quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Fiz de tudo e nada de te esquecer (O reverso da Sabiá)


Alto lá
O Reverso da Sabiá não tem a pretensão de ser nada além de uma resenha livre, longe (muito longe) de ter a qualidade poética do original de Chico Buarque/Tom Jobim - Sabiá. É apenas o que se propõe a ser - uma resenha livre.


O Reverso da Sabiá

Vou voltar!
Fiz de tudo e nada de te esquecer
Assim como fiz estradas de me perder
como fiz enganos de me encontrar
Não será em vão tantos planos
de me enganar.

Vou voltar! 
Sim, sei, vou voltar.
Talvez possa esquecer
as noites que eu não queria
E sorver no dia
o amor que já não há
assim como as flores e a sabiá   

Vou voltar! 
Sei que ainda vou voltar
Foi lá e ainda é lá que ainda hei de ouvir
que fiz de tudo e nada de te esquecer.
 
Novamente farei estradas de me perder
ou farei enganos de me encontrar
Não será em vão fazer tantos planos
só para me enganar.

Talvez possa espantar 
algum novo amor
E reiniciar um dia
as flores que não queria
e colher o que já não há.


Sabiá (Chico Buarque/Tom Jobim)

Vou voltar
Sei que ainda vou, vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir cantar uma sabiá
O meu sabiá

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Vou deitar à sombra de uma palmeira que já não há
Colher a flor que já não dá
E algum amor talvez possa espantar
As noites que eu não queria
E anunciar o dia

Vou voltar
Sei que ainda vou, vou voltar voltar
Não vai ser em vão
Que fiz tantos planos de me enganar
Como fiz enganos de me encontrar
Como fiz estradas de me perder
Fiz de tudo e nada de te esquecer

Fonte: Musixmatch
Compositores: Antonio Carlos Jobim / Chico Buarque
Letra de Sabiá © Org. Mauricio Marconi, Songs Of Universal Inc.

Clique aqui e ouça a melodia:
Fonte Youtube Tom/Chico: Sabiá 
Fonte Youtube Quarteto em Cy/MPB4: Sabiá

É isto aí!

Cenas de amor no whatsapp



Eu gosto de você, e tem coisas que fortalecem isto, afirmou o rapaz à moça enquanto apreciava um sorvete de flocos numa tarde lenta e quente daquele verão.

Eu mais que gosto de você, eu adoro você, replicou a mocinha, cheia de si e locupletada de paixão pelo moço.

Eu amo você, disse o rapaz, quando deixa reticências, e sei que elas marcam uma suspensão da frase, devido, muitas vezes a elementos de natureza emocional que transcendem suas palavras. Estes três pontos indicam eu, você e nós, num eflúvio cósmico.

Eu amo você, disse a mocinha, já cheia de si, embriagada pela névoa passional que os encobria. Eu ... eu ... não tenho palavras ... .

Só há uma coisa em você que me deixa consternado em demasia, meu amor, afirmou o rapaz.

Fala, por que meu coração não permitirá mais que eu cause cicatrizes no nosso amor.

É você utilizar deste maldito "kkkk" quando termina as frases após as reticências ... é um escárnio intempestivo.

Mas é o meu modo de sorrir e mostrar minha felicidade ... puxa vida, não pode fazer isto comigo.

Desculpa, amor, eu nunca pensei que te ofenderia desta forma. Perdoa.

Está perdoado! Agora estou feliz ... kkkk ... kkkk...

E foi assim que terminaram o relacionamento, e viveram infelizes para sempre.


É isto aí!

sábado, 26 de outubro de 2019

O novo mundo surge diante de nós (Thierry Meyssan - Rede Voltaire)

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O Rei Salman recebe o Presidente Vladimir Putin, o pacificador.

Autor: Thierry Meyssan     Fonte: Rede Voltaire

Em Fevereiro de 1943, a vitória soviética face ao Reich nazi marcava a viragem da Segunda Guerra Mundial. A sequência dos acontecimentos era inelutável. Foi preciso, no entanto, esperar o desembarque anglo-americano na Normandia (Junho de 1944), a Conferência de Ialta (Fevereiro de 1945), o suicídio do Chanceler Hitler (Fevereiro de 1945) e, por fim, a capitulação do Reich (8 de Maio de 1945) para se ver levantar este mundo novo.

Num ano (Junho de 44-a Maio de 45), o Grande Reich fora substituído pelo duopólio soviéto-americano. O Reino Unido e a França, que eram ainda as duas primeiras potências mundiais, doze anos antes, iam assistir à descolonização dos seus Impérios.

É um momento como esse o que nós vivemos hoje em dia.

Cada período histórico tem o seu próprio sistema económico e constrói uma super-estrutura política para o proteger. Durante o fim da Guerra Fria, e da dissolução da URSS, o Presidente Bush Sr desmobilizou um milhão de militares dos EUA e confiou a procura da prosperidade aos patrões das suas multinacionais. Estes fizeram uma aliança com Deng Xiaoping, deslocalizaram os empregos dos EUA para a China, que se tornou a fábrica (usina-br) do mundo. Longe de trazer a prosperidade aos cidadãos dos EUA, eles monopolizaram os lucros, provocando progressivamente o lento desaparecimento das classes médias ocidentais. Em 2001, financiaram os atentados do 11-de-Setembro para impor ao Pentágono a estratégia Rumsfeld/Cebrowski de destruição das estruturas estatais. O Presidente Bush Jr transformou então o «Médio-Oriente Alargado» no teatro de uma «guerra sem fim».

A libertação numa semana de um quarto do território sírio não é somente a vitória do Presidente Bashar al-Assad, «o homem que desde há oito anos deve sair», ela marca o fracasso da estratégia militar que visava estabelecer a supremacia do capitalismo financeiro. O que parecia inimaginável aconteceu. A ordem do mundo mudou. O desenrolar dos acontecimentos vai tornar-se inevitável.

A recepção do Presidente Vladimir Putin com enorme pompa na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos atesta a espetacular reviravolta das potências do Golfo que se viram agora para o campo russo.

A igualmente espectacular redistribuição de cartas no Líbano sanciona o mesmo fracasso político do capitalismo financeiro. Num país dolarizado, onde já não se encontram mais dólares desde há um mês, onde os bancos fecham seus guichês e onde os saques bancários são limitados, não serão as manifestações anti-corrupção que irão parar o derrube (derrubada-br) da antiga ordem.

As convulsões da antiga ordem espalham-se. O Presidente equatoriano Lenín Moreno atribui a revolta popular contra as medidas impostas pelo capitalismo financeiro ao seu predecessor, Rafael Correa, que vive no exílio na Bélgica, e a um símbolo da resistência a esta forma de exploração humana, o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, muito embora eles não tenham qualquer influência no seu país.

O Reino Unido já retirou as suas Forças Especiais da Síria e tenta sair do Estado supranacional de Bruxelas (União Europeia). Depois de ter pensado conservar o Mercado Comum (projecto de Theresa May), decidiu romper com toda a construção europeia (projecto de Boris Johnson). Após os erros de Nicolas Sarkozy, François Hollande e Emmanuel Macron, a França perde subitamente toda a credibilidade e influência. Os Estados Unidos de Donald Trump deixam de ser a «nação indispensável», o «gendarme do mundo» ao serviço do capitalismo financeiro para voltar a ser, eles próprios, uma grande potência económica. Retiram o seu arsenal nuclear da Turquia e aprestam-se a fechar o CentCom no Catar. A Rússia é reconhecida por todos como o «pacificador» fazendo triunfar o Direito Internacional que ela havia criado ao convocar, em 1899, a «Conferência Internacional da Paz» em Haia, cujos princípios foram depois pisados pelos membros da OTAN.
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A Conferência Internacional para a Paz de 1899. Seria preciso mais de um século para compreender as suas implicações.


Tal como a Segunda Guerra Mundial pôs fim à Liga das Nações (SDN) para criar a ONU, este mundo novo vai, provavelmente, dar à luz uma nova organização internacional fundada sobre os princípios da Conferência de 1899 do Czar russo, Nicolau II, e do Prémio Nobel da Paz francês, Léon Bourgeois. Para isso, será preciso primeiro dissolver a OTAN, que tentará sobreviver estendendo-se para o Pacífico, e a União Europeia, Estado-refúgio do capitalismo financeiro.

É preciso entender bem o que se passa. Entramos num período de transição. Lenine dizia, em 1916, que o imperialismo era o estágio supremo da forma de capitalismo que desapareceu com as duas Guerras Mundiais e a crise bolsista de 1929. O mundo de hoje é o do capitalismo financeiro que devasta, uma a uma, as economias em benefício exclusivo de alguns super-ricos. O seu estádio supremo pressupunha a divisão do mundo em dois: de um lado os países estáveis e globalizados, do outro, regiões do mundo privadas de Estado, reduzidas a não ser mais do que simples reservas de matérias-primas. Este modelo, contestado tanto pelo Presidente Trump nos Estados Unidos, como pelos coletes amarelos na Europa Ocidental, ou a Síria no Levante, agoniza diante dos nossos olhos.
Thierry Meyssan

Tradução
Alva

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Eu amo até a sua saudade.(Paulo Abreu)

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Sabe quando abre a cicatriz
e sua alma fica exposta
e transita livre a tristeza

E a angústia é a resposta,
sem beleza nem graça
com mágoas liquefeitas?

Vêm as lágrimas da incerteza,
diluem as coisas tangíveis
e a vida arbitra e sabota 

Parado, patético, assustado.
percebo que o tempo desbota,
qualquer tempo assim é falta 

Você é um amor de pessoa
eu adoro você, muito.
muito além deste mundo

Sua ausência sempre foi pauta
e ao romper esta cicatriz
eu amo até a sua saudade.

É isto aí!

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

A memória em um sermão de Antônio Vieira (Marina Massimi)

Alto lá!
Este texto não é meu
Confesso que li, copiei e colei
Autora: Profª Dra. Marina Massimi
Fonte: Scielo

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A memória em um sermão de Antônio Vieira

No sermão do Rosário, pregado em 1654 (2000), na Igreja do Colégio Jesuíta de São Luís do Maranhão, "com o Santíssimo Sacramento exposto, no sábado da infra Octavam Corporis Christi e na hora em que todas as tarde se reza o Rosário", Antônio Vieira estabelece uma analogia entre o tema da festividade (a solenidade do corpo de Cristo) e o corpo humano. Retira a analogia do livro bíblico do Cântico dos Cantos e afirma que a Igreja católica, corpo místico de Cristo, pode ser considerada corpo vivo. Deste corpo vivo aborda a 'fisiologia', focando uma função decisiva para a sobrevivência: a função alimentar:

E discorrendo particularmente por todos os membros e partes de que se compõe, com louvor da formosura, e declaração do ofício de cada um, chega finalmente àquela oficina universal, onde se recebe o alimento, e convertido em sangue se reparte por todo o corpo (2000, p. 31).

O ilustre pregador evidencia as possíveis significações espirituais do ato de alimentar-se e de seus efeitos fisiológicos (Massimi, 2006): neste âmbito, refere-se à memória atribuindo-lhe a função fundamental de "o estômago da alma". De fato, afirma que da mesma forma em que o estômago é o lugar do organismo onde "se recebe e se retém o comer corporal e ali se faz a primeira decocção dos alimentos" (p. 43), a memória é a primeira potência anímica que recebe e recolhe dentro de si, "por meio da apreensão", o conteúdo percebido pelos sentidos a ser elaborado pelo entendimento e pela vontade de modo a produzir conhecimento.

Por outro lado, este conteúdo melhor será elaborado, quando mais vagarosamente for apreendido: "lembrando-se não de passagem, senão muito devagar" (p. 43). Ou seja, a função nutritiva cujo processo depende da atividade do órgão do estômago-memória que preside o metabolismo digestivo, realiza-se da melhor forma se forem tomados alguns cuidados necessários ao bom funcionamento desse mesmo órgão. Com efeito, observa Vieira, "o mantimento corporal que se come, e não se digere, por mais substancial e esquisito que seja não faz nutrição, nem se converte em substância. Lá diz o aforismo vulgar da Medicina: Non quod ingeritur; sed quod digeritur" (p. 34).

Analogamente ao que acontece na fisiologia do corpo, também na "fisiologia anímica" (se assim a podemos chamar), o processo da nutrição "reparte por todas as veias e os membros do corpo a substância e a virtude do que se come" (p. 35). Disto decorre a assimilação do alimento "que se recebe não só no peito do corpo, senão no estômago da Alma e nele se digere"; "dali se difunde por todas as veias e reparte e comunica a todos os membros do nosso corpo a virtude e virtudes do corpo e membros de Cristo, que na substância e na realidade do que comemos se encerra" (p. 35).

O objetivo de Vieira é fundamentar nesta analogia, a tese acerca da eficácia da prática religiosa do Rosário, exercício devocional que "esmiúça" o conteúdo doutrinário em pequenas partes (cada um dos "mistérios" contemplados pelo devoto, ao longo do exercício). O funcionamento da memória e seu encadeamento com a atividade das demais potências psíquicas são descritos em pormenores para justificar adequadamente a tese proposta.

A memória, definida como o "estômago da alma", realiza a primeira "decocção" dos seus objetos, "lembrando-se não só de passagem, senão muito devagar (como se faz no corpo), e representando à Alma quem é o que está presente" no conteúdo a ser memorizado. De fato, a propriedade da memória é "fazer presentes as coisas ausentes" (p. 43). Esta é a potência que tem a capacidade de "levar-nos aos ausentes, para que estejamos com eles, e trazê-los a nós, para que estejam conosco" (p. 43). Desse modo, a memória fazendo "presente" o que é "ausente", torna possível uma modalidade de presença que não é mais física e sim ocorre no nível do entendimento e da vontade: no nível do simbólico, diríamos hoje: "Lembrai-vos do amigo ausente que está em Portugal, e ao mesmo tempo vós estais lá com ele, e ele está cá convosco, porque lá nos levou a memória, e cá o tendes no pensamento" (2000, p. 44)

O dinamismo da memória articula-se ao das demais potências, exatamente como na "fábrica da nutrição" as operações principais são três: "uma que recebendo retém, outra que alterando assemelha, outra que unindo converte" (p. 42). Vieira afirma que estes conceitos derivam de Aristóteles e Galeno. Analogamente, "a potência da memória recebe e retém por meio da apreensão" o objeto, "a potência do entendimento alerta-o [o objeto, ndr.] e assemelha-o a si (ou a si a ele) por meio da meditação", "a potência da vontade converte e une em si mesma" este mesmo objeto. A atividade reflexiva do entendimento suscita o afeto amoroso na vontade. Vieira assemelha este afeto ao "calor natural" que no organismo permite a digestão (p. 47): dito calor "afetivo" é o que faz o sujeito "se incorporar pela vontade" ao objeto (p. 47).

Como o próprio Vieira declara, esta analogia não é sua invenção e sim retirada de toda uma ampla tradição cujos alicerces são: Platão (428-348 a.C.), a retórica romana, Agostinho (354-430), a tradição monástica medieval, o pregador e teólogo Bernardo de Claraval (1090-1153) e o pregador popular Bernardino da Siena (1380-1444).


A memória segundo Agostinho

Focalizamos agora a concepção de memória proposta por uma das fontes principais de Vieira: Agostinho, declarado por Vieira, no dito sermão, como sendo "o excelente filósofo da memória" (2000, p. 42).

Agostinho refere-se à memória como sendo "ventre da alma" em vários textos. É derivada destes textos a concepção exposta por Vieira de que a melhor maneira para que o "estomago da alma" funcione bem é a ruminação, ou seja, o modo de assimilação do alimento próprio dos bois, "que depois de comer tornam a ruminar, ou remoer aquilo mesmo que comeram", "muito devagar" (p. 48); o que facilita o processo digestivo.

Agostinho refere-se ao ato de "ruminar" e usa desta metáfora, repetidas vezes ao descrever o processo da memória (por exemplo: no discurso sobre o salmo 36; sobre o salmo 130).

Nas "Confissões" (397) aplica o termo aos atos de memória que assumem um valor e um significado entre si muito diferentes. No "Livro Terceiro", ao referir-se ao início do relacionamento com a mulher que depois se tornou sua amante, Agostinho (397) afirma: "ela me seduziu porque me encontrou fora de mim, habitando nos olhos da minha carne e ruminando o que por eles tinha devorado" (p. 66). Neste contexto, a ruminação da memória refere-se à elaboração das imagens dos objetos sensíveis, alimentos estes que, porém, "não conseguiam saciar sua fome".

Já no "Livro Sexto", a ruminação da memória é aplicada ao "paladar espiritual" de Ambrosio e aqui a ruminação refere-se aos gozos interiores dos alimentos imperecíveis e espirituais: "Não tinha eu experiência da consolação nas adversidades e do paladar íntimo do coração com que ele saborosamente ruminava o pão dos vossos gozos" (p. 118).

Por fim, no "Livro Sétimo" Agostinho aplica o verbo ruminar ao ato da consideração filosófica dos argumentos dos adversários (no caso específico, tais argumentos justificariam os vaticínios dos astrólogos), num diálogo imaginário. Este ato por ele é considerado útil para construir sua própria posição e bem argumentar a refutação daquelas teses: "ruminava tudo isto comigo, para que nenhum desses loucos que viviam de tal negócio e que eu desejava atacar imediatamente e pôr a ridículo me pudessem resistir" (p. 148).

Em outra obra, o "Livro Sexto contra Fausto o Maniqueu" (410), ele refere-se ao ruminar pela memória como ao ato que, pela "doçura da lembrança" de um conteúdo ouvido e reconhecido como útil, evoca e transmite este conteúdo das "vísceras da memória para a boca do pensamento" (livro 06, par. 07, v. 11).

Na "Exposição acerca do Salmo 141" Agostinho (2010) detalha em pormenores seu entendimento do ato de ruminar a palavra. Parte da constatação de que, diante da palavra a ser aprendida, normalmente temos certa avidez que em muitos casos nos faz esquecer nossa própria fragilidade e limites intelectuais, bem como as limitações de quem nos comunica esta palavra. Diante disto, aconselha a "esconder a palavra ouvida no ventre da memória, tornando-a objeto de meditação vagarosa" (par. 01, v. 8). Ruminar significa voltar pelo pensamento ao que se ouviu, de modo a se apossar daquele conteúdo na profundidade do eu (no "homem interior"): assim o conceito aprendido coincidirá com a sua expressão vocal (o que ele chamara de "boca do pensamento"). Com efeito, para o orador Agostinho, pronunciar o verbo identifica-se com o pensar o conceito, sendo ambos expressivos da apreensão da única verdade.

Desse modo, para ele, o processo da memória deve ser balizado numa temporalidade própria e é voltado para a transmissão oral: a palavra fruto da elaboração do pensamento, que é a ruminação, é assim profundamente associada à atividade da memória.

Agostinho (397) aborda amplamente o tema da memória no livro X das Confissões: aqui descreve a memória pela metáfora do "palácio": em seu espaço a memória retém as imagens trazidas pela percepção, como também todos os produtos do pensamento. A evocação dos conteúdos da memória é feita pela vontade: "Quando lá entro, mando comparecer diante de mim todas as imagens que quero" (p. 224). Apesar das diferentes imagens comparecerem com intensidades e tempos diferentes (algumas se apresentam imediatamente, outras mais vagarosamente, algumas se impõem à atenção, outras precisam ser extraídas; algumas "irrompem aos turbilhões", outras "em sério ordenada", é a escolha da vontade que as organiza, como Agostinho frisa repetidamente pelo uso de verbos como querer, apetecer etc.: "quando eu quiser", "se me apetece chamá-los", "conforme me agrada" etc.

Em primeiro lugar, Agostinho analisa a memória sensorial: esta é um palácio interiormente organizado, onde "se conservam distintas e classificadas todas as sensações que entram isoladamente pela sua porta" (p. 225), ou seja, pelos cinco sentidos. As imagens das coisas sensíveis que entram na memória nela permanecem "sempre prestes a oferecer-se ao pensamento que as recorda" (p. 225).

A memória é descrita também como "um grande receptáculo" formado por "sinuosidades secretas e inefáveis, onde tudo entra pelas portas respectivas e se aloja sem confusão" (p. 225). Na memória estão presentes todas as imagens do mundo real, derivada pelos sentidos.

Uma segunda função da memória é a de ser o lugar onde encontrar a si mesmo: a lembrança de ações, sentimentos, ideias, experiências vividas.

Em terceiro lugar, Agostinho trata da memória intelectual, que é a o repositório de todos os conhecimentos adquiridos. Neste caso também, ressalta a dimensão espacial da memória, caracterizando-a, porém, como espaço não físico e sim virtual: "estes conhecimentos serão como que retirados num lugar mais íntimo, que não é lugar" (p. 227), onde "as imagens [dos objetos, ndr.]. são recolhidas com espantosa rapidez e dispostas, por assim dizer, em células admiráveis, donde admiravelmente são tiradas pela lembrança" (p. 227). Aqui está o princípio daquela que será a arte da mnemotécnica, amplamente utilizada no Ocidente medieval, renascentista e aos inícios da Idade Moderna.

Nas "concavidades secretíssimas" (p. 228) e mais retiradas da memória estão as noções inatas, ou seja , as que não são derivadas pelas imagens sensoriais e sim que "vemos em nosso interior tais quais são em si mesmas". A aprendizagem destas noções que a memória retém de modo desordenado e disperso consiste em "coligi-las pelo pensamento" e "obrigá-las pela força da atenção, a estarem sempre como que à mão, e a se apresentarem com facilidade ao esforço costumado do nosso espírito" (p. 229). Neste caso, o exercício é fundamental, pois "se deixar de as recordar, ainda que seja por pequeno espaço de tempo, de novo imergem e como que escapam para esconderijos mais profundos" (p. 229). Aqui Agostinho estabelece uma interessante relação entre a atividade de coligir estas noções dispersas e a etimologia do verbo latim cogitare que significa pensar. Da mesma forma, a memória retém números e figuras geométricas.

A memória lembra de sua própria atividade e encerra em si os afetos da alma, mas "não da maneira como os sente a própria alma, quando os experimenta, mas de outra muito diferente, segundo o exige a força da memória" (p. 230).

Neste ponto, Agostinho retoma a metáfora da memória como sendo o "ventre da alma", ao explicar a razão do fato que os afetos vivenciados são modificados pela memória: "A memória é como o ventre da alma. A alegria, porém, e a tristeza são o seu alimento, doce ou amargo. Quando tais emoções se confiam à memória, podem ali encerrar-se depois de ter passado, por assim dizer, para esse estômago; mas não podem ter sabor" (p. 231). De modo que eu posso apoiar-me na memória para reconhecer as "quatro perturbações da alma" (p. 231), a saber, desejo, alegria, medo e tristeza, mas ao fazê-lo "não me altero com nenhuma daquelas perturbações quando as relembro com a memória" (p. 231). E continua: "Assim como a comida graças à ruminação, sai do estômago, assim também elas saem da memória, devido à lembrança", mas ao serem recordadas elas não trazem "à boca do pensamento, a doçura da alegria nem a amargura da tristeza" (p. 231). De fato, isto é necessário para que tenhamos a vontade de lembrar, pois "quem de nós falaria voluntariamente da tristeza e do temor, se fôssemos obrigados a entristecer-nos e a temer, sempre que falamos da tristeza ou temor?" (p. 232). Todavia, estes sentimentos também são retidos na memória: da memória tiramos o som das palavras utilizadas na conversa, conforme as imagens gravadas pelos sentimentos corporais, mas também a noção dos sentimentos àquelas associados, que estão igualmente retidos nela.

A "força" ou "potência da memória" é retratada por Agostinho como sendo idêntica à dimensão mais essencial do homem, "o eu mesmo", "uma vida variada de inúmeras formas com amplidão imensa" (p. 234). Devido à vastidão e complexidade da memória, Agostinho utiliza-se também de outra metáfora espacial: "eis-me nos campos de minha memória" que "percorro" indo "por aqui e por ali" (p. 234), penetrando "por toda a parte quanto posso, sem achar fim". Adentra assim "nos seus antros e cavernas sem número" e descobre que eles são ocupados por "presenças": "repletas, ao infinito, de toda a espécie de coisas que lá estão gravadas, ou por imagens como os corpos, ou por si mesmas como as ciências e as artes, ou então por não sei que noções e sinais, como os movimentos da alma, os quais, ainda quando não a agitam, se enraízam na memória, posto que esteja na memória tudo o que está na alma" (p. 234). Ao percorrer os campos da memória, porém, o ser humano não se satisfaz com os achados proporcionados pelo aspecto da memória que é comum também aos animais: esta funciona como sistema de referência para a vida cotidiana, permitindo-nos adquirir hábitos e regressar a lugares corriqueiros. Além disto, o homem procura na memória o que mais profunda e ardentemente deseja, a saber, a "felicidade real", "a felicidade em concreto" (p. 237), esta felicidade que "os homens de todas as línguas têm um desejo ardente de alcançar" (p. 238). Cada ser humano ao ser perguntado se quer ser feliz, pode sem hesitação responder que sim, pelo fato de que em sua memória conserva a lembrança real do que a palavra felicidade significa. A memória é, portanto, o lugar onde o homem busca encontrar não somente o saber, como também a vida.


As práticas da memória

Essa dimensão existencial da memória reencontra-se, muitos séculos depois, nos escritos de Bernardo de Claraval (1090-1153). No Sermão trigésimo sexto sobre o conhecimento e a ignorância, Bernardo retoma a metáfora da memória estômago da alma e enfatiza a função do afeto neste processo: o "fogo do amor" é essencial para cozer os alimentos no aparelho digestivo da alma. De outro modo, ter-se-á um "saber indigesto" pela presença de "humores maus e nocivos" (Lauand, 1998, p. 267) causadores de "inchaços e cólicas de consciência" (p. 268). O que seria esse alimento indigesto? Trata-se de um saber desvinculado do bem viver: articulação ideal entre vida e saber própria de toda a tradição medieval. O bom uso da memória moldada pelo desejo do bom e pela vontade de alcançar a felicidade é tido, portanto, como elemento essencial para realizar o alimento saudável que corresponde ao verdadeiro conhecimento, à verdadeira filosofia.

Entre Agostinho e Bernardo, há um trabalho secular que manteve viva esta concepção e esta prática da memória, trabalho que Carruthers (2006) identifica como realizado extensivamente pelas comunidades monásticas ao longo do período medieval. Esta autora, em contraste com a tese clássica de Yates (1966) que enfatizara o caráter repetitivo e mecânico da arte da memória, aponta para a importância dos exercícios da meditação monástica, como suporte na elaboração dos processos cognitivos em culturas orais. Carruthers evidencia o nexo da memória com a inventio e a mediação que a memória exerce na composição mental de um percurso que pode ser puramente mental ou real. As técnicas da memória nesta perspectiva assumem uma função relevante na modalidade de leitura e assimilação de textos que são transformados em patrimônio interior e nela armazenados de modo a serem reutilizados na criação de novos textos como também na tomada de decisões morais. As técnicas da arte da memória próprias da tradição da retórica clássica interagem assim com as práticas monásticas da meditação ensinando a criar "lugares" mentais, onde colocar lembranças de coisas lidas ou ouvidas e dos quais tirar materiais e associações para novos pensamentos, novas palavras e novos atos. Trata-se do processo que Agostinho definira como a "força da memória": a construção mental de lugares, palácios, jardins, itinerários a serem percorridos. A memória atua assim como um grande arquivo capaz de se reproduzir e gerar; é capaz de mobilizar afetos e proporciona conservação e invenção.

A arte da memória assim concebida não funciona apenas como meio persuasivo e sim como recurso para a invenção e para a construção do pensamento. Retoma-se, nesta perspectiva, o significado etimológico da palavra latina inventio - uma das componentes fundamentais da arte retórica - que assume o duplo significado de inventar e de inventariar, recolher e ordenar a informação.

Este exercício realiza aquilo que Carruthes define uma ortopraxis, ou seja, um itinerário que possibilita um reacontecer da experiência do fundador semelhante à originária. Trata-se da aprendizagem de uma prática que cria familiaridade com a experiência que a promove. Dito percurso educativo, ou seja, a experiência disciplinada, permite ao aprendiz identificar-se com uma vivência reconhecida como original e fundante. A memória desta origem envolve um dinamismo amplo em que participam rememoração, emoção, imaginação e meditação. Trata-se de uma construção do pensamento proporcionada pela vivência comunitária que norteia certo uso da retórica como inventio, como arte da composição, da meditação resultante de uma atividade cognitiva disciplinada: o silentium. Com efeito, já Agostinho considerava a meditação a forma mais alta de eloquência.

Nesta perspectiva, a memória não é concebida tanto como repetição ou reprodução de algo quanto como matriz de uma atividade cognitiva em que as lembranças são mescladas e associadas num esquema mnemônico, numa arquitetura da memória, ou machina memorialis. Trata-se de uma concepção da memória que muito se aproxima daquela própria da tradição retórica romana: não se trata tanto da arte da repetição quanto da arte da invenção, que possibilita ao usuário o saber usar a palavra apropriadamente em qualquer circunstância. Não se trata, portanto, de uma memória estática e repetitiva, mesmo quando assume a feição da memória artificial, ou mnemotécnica (Yates, 2002). Memória e arte da composição são profundamente associadas: a invenção, o pensamento criativo são relacionados assim profundamente à arte da retórica. O termo invenção (inventio) tem um duplo significado de criar algo novo e de inventariar, colocar as ideias na ordem em determinados lugares que permitem sejam reencontradas facilmente: trata-se de uma memória que localiza. A memória funciona muito menos como estrutura temporal que como lugar para dispor as coisas, através de seus sinais ou indícios que tomam forma de imagens mentais, tendo intenso componente afetivo.

Esta concepção não mecanicista da memória e de suas possibilidades alcançadas pelo exercício proporciona uma mais ampla compreensão do uso das imagens mentais e das articulações entre as relações entre memória e imaginação. Com efeito, por um lado, a visualização do pensamento em esquemas organizados de imagens aproxima estes métodos a tópicos importantes da psicologia contemporânea e, por outro, esta concepção de memória ativa (e não apenas repetitiva) que constrói esquemas de imagens para organizar seus conteúdos remete à memória coletiva, sendo estes esquemas e lugares expressão de fenômenos sociais e culturais influentes na construção desta arquitetura mental. No que diz respeito especificamente às imagens e à imaginação, segundo a perspectiva metodológica proposta por Carruthes, a criação das imagens mentais não é sugerida tanto pela imitação e semelhança aos objetos que devem representar, quanto pela função cognitiva a ser desenvolvida: por exemplo, o fato de que um ponto é mais facilmente localizável se pertencer a um conjunto (exemplo: uma estrela numa figura de constelação como urso, carro etc.); ou se pertencer a certa narrativa, a certa história (conforme hoje a psicologia moderna confirma pelos experimentos de F.C. Bartlett). A eficácia mnemônica destas narrativas é aumentada quanto mais forem afetivamente intensas e cognitivamente inusitadas.

No dinamismo da memória, portanto, a imagem ocupa um lugar específico não tanto pelo seu conteúdo quanto pela sua forma. A prática monástica da meditação resulta na fabricação de imagens mentais ou de quadros cognitivos utilizados para pensar e compor. De fato, o monaquismo frisa a necessidade de que as pessoas visualizem os pensamentos em suas mentes através de esquemas organizados de imagens. As imagens da memória são compostas por dois elementos: uma semelhança que sinaliza a experiência a ser lembrada e uma intentio, ou seja, a inclinação para com esta experiência, importante para classificá-la e reencontrá-la: por isto, as lembranças são constituídas por imagens com intenso componente emocional. Em suma, nesta tradição retórica, a construção das imagens mnemônicas obedece não a regras de conteúdo e sim de forma: devem servir para compor relações e redes de relações úteis para reter conceitos importantes e para auxiliar descobertas. É uma específica configuração e a posição nela ocupada pela imagem mental que permite a memorização; as redes e os lugares desta configuração pertencem a inventários sociais e mentais que proporcionam mapas de orientação dos pensamentos e das condutas.

A imagem é, assim, uma espécie de veículo dos conteúdos da memória, sendo a imaginação usada para construir estes mapas e para decifrar os percursos sugeridos. Exemplificando, na Idade Média, as peregrinações para determinados lugares e as procissões de fiéis seguindo determinadas imagens nos andores não eram relevantes pela autenticidade histórica dos lugares e das imagens, mas pelo fato de essas práticas proporcionarem o reconhecimento de imagens da memória, de modo que "a atividade física do deslocamento de um lugar para outro, espelhava fielmente a atividade mental na qual se empenhavam os participantes da procissão" (Carruthers, 2006, p. 68; tradução livre). As imagens, reconhecidas não tanto pelo seu conteúdo e sim pela sua função, são utilizadas como suportes para o pensamento: inclusive sua forma estética e os apelos sensoriais e afetivos por ela suscitados, são funcionais ao pensamento.


Conclusão

A abordagem proposta por Carruthers ilumina também a consideração de práticas culturais e religiosas difundidas no Brasil colonial: nestas podemos reconhecer um dinamismo análogo. Trata-se aqui também do emprego de uma máquina retórica visando transmitir e ensinar certo tipo de elaboração da experiência a ser memorizada e reinventada. Esta máquina é utilizada pelas congregações, irmandades e ordens religiosas atuantes na sociedade colonial que se apoiam na memória coletiva de vivências e tradições culturais e elaboram e reinventam práticas dessas tradições, acomodadas ao contexto em que deverão ser efetivadas. Portanto, a mobilização do dinamismo psíquico dos destinatários para a elaboração da experiência ocorre em conformidades a tais matrizes. Assim, quando Vieira em seu belo sermão introduz a devoção do Rosário como sendo ruminação dos mistérios que compõem a Sagrada Ceia e que vagarosamente devem ser ingeridos para poderem ser digeridos pela memória, ventre da alma, ele inspira-se em Agostinho e Bernardo e também fundamenta-se na tradição da machina memorialis transmitida através das gerações e apropriada por Inácio e pela Companhia de Jesus, conforme documenta a fonte mais significativa que da experiência jesuítica propõe-se a ser, formadora e modelo: os "Exercícios Espirituais".

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Em busca da alma gêmea!


Chegou atrasado ao casamento, e por mais um pouco não daria para dizer que a cerimônia deveria ser interrompida, já que a noiva era sua esposa, segundo descobrira numa profunda imersão em vidas passadas com Mãe Ragchalá Roban. Subiu apressadamente os degraus da Igreja, e não passou do décimo segundo de quarenta e seis degraus, quando desacordou ao tropeçar no cadarço desamarrado do pé direito.

A não suspensão da cerimônia causaria seu retorno ao planeta azul por mais dez temporadas, pois ambos, ele e sua amada, tinham um ascendente em Touro, tendo como  regente Vênus. E Vênus estava em Capricórnio na casa 09, orientado para Órion. Nesse conjunto de energias, altamente importante na composição das almas gêmeas, se libertariam definitivamente da maldição que sofreram a cerca de quatrocentos e setenta e oito anos atrás.

Duas semanas após o incidente, solitário no leito do hospital, voltou ao mundo real, sem entender onde estava nem quem era nem o que fazia ali. Ninguém o conhecia. Precisou de mais outros dois dias para se recordar que viajara cerca de seiscentos e vinte quilômetros para a pequena cidade no interior do interior, apenas pela informação precisa de que era necessário suspender a cerimônia. Ao recobrar a consciência, teve alta.  

Saiu do hospital e foi direto para a casa paroquial, afinal queria informações sobre o casamento, como nome dos noivos, endereço de contato, e diria que era um primo distante, que gostaria de cumprimentá-los. O padre o escutou com toda a atenção possível, Pediu para repetir o dia, e apenas fez uma ligeira negativa com a cabeça.

- Padre, por que o senhor está com este ar de preocupação? Sabe de algo?

- Meu filho, há duas semanas atrás não tivemos casamento na Igreja. O último foi a sessenta dias.

- O senhor tem certeza disto?

- Tenho, tanta quanto a sua presença diante de mim.

- Mas, padre ... eu cheguei aqui, subi as escadarias ...

- Meu filho, venha aqui fora comigo. 

- Sim, irei.

- Veja, a Igreja está no nível da rua, sem escadas.

- Talvez tenha outra igreja na cidade.

- Meu filho, esta é a única igreja da cidade.

- Voltou ao hospital, do outro lado da praça e pediu seu prontuário. 

- Senhor, não temos prontuário do senhor. O senhor nunca esteve internado aqui.

Procurou pelo carro, não estava em nenhum lugar. Foi à delegacia prestar queixa e deu conta que não tinha nem o documento nem a chave do automóvel. Sequer lembrara da placa. Ligou para os telefones de contato, e todos inexistentes. 

Sentou no banco da praça, desolado, desconsolado, lágrimas após lágrimas, num profundo sentimento de dor e de abandono. Sentiu um leve toque no ombro - era ela - a noiva, mas não estava de noiva, e parecia feliz. Olhou-a em compaixão plena.

- Vem, me acompanha, vamos para casa.

Entrou num casarão imenso, cuja porta era toda em entalhes barrocos, seguiram por um longo corredor em total silêncio, até chegar à porta dos fundos. Ela parou na frente da porta, deu-lhe um abraço e sussurrou. Não tenha medo. Vou abrir a porta e você, de olhos fechados,  sairá rapidamente, eu irei em seguida, e estarei tocando no seu ombro. E deu-se que abriu a porta, ele deus três passos largos e mergulhou num abismo profundo, enquanto ela, parada no portal gritou - você é um idiota!!!!

Enquanto isto, ele caia em si outra vez ... outra vez ... outra vez ... e fluía pelos poros da dor a paixão mal resolvida.


É isto aí!




quinta-feira, 17 de outubro de 2019

O caso da viúva - O analista da Pitangueira.

Resultado de imagem para widow vintage

- Seja bem vinda! Entre, vamos conversar aqui dentro.

- Aí dentro? Só eu e o senhor?

- Sim, venha, é um ambiente seguro.

- Seguro como?

- Eu sou o segurança do lugar.

- Mas o senhor nem está fardado. Tem câmara de segurança?

- Não temos câmeras aqui dentro.

- Mas e a câmara de segurança, com pessoas eleitas para proteger-me do mal do mundo?

- Ah! São destas câmaras que você falava. Não há necessidade. Pode entrar.

- Não, obrigada!

- Algum problema? Tem algo que a deixa desconfortável aqui?

- Sim. Tem.

- Posso saber o que é?

- É o senhor.

- Eu? Eu sou o gerador do seu desconforto?

- De certa forma sim. Além disto mamãe disse para eu não conversar com estranhos.

- Eu sou um estranho para você?

- Hummmmmmm... não! Não é exatamente um estranho.

- Então?!?

- Melhor que não. Outro dia eu volto.

- Poderia ser na semana que vem a sua volta?

- Sim, poderia. tenho a agenda livre para daqui a sete dias.

- E poderia ser no mesmo horário?

- Interessante. Tenho este horário também em aberto. Sim, eu venho semana que vem.

- Estarei aguardando.

- Posso fazer uma pergunta ao senhor?

- Esteja a vontade.

- O senhor se sente atraído por mim, agora que estou viúva?

- Qual o impacto que tem sobre você a possibilidade de achá-la atraente?

- Semana que vem posso responder que o impacto é sobre nós e nosso futuro radiante?

- Sim, terá uma semana para refletir sobre o tema.

- Agora eu posso entrar?

- Não! Seu horário de hoje acabou.

É isto aí!




A Tríade do Tempo (aprenda a usar seu tempo)


Como você utiliza o seu Tempo? Não tem tempo para nada? Faça este teste e descubra como identificar a sua Tríade do Tempo.

É aconselhável você dispor de pelo menos dois minutos para ler a matéria abaixo antes de fazer o Teste. Vai enriquecer muito a sua experiência.

Identificando a sua Tríade do Tempo
Autor: Christian Barbosa
Fontes:
1 - A Tríade do Tempo - Christian Barbosa

2 - IBC Coaching   

Cada pessoa tem uma Tríade do Tempo diferente. Algumas têm a esfera da urgência maior. Outras conseguem ter seu tempo mais dedicado à esfera da importância. Outras, ainda, têm a esfera das circunstâncias mais acentuada. De acordo com sua idade, maturidade, condição social, cargo ou condição de vida, a tríade pode sofrer variações.

Como a Tríade do Tempo é dividida:

01 - Esfera da Importância
Está diretamente relacionada às atividades que nós realizamos e que são relevantes em nossas vidas. Que trazem resultados em curto, médio ou longo prazo. Em geral, as coisas importantes têm prazos de execução, porém nunca são urgentes. As atividades importantes proporcionam prazer ao serem executadas, sendo que a maioria delas é espontânea.

02 -  Esfera da Urgência
Esta esfera abrange todas as atividades para as quais o tempo está curto, no limite ou já se esgotou. São as exigências que chegam em cima da hora e que não podem ser previstas. Em geral, acabam trazendo pressão e estresse.

03 - Esfera Circunstancial
Diz respeito às atividades desnecessárias, por serem consideradas apropriadas pela sociedade, excessivas ou sem resultados. São os gastos inúteis de tempo, como as horas a mais na cama, checar várias vezes por dia as redes sociais e demais atividades feitas por comodidade. Elas não trazem resultados e há alto potencial para gerar apenas frustrações.

Para que serve a Tríade do Tempo?

Uma das principais funções da Tríade do Tempo é fazer com que as pessoas consigam se delegar atividades diárias, de maneira que sua rotina seja menos estressante e desgastante. Para que consigam viver com mais tranquilidade e, consequentemente, obtenham resultados concretos a partir das ações cotidianas.

Através da Tríade, ocorre a descoberta do que é realmente importante, do que deve ser mantido e do que deve ser descartado. Assim como sobre o que pode ser delegado e o que precisa ser recusado.

Aplicando a metodologia, é possível estabelecer objetivos e metas a serem seguidas em um caminho que dará rumo à sua vida. Percebendo quais são as ações necessárias para alcançar o que tanto almeja, assim, aumentando sua produtividade e gerando mais tempo para que viva aquilo que realmente é importante.

Por exemplo, você deseja voltar a estudar, fazer uma pós-graduação ou, mesmo, outra faculdade. Mas esse é um objetivo que acabou ficando em segundo plano por causa da falta de tempo. A metodologia da Tríade do Tempo vai poder te ajudar a perceber que, na verdade, existe tempo suficiente, mas boa parte dele está sendo utilizado de forma inadequada, improdutiva.

Como colocar a Tríade do Tempo em prática

Basicamente, esse método possui cinco fases básicas que devem ser colocadas em prática, de maneira ordenada e sequencial, para que você consiga obter os resultados mais positivos possíveis. Cada uma delas tem como objetivo atender diferentes necessidades no planejamento de produtividade pessoal, além de conter uma série de etapas.

1 – Identidade
Nessa etapa acontece a reflexão, momento em que é preciso olhar para dentro de si. Ela fase serve como um espelho para autoanálise. E é por isso que o autoconhecimento é tão importante. Porque, como eu disse anteriormente, quanto mais você se conhecer, mais fácil será identificar os erros. Lembrando que, é preciso ser extremamente sincero consigo mesmo.

2 – Metas
Você sabe o que, de fato, são metas? Elas são tarefas específicas atreladas aos objetivos. São temporais e possuem prazos específicos para acontecerem. Por exemplo, se você tem o objetivo de ficar rico, sua meta será traçar meios que te levem à riqueza. E como você vai fazer isso, só depende de você.

Quando as metas são atingidas você consegue alcançar seus objetivos. A pequena diferença entre metas e objetivos – terminologias que as pessoas confundem muito facilmente, está em os objetivos serem onde você quer chegar, enquanto as metas são especificações dos mesmos, como você fará para chegar lá.

Em relação à Tríade do Tempo, depois de fazer sua auto-análise, é chegada a hora de transformar seus sonhos em realidade. É aqui que você começa a traçar suas metas. Afinal de contas, quem não tem metas vive de objetivos inalcançáveis, muitas vezes impostos por outras pessoas.

3 – Planejamento
É um “esqueleto” dos caminhos que vão te conduzir a atingir suas metas. Através do planejamento você será capaz de definir cada etapa de cada meta para alcançar seu objetivo. Ir em busca de um objetivo sem planejamento, gera estresse porque, praticamente, tudo o que acontece é imprevisto por você.

4 – Organização
Manter prazos pode ser algo difícil para muitas pessoas. Mas quando há organização e cumprimento das tarefas, a produtividade e o tempo livre também aumentam. Se organizar é um passo indispensável para iniciar qualquer projeto, seja pessoal ou profissional.

5 – Execução
É aqui que todas as etapas mencionadas acima vão se juntar. A autoanálise é exposta, as metas começam a ser cumpridas, o planejamento é colocado em prática e a organização aumenta sua produtividade, assim como seu aproveitamento do tempo.

Lembre-se: nada acontece em curto prazo. Não adianta tentar colocar a carroça na frente dos bois, porque a única pessoa que vai ser prejudicada com o “desespero desplanejado” vai ser você. Execute bem as etapas da Tríade, realize as tarefas de maneira segura e com persistência para que sejam sempre concluídas.


terça-feira, 15 de outubro de 2019

As cinco linguagens do Amor (Com o Teste para aplicar)


As cinco linguagens do Amor: Gary Chapman

A linguagem é a capacidade que os seres humanos têm para produzir, desenvolver e compreender a língua e outras manifestações da comunicação — como pintura, música e dança. A língua, por sua vez, é um conjunto organizado de elementos (sons e gestos) que possibilitam a comunicação assertiva.

De acordo com o conselheiro de relacionamentos Gary Chapman, existem cinco linguagens básicas pelas quais o amor é expressado e compreendido. Segundo o especialista, cada indivíduo nasce com uma maneira específica de identificar, receber e dar amor. Esse processo é chamado de linguagem, e as várias maneiras de expressá-la são chamadas de “dialetos”.

A tentativa de demonstrar o amor por meio de determinada linguagem para alguém que também carrega uma linguagem particular é a mesma coisa que fazer uma declaração em português para quem nunca teve contato com a Língua Portuguesa. O primeiro passo para expressar seu amor por outra pessoa, portanto, é identificar sua linguagem do amor e também a linguagem que a pessoa amada utiliza para isso.

Hoje, eu convido você a me acompanhar nesta leitura, para conhecer melhor quais são as linguagens do amor existentes e de que forma cada uma delas é expressada, para que você consiga identificar qual é sua linguagem e a das pessoas ao seu redor.

Vamos lá?

01 - Atos de Serviço
02 - Palavras de Afirmação
03 - Dar e receber presentes
04 - Tempo de Qualidade
05 - Toque físico.

01 - Atos de Serviço

Aqui o que você faz conta mais do que qualquer palavra. Formas de expressão como: lavar a louça, consertar a fechadura, levar o lixo para fora, levar o carro para lavar, entre outros atos de serviço, demonstram à pessoa o quão importante ela é para você, e, principalmente que você faz de tudo para vê-la feliz e realizada.

Assim, a minha dica aqui é que você fique atento/a às formas, aos serviços que você pode empregar às pessoas, fazendo com que elas sintam-se valorizadas e até mesmo motivadas por você. Além de amados/as, as chances de fazer estas pessoas felizes é bem grande.

02 - Palavras de afirmação

São sentenças expressas em elogios como “O jantar estava ótimo”, afirmações como “Acho que você faz isso muito bem” e incentivos como “Vai dar tudo certo”. Existem pessoas que utilizam este tipo de linguagem para expressar o seu amor por alguém e aqueles que se sentem altamente valorizados quando escutam afirmações como estas e muitas outras.

devemos sempre enfatizar o poder que as palavras têm sobre nossas ações. Da mesma forma que elas podem nos elevar, elas também podem fazer com que nos sintamos mal, sem vontade de realizar nossas atividades e até mesmo desmotivados.

Sendo assim, é fundamental estar sempre atento à energia que você propaga ao seu redor por meio das palavras, pois elas podem prejudicar não só as pessoas que lhe rodeiam, mas também a você mesmo. O ideal é que você fique atento, e, sempre que possível, ofereça o seu apoio, por meio de palavras de afirmação a quem estiver precisando de algo neste sentido, principalmente as pessoas que recebem melhor este tipo de linguagem.

03 - Dar e receber Presentes

Nesta linguagem o que menos importa é o valor financeiro, pois o amor pode ser expressado por meio de uma flor, uma pizza ou até mesmo uma semi-joia, por exemplo. O importante aqui é o valor simbólico do que é presenteado, uma vez que a pessoa que o recebe se sente imensamente grata, feliz e realizada quando percebe a importância e o significado que tem em sua vida.

Para as pessoas que se sentem amadas por meio desta linguagem, o fundamental é saber que o presente está sendo dado de coração, com a intenção realmente de agradar e deixar uma marca, fazendo com que esta se sinta lembrada, mesmo quando está ausente.

04 - Tempo de Qualidade:

Diz respeito à dedicação de um tempo exclusivo, ainda que pequeno, aqueles que você mais ama e deseja ter por perto. As expressões ou dialetos podem ser: conversas de qualidade, um bilhete romântico, uma mensagem apaixonante no celular, passeios, assistir televisão juntos, ir ao cinema, marcar encontros com amigos em comum, dar um passeio a pé, juntos, etc..

É provável esta seja uma das linguagens mais essenciais na atualidade. Acontece que, com a correria e a quantidade de demandas que necessitam da nossa atenção diariamente, acabamos deixando de passar um tempo ou de encontrar pessoas que são importantes para a nossa existência em si. Com isso, vamos perdendo o contato, e, conforme a vida se desenrolando, podemos até não encontrar mais maneiras de retomar a convivência com estas pessoas.

Assim, é fundamental que encontremos um tempo, que dediquemos um período do dia para estar, verdadeiramente, com nossos cônjuges, nossos filhos, amigos, familiares e todas as pessoas que considerem a nossa presença como algo de real importância. Mais do que presentes, o que essas pessoas de fato querem e merecem é que estejamos com elas de corpo e alma, sem preocupações aparentes.

5 - Toque físico:

Beijos, abraços, cutucões com o cotovelo, mão no ombros, as relações sexuais, toque suaves pelo corpo, mãos dadas, entre outros gestos, representam essa linguagem do amor. Mais do que saber que o amor existe, algumas pessoas têm a necessidade de sentir fisicamente esse amor. Por isso, fazem questão de receberem carinho, por meio do toque, para que assim sintam-se também mais seguras.

Quando gostamos muito de alguém, independentemente de termos um relacionamento amoroso ou não com esta pessoa, queremos demonstrar de todas as formas possíveis. E quando este amor é intenso, ele extravasa e acaba sendo expressado por meio de um cafuné, de um abraço apertado, de uma massagem, de beijos e assim por diante.

Mas vale o lembrete: é importante saber se o outro também deseja receber amor dessa maneira, caso contrário, corre-se o risco de invadir o espaço da pessoa e dela acabar não gostando.

Como descobrir a minha Linguagem do Amor?

Gary Chapman elaborou um questionário que permite, com pouca margem de erros, que a pessoa se descubra:

Prepare o perfil quando estiver relaxado e sem pressão de tempo. Em cada item, de 1 a 30, temos duas frases - escolha a que mais se aproxima do seu perfil. Não existem duas respostas para um item. No final você terá 30 frases escolhidas. Depois de fazer suas escolhas, no final do Teste tem o Gabarito referente às letras que estão na frente das frases. Não olhe antes de fazer para não induzir respostas, afinal o objetivo é saber qual é a sua linguagem e descobrir como potencializar outras linguagens, se for o caso.

01
Gosto de receber palavras de afirmação (elogios)
A
Gosto de receber abraços
E

02
Gosto de passar tempo a sós com alguém especial para mim
B
Sinto-me amada/o quando alguém me oferece ajuda prática
D

03
Gosto quando ganho presentes
C
Gosto de visitas sem pressa com amigos, familiares, pessoas próximas ou entes queridos
B

04
Sinto-me amado/a quando as pessoas fazem coisas para ajudar-me
D
Sinto-me amado/a quando as pessoas me tocam
E

05
Sinto-me amado/a quando alguém que amo ou admiro me rodeia com o braço
E
Sinto-me amado/a quando recebo um presente de alguém que amo e admiro
C

06
Gosto de sair com amigos e entes queridos
B
Gosto de bater palma com palma ou ficar de mãos dadas com pessoas especiais para mim
E

07
Símbolos visíveis de amor (presentes) são importantes para mim
C
Sinto-me amado/a quando as pessoas me afirmam
A

08
Gosto de sentar perto das pessoas a quem aprecio
E
Gosto de que me digam que sou atraente/bonito/a
A

09
Gosto de passar tempo com amigos e entes queridos
B
Gosto de receber presentinhos de amigos/as e entes queridos
C

10
Palavras de aceitação são importantes para mim
A
Sei que alguém me ama quando ele/a me ajuda
D

11
Gosto de estar junto e fazer coisas com amigos/as e entes queridos
B
Gosto quando me dizem palavras bondosas
A

12
O que a pessoa faz me afeta mais que aquilo que ela diz
D
Os abraços me fazem sentir participante e apreciado/a
E

13
Aprecio o louvor e tento evitar as criticas
A
Vários presentes pequenos significam mais para mim que um grande (caro) presente
C

14
Sinto-me íntimo/a de alguém quando estamos conversando ou fazendo coisas juntos
B
Sinto-me mais perto dos amigos/as e entes queridos quando eles/as me tocam com frequência
E

15
Gosto que as pessoas elogiem minhas realizações
A
Sei que as pessoas me amam quando fazem coisas para mim que si mesma não apreciam
D

16
Gosto de ser tocado/a (abraçado/a, afagado/a, etc) quando amigos/as e entes queridos passam perto ou se aproximam de mim
E
Gosto quando as pessoas me ouvem e mostram interesse genuíno no que estou dizendo
B

17
Sinto-me amado/a quando amigos/as e entes queridos me ajudam nos trabalhos e projetos  
 D
 Gosto realmente de receber presentes de amigos e entes queridos 
 C

18
 Gosto quando as pessoas elogiam minha aparência
 A
 Sinto-me amado/amada quando as pessoas tomam tempo para entender meus sentimentos
 B

19
 Sinto-me seguro/a quando uma pessoa especial toca em mim
 E 
 Atos de serviço fazem com que me sinta uma pessoa amada
D

20
 Aprecio as muitas coisas que as pessoas especiais fazem para mim
 D 
 Gosto de receber presentes que pessoas especiais fazem para mim
C

21
Aprecio realmente o sentimento que tenho quando alguém me dá total atenção 
 Aprecio realmente o sentimento que tenho quando alguém me presta algum ato de serviço

22
Sinto-me amado/a quando uma pessoa comemora meu aniversário com um presente
Sinto-me amado/a quando uma pessoa comemora meu aniversário com palavras significativas 

23
 Sei o que a pessoa está pensando de mim quando me dá um presente
 C
 Sinto-me amado/a quando a pessoa me ajuda nas tarefas diárias
  D 

24
Aprecio quando alguém ouve com paciência e não me interrompe
 B
Aprecio quando alguém se lembra de dias especiais com um presente  
  C 

25
Gosto de saber que os entes queridos estão preocupados em ajudar-me nas tarefas diárias
 D
Gosto de fazer viagens longas com alguém que é especial para mim 
 B

26
Gosto de beijar ou ser beijado/a por pessoa de minha intimidade 
Receber um presente sem qualquer razão especial me deixa contente 

27
 Gosto que me digam que sou querido/a
 Gosto que a pessoa olhe para mim enquanto falamos

28
Presentes de um amigo/a ou ente querido são sempre especiais para mim 
Sinto-me bem quando um/a amigo/a ou ente querido me toca 

29
Sinto-me amado/a quando alguém faz com entusiasmo o que pedi  
Sinto-me amado/a quando dizem quanto me apreciam 

30
 Preciso ser tocado/a todos os dias
 Preciso de palavras de afirmação todos os dias



Como interpretar o Teste?

Volte e conte o numero de vezes que marcou cada letra. Liste os resultados nos espaços apropriados no final do perfil. 


A:___________ Palavras de afirmação
B:___________ Tempo de qualidade
C:___________ Receber presentes
D:___________ Atos de serviço
E:___________ Toque físico

O maior número é a sua Linguagem de Amor mais pronunciada. Pode dar empate, este teste não é conclusivo nem determinante. Apenas apenas mostra uma tendência.
A finalidade maior é acertar a dose entre duas pessoas que se amam. Ver onde um pode ceder, o outro pode se esforçar, para se compreenderem melhor. Além disto, você fica sabendo  o porquê do que gosta e do que não gosta, que é uma coisa íntima e pessoal do seu perfil, da sua linguagem.

É isto aí!