Ana Cristina deixou de co-existir ao meu lado. O fato é que ela partiu, desta vez para sempre. Levou consigo muito mais do que a mudança física. Na mudança carregou minha esperança. a alegria e a paixão que nutríamos até então. Puxa vida, levou tudo mesmo. Mas desta vez achava que estava preparado, pois escondi a saudade de uma forma tão inviolável, que nem sequer percebeu que não levou tudo, pois o melhor das nossas memórias ficou comigo.
Eu não acreditava no fim. Quando amigos perguntavam por ela, dizia que estava viajando, pois realmente tinha a certeza de que a qualquer momento retornaria. Então era isto, apenas viajara para tratar de assuntos pendentes na sua família e logo estaríamos juntos.
Como nunca voltava, a raiva de tudo e de todos foi uma consequência natural. Vivi uma fase intragável, onde muitos se afastaram e outros eu mesmo evitei, pois alguém seria o culpado por minha solidão. Que ódio, que fase. Cheguei mesmo a detestar casais felizes.
Quando me dei por conta, já havia enviado dezenas de e-mails para ela, flores, presentes, recados no seu celular, etc. Seu silêncio era assustador e ao mesmo tempo alimentava meus delírios. Prometi tudo, desde mudar meu jeito de ser até aceitar que fizesse uma lista de exigências que poderiam ser as mais terríveis e dolorosas, mas mesmo assim meu amor as superaria.
É claro que não aceitou nenhuma das flores, nem os presentes, nem meus convites, enfim, desprezo total. Custei a entender que estava doente. Conheci a depressão pela forma mais virulenta de manifestação. Psiquiatra, psicólogo, terapeuta ocupacional e muitos medicamentos consumidos não foram capazes de me retornar ao padrão "Eu" de excelência, do qual tinha maior orgulho.
Foi nesta fase, humilhado, destruído e pulverizado, que conheci Martinha, uma encantadora paciente das clínicas pelas quais passei. Sua presença foi mística e redentora em minha vida. Apaixonamos de uma forma emocionante. Estava curado.
Uma noite, quando esta estávamos no teatro, uma irreconhecível, desarrumada e descabelada mulher partiu em nossa direção com gritos, socos, tapas e pontapés. Com muito custo o tumulto foi contido e só aí percebi naquele vulto a Ana Cristina.
Depois deste episódio, passou a me enviar dezenas de mensagens e e-mails, presentes, convites para sairmos, etc. Quer saber? Eu queria manda-la à merda, cheguei até mesmo desejar a sua morte, mas para minha decepção, nem todos os elos foram rompidos - eu a amava.
Por que a vida é assim? Não sei, e acho que ninguém sabe. Voltei para Ana, e Martinha aceitou ser minha amante. Tudo ia bem em total sintonia, até que num rompante de sábado chuvoso, depois de tomar algumas doses no mercado, atravessei a avenida e acenei para o primeiro ônibus que passou. Desci no Rio de Janeiro. Nunca mais voltei para saber no que deu aquilo tudo. Casei com uma linda carioca, arrumei um excelente emprego e e fui infeliz para sempre.
Foi nesta fase, humilhado, destruído e pulverizado, que conheci Martinha, uma encantadora paciente das clínicas pelas quais passei. Sua presença foi mística e redentora em minha vida. Apaixonamos de uma forma emocionante. Estava curado.
Uma noite, quando esta estávamos no teatro, uma irreconhecível, desarrumada e descabelada mulher partiu em nossa direção com gritos, socos, tapas e pontapés. Com muito custo o tumulto foi contido e só aí percebi naquele vulto a Ana Cristina.
Depois deste episódio, passou a me enviar dezenas de mensagens e e-mails, presentes, convites para sairmos, etc. Quer saber? Eu queria manda-la à merda, cheguei até mesmo desejar a sua morte, mas para minha decepção, nem todos os elos foram rompidos - eu a amava.
Por que a vida é assim? Não sei, e acho que ninguém sabe. Voltei para Ana, e Martinha aceitou ser minha amante. Tudo ia bem em total sintonia, até que num rompante de sábado chuvoso, depois de tomar algumas doses no mercado, atravessei a avenida e acenei para o primeiro ônibus que passou. Desci no Rio de Janeiro. Nunca mais voltei para saber no que deu aquilo tudo. Casei com uma linda carioca, arrumei um excelente emprego e e fui infeliz para sempre.
É isto aí!
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