Cartas de Amor XCVIII
Reino da Pitangueira,
Planeta Terra&Lua,
3° do Sistema Solar,
Via Láctea, Zona Sul
Querida, como nos ensina o Mestre Nietzsche, nosso amor é uma afirmação da vida, um ato de criação e também, se me permite dizer, uma aceitação corajosa do destino.
Calma meu bem! Calma! Não cesse os florais, os sais de banho e o pilates. Sei que você tergiversa quando o cito, pois crê que Nietzsche não entende de amor quando na verdade ele escreveu extensivamente sobre o amor em várias de suas obras, como Assim Falou Zaratustra e A Gaia Ciência, mas sua visão era radicalmente diferente das concepções românticas ou cristãs tradicionais.
Portanto, querida, em vez de dizer que ele "não entende" de amor, seria mais preciso dizer que Nietzsche oferece uma interpretação desafiadora e não convencional do amor, que valoriza a força, a superação e a criação mútua acima do conforto ou do altruísmo tradicional.
Meu bem e minha amada, voltemos ao nosso nicho de sermos humanos com nossas aparentes ou ocultas limitações humanas. Creia, minha cara-metade, nosso amor é perigoso, como são todos os amores de todos os tempos desde a criação, da forma que entender o início de tudo, até esta data e de todas as datas que nos sucederão quando escrevo estas linhas de paixão.
Saiba, desde já e por todo o sempre, minha Flor, que este sentimento que nos une, este amor, é perigoso e exige coragem. Envolve, envolveu e envolverá a vulnerabilidade e o risco do sofrimento, que é exatamente essa intensidade que o torna valioso.
Querida, desculpe não saber escrever as palavras que gosta, não sei traduzi-la de outra forma.
Eu não sei não amar você! Um cafuné nos cabelos, um afago na face, um abraço apertado e muitos beijos apaixonados.
É isto aí!
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