Cartas de Amor XCVII
Reino da Pitangueira,
Planeta Terra&Lua,
3° do Sistema Solar,
Via Láctea, Zona Sul
Querida, vamos fugir para Orion
Calma, meu bem. Inspire... expire... bem devagar bem devagar, devagarinho, isso ... e saiba que vamos atravessar todas as obstruções físicas e metafísicas usando o fenômeno da física quântica feito partículas atômicas transpondo o imponderável.
Querida, pelo nosso louco amor neandertal, relaxe, meu bem, não cesse suas sessões de candle massagem, nem pare de tomar óleo de Chia com Psyllium e Cromo, permaneça com suas sessões de shiatsu e nunca se esqueça das seis gotas do sagrado Rescue de Bach
Isto! Recomponha-se e reassuma o controle dos seus quereres. Esta carta foi guardada na memória e acabou esquecida no escaninho místico da estante virtual. Aliás, ainda estou com memórias salvas, destas que flutuam. Saiba, minha flor, que sem memória, não há biografia — apenas instantes desconectados. Resumindo a sinopse, nossas memórias são o elo entre tempo, experiência e sentido, tanto no plano biológico quanto no simbólico.
Aí, querida, é que entra Órion, posto que é simultaneamente mapa celeste, narrativa mítica e imagem simbólica, unindo ciência, imaginação e sentido. porque ele é um exemplo claro de como o ser humano não se relaciona com o real apenas de forma técnica, mas também simbólica e interpretativa.
Minha amada, transcendendo na luz a jornada para Órion, vamos mergulhar nas mais ricas e férteis imaginações de cunho humano, dando sentido às nossas saudades e ao pujante amor que nos une e nos transporta para uma só existência, a que verdadeiramente nos habita.
Querida, eu não sei não amar você!
Um cafuné no cabelo, um afago na face, um abraço apertado e um beijo apaixonado.
É isto aí!

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