Ter um Blog é de uma responsabilidade muito grande. Fica sempre faltando algo para fazer. Mas nestes dias não está dando para ter toda a atenção devida. Mas guardei uma matéria muito doida sobre uma psicanalista de rádio e seu nocauteante "modus operandi" com os ouvintes.
A Dra. Laura Schlessinger se tornou uma famosa figura do rádio norte-americano por suas respostas duras e falta de paciência e compaixão. Sua carreira, marcada pela polêmica parece ter chegado ao fim depois dos incidentes do último dia 10 de agosto, no qual a autora de vários Best-sellers usou termos racistas diversas vezes ao conversar com uma ouvinte negra que pedia conselhos sobre seu casamento inter-racial. Na última terça-feira, 17, Laura Schlessinger anunciou que deixaria o rádio, após 30 anos de carreira. Essa não foi a primeira vez que a língua da Dra atrapalhou os rumos de sua carreira: em 2000, seu programa de TV foi retirado do ar após Schlessinger ter se referido aos homossexuais como “erros biológicos”.
O rádio norte-americano tem sua cota de apresentadores
direitistas e conservadores, como Rush Limbaugh, Glenn Beck e Michael Savage.
Mas esses apresentadores são ligados ao mundo da política, e simplesmente dizem
tudo o que seu público deseja escutar ao repetir qualquer rumor absurdo. Seus
fãs os consideram grandes norte-americanos, e concordam com tudo que dizem,
fazendo deles o alvo favorito dos liberais. Para a porção menos conservadora
dos Estados Unidos, Laura Schlessinger não representa nenhuma ameaça, já que
tudo o que ela faz é dar conselhos ruins a masoquistas que querem ser
humilhados nas ondas do rádio. Suas principais respostas aos ouvintes se
dividem entre “não vamos chegar a lugar nenhum aqui”, “não acredito que estou
perdendo meu tempo com isso” e “Não é possível que você seja tão estúpido”.
“Ela foi insensível e distorceu as palavras da ouvinte”, diz
o DR. Bruce Perry, especialista em traumas infantis. “Laura a pressionou e usou
uma interpretação simplista sem maiores informações sobre o problema. Foi uma
maneira desinformada e nada profissional de responder a um problema grave
apresentado por uma ouvinte. Espero que Jamie procure ajuda profissional”, diz
Perry.
Uma explicação para o comportamento da Dra. Laura seria a
simples conclusão de que ela odeia seus ouvintes ou odeia toda a humanidade.
Mas esse não parece ser o caso. Assim como Limbaugh e Beck, Laura Schlessinger
também dá ao público o que ele pede e deseja. Seus ouvintes, um grupo fiel que
a acompanha diariamente, lê e relê seus livros e busca seus conselhos, são
pessoas ansiosas para serem punidas e maltratadas, e embora muitos possam ficar
chocados quando a doutora reduz problemas sérios a meros dramas descartáveis,
fãs da Dra. Laura afirmam que há todo um prazer especial em ouvi-la dizer a
alguma ouvinte desolada frases como “Sim, você terá uma vida deplorável.
Acostume-se”.
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