domingo, 28 de dezembro de 2025

Onde guardar as memórias?


Esqueci a letra daquela música que começava assim: la la lalaiê, laiê lará. Eu ia cantar para ela, aí misturou com outra música — do como é que chama?

Aquela sobre o mar azul, tantas vezes chorei… ai, ai, ai, ai, ai… nem doutor nem pajé.

Para minha sorte, trouxe comigo o… o… caramba, esqueci o nome. Aquele negócio que faz as coisas se moverem de lá para cá e vice-versa. Não é telefone, nem fax, nem radinho para ouvir os jogos.

Esqueci já tanta coisa com este coração cigano que agora eu choro. Engraçado: acho que isso é parte de uma música Esqueci de uma coisa que não posso dizer que esqueci, porque daria problemas para… para… esqueci onde isso vai dar.

As Bachianas vão até o nº 5, de Villa-Lobos, e tem o Trenzinho do Caipira. Peça famosa, parte das Bachianas Brasileiras nº 2, que imita o som de uma Maria-Fumaça e que depois ganhou letra de Ferreira Gullar, inspirada em memórias de infância.

Puta que pariu. Até o Ferreira Gullar guarda memórias agora eternas e eu… eu… seria onomatopeico com outros morfemas nominais?

Esqueci as chaves de casa, mas encontrei os óculos no banheiro. Fui à cozinha e lá estavam as chaves do carro. Quando decidi sair, ao abrir a porta, deparei com as chaves de casa na fechadura externa.

Olha só. Quem seria o doido, nestes tempos loucos, de deixar a chave guardada na porta, do lado de fora? Tirei a chave, abri a porta e dei numa sala desconhecida.

Aí tocou aquela música — la la lalaiê, laiê lará. Não sei você, mas eu chorei para caramba.

É isto aí!

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