O medo nasce da consciência de que somos livres. Sartre dizia: “estamos condenados à liberdade”. O abismo de poder escolher nos assusta, porque cada escolha nos define.
O medo também é guardião: protege a alma de se perder em caminhos que podem destruí-la.
Mas o medo pode paralisar. A alma deseja caminhar, o livre-arbítrio abre a estrada, e o medo, às vezes, ergue muros invisíveis.
Assim, o medo é ambíguo: pode ser sentinela (que impede a queda) ou cárcere (que impede o voo).
De certo modo, ele é como uma névoa entre a caverna e a luz: a alma quer correr para fora, o livre-arbítrio abre a porta, mas o medo pergunta: E se a luz cegar?
Talvez o drama humano esteja aí: decidir se o medo será obstáculo ou revelador.
É isto aí!
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