terça-feira, 30 de abril de 2019

A dor de Brumadinho é a dor de Minas

FONTE: Jornal O TEMPO  

Por NATÁLIA OLIVEIRA | SIGA PELO TWITTER @OTEMPO 30/04/19 - 11h06

   Foto: Movimento Atingidos pela Vale

Placas com os nomes das vítimas de Brumadinho são colocadas na sede da Vale. O protesto acontece no dia em que a Vale realiza a sua primeira Assembleia de Acionistas após a tragédia

A sede da Vale em Botafogo, no Rio de Janeiro, amanheceu, nesta terça-feira (30), com 270 placas em suas escadas com os nomes de cada uma das vítimas do rompimento da barragem I da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.

O protesto foi feito pela Articulação de Atingidos e Atingidas pela Vale e acontece no dia em que a Vale realiza a sua primeira Assembleia de Acionistas após a tragédia. Nas placas estão escritos os nomes dos 233 mortos identificados e das 37 pessoas que ainda estão desaparecidas. Há ainda uma placa com o escrito "Vale assassina".

"A iniciativa procura impedir que a dor das centenas de famílias mais duramente afetadas caia no esquecimento, e cobrar um posicionamento efetivo daqueles que de fato podem atuar sobre a conduta da empresa: os acionistas", informou o movimento.

Acionistas críticos que fazem parte da Articulação de Atingidos e Atingidas pela Vale "irão pedir a rejeição do Relatório de Administração referente às atividades da empresa no último período, além de exigir a paralisação integral das atividades da mineradora e a destituição completa de sua diretoria. Tais medidas, segundo os acionistas, são necessárias frente à situação de completa indeterminação do risco inerente às atividades da Vale", considerou o movimento.

A articulação ressalta que só em Minas Gerais são 17 barragens da mineradora e que cerca de mil pessoas tiveram que deixar suas casas por causa do risco nas barragens da empresa.

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