Querida, hoje envio-lhe uma prosa em sentido de carta
Acho que faltava esta prosa, este jeito diferente de lapidar os sentimentos.
O fato deu-se quando me peguei chorando — vai lá saber o que foi aquilo.
Então é assim quando dói lá dentro?
Veio aquela enxurrada de lembranças há muito guardadas, todas em alta tensão,
em crescente fluxo e sem nenhum mecanismo para frear o inevitável do pranto.
Para que esta memória? Para que este amor?
Por que tudo isso junto e sincronizado, justo agora, quando o tempo já me leva para longe?
Deu vontade de realizar um triplo carpado com três mortais ali mesmo — correr,
sei lá o que fazer. Abraçar? Pedir perdão? Olhar nos... olhos?
De repente, passou a eternidade.
Passaram os dias, esmaeceram as tardes,
e perdi o momento de dizer o que nunca foi dito.
Ficou esta dor agonizante,
este silêncio abrupto,
esta ausência astronômica entre nós.
Querida, eu não sei não amar você.
É isto aí!
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Gratidão!