segunda-feira, 29 de abril de 2013

A Igreja do Diabo

A violência está na moda, nas esquinas, nas praças e nos botecos. Está também no cinema, nas novelas e nos seriados. Tem-se violência nas igrejas, nas escolas e nas empresas. Enfim, está no meio e entre nós e nos amedronta, nos acua e nos faz sentir pavor do outro, qualquer que seja o outro.

A novidade é a exteriorização da violência da fé, onde pessoas que deveriam falar do amor ao próximo, proclamam o ódio aos que ali não se encontram. Ódio, ódio, ódio, muito ódio, e claro, seguido de muito dinheiro, afinal nenhum destes líderes espirituais que falam de um deus filho de uma puta deste (não achei outra expressão melhor), trabalha o medo para ficar rico, coisa que não era antes de ser pacto deste deus, ou algo semelhante.

E o diabo delira, pois entra e sai com uma frequência demoníaca destes templos. Como tem capeta neste meio. É um negócio infernal, digamos assim. As pessoas estão sempre possuídas, e para desencapetar, pagam aos líderes pactuados com um deus destes que dialogam com o maldito. Pronto, está salvo, vá, pague seu quinhão e não encapete mais.

O incrível é que não há novidade nisto. Em 1884, Machado de Assis publicou o conto "A Igreja do Diabo",
quando narra que o Diabo decide fundar sua própria religião onde as pessoas seriam livres para praticar impiedades. Todavia a tendência humana de contradizer-se levam seus adeptos a praticarem o bem.

Este é o nó do ódio dos líderes destes tempos - o povo, na sua essência, é bom. Enfim, vai dar merda esta merda!

É isto aí!

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