que sei sobre uma ausência chamada Juiz de Fora
Manhã (Murilo Mendes*)
As estátuas sem mim não podem mover os braços
Minhas antigas namoradas sem mim não podem amar sem maridos
Muitos versos sem mim não poderão existir.
É inútil deter as aparições da musa
É difícil não amar a vida
Mesmo explorado pelos outros homens
É absurdo achar mais realidade na lei que nas estrelas
Sou poeta irrevogavelmente.
*Murilo Mendes é uma poesia que existe dentro de mim chamada Juiz de Fora, que sinceramente, habita em completo desalinho, como devem ser as coisas que vagueiam na ausência que transcende minha vontade. É isso aí!
terça-feira, 19 de março de 2019
Chanson D’Automne (Paul Verlaine / tradução Onestaldo de Pennafort)
Chanson D’Automne (Paul Verlaine)
Les sanglots longs
Des violons
De l’automne
Blessent mon cœur
D’une langueur
Monotone.
Tout suffocant
Et blême, quand
Sonne l’heure,
Je me souviens
Des jours anciens
Et je pleure;
Et je m’en vais
Au vent mauvais
Qui m’emporte
Deçà, delà,
Pareil à la
Feuille morte.
Canção do outono (tradução de Onestaldo de Pennafort)
Os longos sons
dos violões,
pelo outono
me enchem de dor
e de um langor
de abandono.
E choro, quando
ouço, ofegando,
bater a hora,
lembrando os dias
e as alegrias
e ais de outrora.
E vou-me ao vento
que, num tormento,
me transporta
de cá p’ra lá,
como faz à
folha morta.
segunda-feira, 18 de março de 2019
O mundo das sombras
Havia um caminho
que levava de A a B
um caminho em flores
onde todos os dias
o homem H passava triste
Havia um caminho
que levava de B a A
um caminho em flores
onde todos os dias
uma mulher M passava triste
O homem H pensava
mulheres dão trabalho
logo prefiro ficar sozinho
A mulher M pensava
homens dão trabalho,
logo prefiro ficar sozinha
O caminho das flores
que levava de A a B era longo
e ao longo do caminho
o homem H estava triste e sozinho
O caminho das flores
que levava de B a A era longo
e ao longo do caminho
a mulher H estava triste e sozinha
Um dia o homem H triste e sozinho
desejou uma mulher
para preencher seu vazio
taciturno e chato
um dia a mulher M triste e sozinha
desejou um homem
para preencher seu vazio
taciturno e chato
Mas H e M têm crenças limitantes
inibidoras de sonhos, desejos
pobres de ações em abundância
e ricos em procrastinação redundante.
M e H agora estão com raiva
sentimento de culpa
frustrados e contrariados
escondidos nas suas sombras
H e M se culpam todo dia
M e H estão num círculo vicioso
e suas sombras controladoras
crescem crescem crescem
Passam um pelo outro
resvalam ombro no ombro
mas negam sua felicidade
culpando o destino que criaram.
É isto ai!
quarta-feira, 13 de março de 2019
Hoʻoponopono
Hoʻoponopono (ho-o-pono-pono) é uma prática havaiana antiga, com vista à reconciliação e ao perdão. Práticas semelhantes de perdão eram feitas em diversas ilhas do Sul do Pacífico, incluindo Samoa, Taiti e Nova Zelândia.
Tradicionalmente o hoʻoponopono é praticado por sacerdotes de cura ou kahuna lapaʻau em membros de uma família onde existe uma pessoa fisicamente doente. Versões modernas são executadas na família por um membro mais idoso, ou apenas pelo próprio indivíduo.
Uso moderno:
A prática do ho’oponopono não requer muitos ensinamentos, mas serve para purificar o próprio corpo e se livrar de memórias ou sentimentos ruins, que prendem a mente em uma sintonia negativa.
Por trás de toda situação, todo acontecimento e todo encontro que ocorre na vida, uma memória é guardada. A finalidade do Ho'oponopono é liberar as memórias que possam impor obstáculos na vida da pessoa ou ser fonte de dor, pesar ou sofrimento.
A prática moderna do ho’oponopono é composta por quatro frases principais:
Sinto muito;
Me perdoe;
Eu te amo;
Sou grato.
domingo, 10 de março de 2019
sexta-feira, 8 de março de 2019
terça-feira, 5 de março de 2019
Sentimento do Mundo (Carlos Drummond de Andrade)
Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo,
mas estou cheio de escravos,
minhas lembranças escorrem
e o corpo transige
na confluência do amor.
Quando me levantar, o céu
estará morto e saqueado,
eu mesmo estarei morto,
morto meu desejo, morto
o pântano sem acordes.
Os camaradas não disseram
que havia uma guerra
e era necessário
trazer fogo e alimento.
Sinto-me disperso,
anterior a fronteiras,
humildemente vos peço
que me perdoeis.
Quando os corpos passarem,
eu ficarei sozinho
desfiando a recordação
do sineiro, da viúva e do microcopista
que habitavam a barraca
e não foram encontrados
ao amanhecer
esse amanhecer
mais noite que a noite.
O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir
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Gaviões da Fiel 2019 |
Numa síntese do que está em Mateus 24, referente ao fim dos tempos, temos:
Muitos dirão que são Jesus ou que são profetas (mas serão falsos), fazendo até milagres para enganar as pessoas, mesmo alguns cristãos;
Haverá guerras entre nações e ameaças de guerras e ouviremos falar delas;
Haverá desastres naturais, como terremotos e fomes em muitos lugares;
Os cristãos serão perseguidos, odiados e alguns até mortos;
Haverá muito escândalo, ódio e traição entre as pessoas;
A maldade do mundo será tanta que muitos ficarão desiludidos e deixarão de amar;
O Evangelho será pregado a todos os povos (mas isso não significa que será aceite por todos);
Em Israel haverá muita turbulência, instabilidade e guerra;
O mundo passará por uma grande tribulação, como nunca houve antes;
Haverá sinais no céu e o sol e a lua não darão luz;
Muitas pessoas serão apanhadas de surpresa.
Bem, neste carnaval, em São Paulo, uma escola de samba, Gaviões da Fiel, fez a representação do diabo matando um suposto cristo (em letra minúscula mesmo). Este cristo está definido aí acima, no livro de Mateus. Abaixo transcrevo na íntegra a postagem de um teólogo de Porto Alegre-RS, muito bem feita. Só os que seguem o cristinho atacada pelo diabo sentiram o baque:
"Quando a igreja fez arminha com a mão, o diabo venceu.
Quando os pastores e missionários, mesmo atuando nas comunidades mais pobres e obtendo o seu sustento do salário dos trabalhadores, apoiam a retirada de direitos destes para favorecerem os mais ricos, o diabo venceu.
Quando a igreja ri de uma criança que morre, o diabo venceu.
Quando a igreja comemora que uma líder social é assassinada a tiros numa emboscada, o diabo venceu.
Quando a igreja zomba de um líder político que precisa deixar o país sob ameaça de morte, o diabo venceu.
Quando a igreja vive uma expectativa que entremos em guerra com outro país para atender interesses geopolíticos de superpotências, o diabo venceu.
Quando a igreja se torna o principal grupo social do país a espalhar mentiras na internet, o diabo venceu.
Quando a maior preocupação da igreja, em um país extremamente desigual, é que meninos vistam azul e meninas rosa, o diabo venceu.
Quando a igreja fica em angustiante silêncio frente ao racismo, a xenofobia, ao feminicídio, a homofobia, o diabo venceu.
Quando a igreja considera armar toda a população como forma de buscarmos a paz, o diabo venceu. Quando a igreja considera justo que fazendeiros que já tanto tem esmaguem os povos indígenas para lhes tomar o pouco que resta, o diabo venceu."
Quando os pastores e missionários, mesmo atuando nas comunidades mais pobres e obtendo o seu sustento do salário dos trabalhadores, apoiam a retirada de direitos destes para favorecerem os mais ricos, o diabo venceu.
Quando a igreja ri de uma criança que morre, o diabo venceu.
Quando a igreja comemora que uma líder social é assassinada a tiros numa emboscada, o diabo venceu.
Quando a igreja zomba de um líder político que precisa deixar o país sob ameaça de morte, o diabo venceu.
Quando a igreja vive uma expectativa que entremos em guerra com outro país para atender interesses geopolíticos de superpotências, o diabo venceu.
Quando a igreja se torna o principal grupo social do país a espalhar mentiras na internet, o diabo venceu.
Quando a maior preocupação da igreja, em um país extremamente desigual, é que meninos vistam azul e meninas rosa, o diabo venceu.
Quando a igreja fica em angustiante silêncio frente ao racismo, a xenofobia, ao feminicídio, a homofobia, o diabo venceu.
Quando a igreja considera armar toda a população como forma de buscarmos a paz, o diabo venceu. Quando a igreja considera justo que fazendeiros que já tanto tem esmaguem os povos indígenas para lhes tomar o pouco que resta, o diabo venceu."
Tiago Santos - Teólogo
Porto Alegre /RS
É isto aí!
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