terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Cartas sem fim


Tem dia que tudo que a gente precisa é tomar uma decisão certa, por que decisões erradas afloram por todos os poros. A Estatística afirma que em cada decisão temos 50% de chance de acerto, se formos muito otimistas ou 50% de possibilidade de erro, se formos bastante pessimistas. Mas isto funciona apenas para as coisas materiais. 

Para as coisas do coração, qualquer decisão estará sempre fadada ao desafio de não ter sido a melhor escolha. Não deveríamos manter uma análise matemática nestes casos, apesar de sempre acreditarmos (ou desejarmos acreditar) que um dos principais fatores limitantes na hora de fazer a escolha assertiva é ter excesso de possibilidades para avaliar e acharmos que uma decisão é apenas um ponto final.

Focar apenas nas opções essenciais que realmente são importantes e pertinentes ao que almejamos passam ao largo do sentimento natural de amar e ser amado. Além disso, o nível máximo do senso crítico e da sua capacidade para analisar a situação estará prejudicado pelos conflitos passionais, biológicos, espirituais e pelas leis divinas universais.

Neste caso, o melhor que poderíamos fazer seria validarmos a decisão, custe o que custar. Embora tenhamos a consciência de que a validação é um doloroso processo para assegurar que de fato tomamos a melhor decisão, a escolha do "sim ou do não" requer renúncia, abdicação ou troca, além das consequências naturais do ato. O complicador é que validar uma decisão sobre um processo de difícil controle é como manter o equilíbrio emocional num salto onde o paraquedas demora a abrir.

Por isso refletir sobre o que perdemos fazendo uma escolha é, sobretudo, obrigatório, apesar de massacrante. Não ter medo de falar com a parte envolvida e perguntar a si mesmo “Quais serão os efeitos imediatos e de longo prazo de minha decisão?” e/ou  “Todas as possibilidades foram consideradas?”.

A necessidade de se tomar uma decisão é resultado da necessidade de mudar. Se é preciso mudar, é fundamental estar disposto a sair da zona de conforto e ousar fazer algo diferente.  Portanto, a escolha só tem relevância se estiver acompanhada de ações, e talvez este seja o maior fator limitante para a maioria das pessoas. 

Sempre que possível, deveríamos fazer as seguintes perguntas ao nosso coração:
 - “Quais foram as razões que me levaram a tomar essa decisão?”,
- “Os motivos que a justificam são realmente importantes para mim?”,
- “De que modo esses fatores estão ligados ao meu estado desejado?” e
- “Quais os meios que criarei para produzir os resultados necessários?”.

Um conselho: Como são as decisões que tomamos sob forte impacto emocional aquelas que moldam o nosso destino, nada de respondermos a essas perguntas com pressa.


É isto aí!

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