A distração e as estratégias da manipulação de massa
Fonte: Noam Chomsky - The 10 Media Manipulation Strategies
https://pt.scribd.com/document/292109515/Noam-Chomsky-The-10-Media-Manipulation-Strategies
Distração
A mais recorrente das estratégias de manipulação massiva é a distração. Consiste basicamente em direcionar a atenção do público para tópicos irrelevantes ou banais. Desta forma, eles mantêm as mentes das pessoas ocupadas, desviando a atenção delas dos temas e das informações que realmente importam.
Para distrair as pessoas, abarrotam suas mentes de informações. Muita importância é dada, por exemplo, a eventos esportivos. Também aos shows às curiosidades, etc. Isso faz com que as pessoas percam de vista quais são seus reais problemas.
Problema-reação-solução
Às vezes o poder, deliberadamente, deixa de assistir ou assiste de forma deficiente certas realidades. Eles fazem dessa visão dos cidadãos um problema que exige uma solução externa. E propõem a solução eles mesmos.
Essa é uma das estratégias de manipulação em massa para tomar decisões que são impopulares. Por exemplo, quando eles querem privatizar uma empresa pública, intencionalmente diminuem sua produtividade. No final, isso justifica a venda.
Gradualidade
Esta é outra das estratégias de manipulação maciça para introduzir medidas que normalmente as pessoas não aceitariam. Consiste em aplicá-las pouco a pouco, de forma que sejam praticamente imperceptíveis.
Foi o que aconteceu, por exemplo, com a redução dos direitos trabalhistas. Em diferentes sociedades têm-se implementado medidas, ou formas de trabalho, que acabam fazendo com que o trabalhador não tenha garantia de segurança social normal.
Adiar
Esta estratégia consiste em fazer com que os cidadãos pensem que estão tomando uma medida que temporariamente é prejudicial, mas que no futuro pode trazer grandes benefícios para toda a sociedade e, claro, para as pessoas individualmente.
O objetivo é que as pessoas se acostumem com a medida e não a rejeitem, pensando no suposto bem que trará amanhã. No momento, o efeito da “normalização” já operou e as pessoas não protestam porque os benefícios prometidos não chegam.
Infantilizar o público
Muitas das mensagens televisivas, especialmente as publicidades, tendem a falar ao público como se este fosse uma criança. Usam gestos, palavras e atitudes que são conciliadoras e impregnadas de uma certa aura de ingenuidade.
O objetivo é superar as resistências das pessoas. É uma das estratégias de manipulação massiva que busca neutralizar o senso crítico das pessoas. Os políticos também empregam essas táticas, às vezes se mostrando como figuras paternais.
Apelar para as emoções
As mensagens que são projetadas a partir do poder não têm como objetivo a mente reflexiva das pessoas. O que eles procuram principalmente é gerar emoções e atingir o inconsciente dos indivíduos. Por isso, muitas dessas mensagens são cheias de emoção.
O objetivo disso é criar uma espécie de “curto-circuito” com a área mais racional das pessoas. Com emoções, o conteúdo geral da mensagem é capturado, não seus elementos específicos. Desta forma, a capacidade crítica é neutralizada.
Criar públicos ignorantes
Manter as pessoas na ignorância é um dos propósitos do poder. Ignorância significa não dar às pessoas as ferramentas para que possam analisar a realidade por si mesmas. Diga-lhe os dados anedóticos, mas não deixe que ele conheça as estruturas internas dos fatos.
Manter-se na ignorância também significa não dar ênfase à educação. Promover uma ampla lacuna entre a qualidade da educação privada e a educação pública. Adormecer a curiosidade de conhecimento e dar pouco valor aos produtos de inteligência.
Promover públicos complacentes
A maioria das modas e tendências não são criadas espontaneamente. Quase sempre são induzidas e promovidas a partir de um centro de poder que exerce sua influência para criar ondas massivas de gostos, interesses e opiniões.
A mídia geralmente promove certas modas e tendências, a maioria delas em torno de estilos de vida tolos, supérfluos ou até mesmo ridículos. Eles convencem as pessoas de que se comportar assim é “o que está na moda”.
Reforço da autocensura
Outra estratégia de manipulação de massa é fazer as pessoas acreditarem que elas, e somente elas, são as culpadas de seus problemas. Qualquer coisa negativa que aconteça a eles, depende apenas delas mesmas. Desta forma, fazem a pessoa acreditar que o ambiente em que vive é perfeito e que, se ocorrer uma falha, ela é de responsabilidade do próprio indivíduo.
Portanto, as pessoas acabam tentando se encaixar em seu ambiente e se sentindo culpadas por não conseguir. Elas deslocam a indignação que o sistema poderia causar, para uma culpa permanente direcionada a si mesmos.
Conhecimento profundo do ser humano
Durante as últimas décadas, a ciência conseguiu coletar uma quantidade impressionante de conhecimento sobre a biologia e a psicologia dos seres humanos. No entanto, todo esse patrimônio não está disponível para a maioria das pessoas.
Apenas uma quantidade mínima de informações está disponível ao público. Enquanto isso, as elites dominam todo esse conhecimento e o usam conforme a sua conveniência. Mais uma vez, fica claro que a ignorância facilita a ação do poder sobre a sociedade.
Todas essas estratégias de manipulação de massa visam manter o mundo sob o comando dos mais poderosos. Visam bloquear a capacidade crítica e a autonomia consciente da maioria das pessoas. No entanto, toda essa situação depende de nos deixarmos ser passivamente manipulados. Ou de a ela oferecermos o máximo de resistência possível.
Texto original:
https://pt.scribd.com/document/292109515/Noam-Chomsky-The-10-Media-Manipulation-Strategies
Avram Noam Chomsky
Born: 07.12.1928. Died: /
Avram Noam Chomsky is an American linguist, philosopher, cognitive scientist, historian, and activist. He is an Institute Professor and Professor (Emeritus) in the Department of Linguistics & Philosophy at MIT, where he has worked for over 50 years. Chomsky has been described as the "father of modern linguistics" and a major figure of analytic philosophy. His work has influenced fields such as computer science, mathematics, and psychology. Chomsky is credited as the creator or co-creator of the Chomsky hierarchy, the universal grammar theory, and the Chomsky–Schützenberger theorem.
Ideologically identifying with anarchism and libertarian socialism, Chomsky is known for his critiques of U.S. foreign policy and contemporary capitalism, and he has been described as a prominent cultural figure. His media criticism has included Manufacturing Consent: The Political Economy of the Mass Media (1988), co-written with Edward S. Herman, an analysis articulating the propaganda model theory for examining the media.
According to the Arts and Humanities Citation Index in 1992, Chomsky was cited as a source more often than any other living scholar from 1980 to 1992, and was the eighth most cited source overall. Chomsky is the author of over 100 books.
Noam Chomsky has compiled a list of the ten most powerful and efficacious strategies used by “masters of the world” to establish a manipulation of the population through the media. The strategies are so well-elaborated that even the countries with the best educational systems, succumb to the power and terror of those mafias. Many things are reported in the news but few are explained.
The journalistic tendency to balance stories with two opposing views leads to a tendency to ‘build stories around a confrontation between protagonists and antagonists’ (Ricci 1993: 95). Issues such as garbage and sewage sludge only get coverage, despite their importance, when there is a fight over the siting of a landfill or incinerator and the coverage is then on the ‘anger and anguish of affected citizens, or the conflicting claims of corporate spokesmen, government regulators and environmental activists’ rather than the issues and technical background to them (Gersh 1992: 16).
The job of media is not to inform, but to misinform: Divert public attention from important issues and changes decided by the political and economic elites, by the technique of flood or continuous flood of distractions and insignificant information.
Journalists who have access to highly placed government and corporate sources have to keep them on their side by not reporting anything adverse about them or their organizations. Otherwise they risk losing them as sources of information. In return for this loyalty, their sources occasionally give them good stories, leaks and access to special interviews. Unofficial information, or leaks, give the impression of investigative journalism, but are often strategic manoeuvres on the part of those with position or power (Ricci 1993: 99). ‘It is a bitter irony of source journalism… that the most esteemed journalists are precisely the most servile. For it is by making themselves useful to the powerful that they gain access to the “best” sources’ (quoted in Lee and Solomon 1990: 18).
The 10 media manipulation strategies
01. The strategy of distraction:
The primary element of social control is the strategy of distraction which is to divert public attention from important issues and changes determined by the political and economic elites, by the technique of flood or flooding continuous distractions and insignificant information.
Distraction strategy is also essential to prevent the public interest in the essential knowledge in the area of the science, economics, psychology, neurobiology and cybernetics.
Quote from text Silent Weapons for Quiet Wars: “Maintaining public attention diverted away from the real social problems, captivated by matters of no real importance. Keep the public busy, busy, busy, no time to think, back to farm and other animals”.
02. Create problems, then offer solutions:
This method is also called “problem -reaction- solution.”
It creates a problem, a “situation” referred to cause some reaction in the audience, so this is the principal of the steps that you want to accept.
For example: Let it unfold and intensify urban violence, or arrange for bloody attacks in order that the public is the applicant’s security laws and policies to the detriment of freedom; Or create an economic crisis to accept as a necessary evil retreat of social rights and the dismantling of public services.
03. The gradual strategy:
Acceptance to an unacceptable degree, just apply it gradually, dropper, for consecutive years.
That is how they radically new socioeconomic conditions (neoliberalism) were imposed during the 1980s and 1990s: • the minimal state
• privatization
• precariousness
• flexibility
• massive unemployment
• wages
• do not guarantee a decent income,
...so many changes that have brought about a revolution, if they had been applied once.
04. The strategy of deferring:
Another way to accept an unpopular decision is to present it as “painful and necessary”, gaining public acceptance, at the time for future application.
It is easier to accept that a future sacrifice of immediate slaughter:
• First, because the effort is not used immediately
• Then, because the public, masses, is always the tendency to expect naively that “everything will be better tomorrow” and that the sacrifice required may be avoided
This gives the public more time to get used to the idea of change and accept it with resignation when the time comes.
05. Go to the public as a little child:
Most of the advertising to the general public uses speech, argument, people and particularly children’s intonation, often close to the weakness, as if the viewer were a little child or a mentally deficient.
The harder one tries to deceive the viewer look, the more it tends to adopt a tone infantilizing.
Why? (see Silent Weapons for Quiet Wars) “If one goes to a person as if she had the age of 12 years or less, then, because of suggestion, she tends with a certain probability that a response or reaction also devoid of a critical sense as a person 12 years or younger.”
06. Use the emotional side more than the reflection:
Making use of the emotional aspect is a classic technique for causing a short circuit on rational analysis, and finally to the critical sense of the individual.
Furthermore, the use of emotional register to open the door to the unconscious for implantation or grafting ideas, desires, fears and anxieties, compulsions, or induce behaviors…
07. Keep the public in ignorance and mediocrity:
Making the public incapable of understanding the technologies and methods used to control and enslavement.
How? (see Silent Weapons for Quiet Wars) “The quality of education given to the lower social classes must be the poor and mediocre as possible so that the gap of ignorance it plans among the lower classes and upper classes is and remains impossible to attain for the lower classes.”
08. To encourage the public to be complacent with mediocrity:
Promote the public to believe that the fact is fashionable to be stupid, vulgar and uneducated…
09. Self-blame Strengthen:
To let individual blame for their misfortune, because of the failure of their intelligence, their abilities, or their efforts.
So, instead of rebelling against the economic system, the individual auto-devaluate and guilt himself, which creates a depression, one of whose effects is to inhibit its action.
And, without action, there is no revolution!
10. Getting to know the individuals better than they know themselves:
Over the past 50 years, advances of accelerated science has generated a growing gap between public knowledge and those owned and operated by dominant elites.
Thanks to biology, neurobiology and applied psychology, the “system” has enjoyed a sophisticated understanding of human beings, both physically and psychologically.
The system has gotten better acquainted with the common man more than he knows himself.
This means that, in most cases, the system exerts greater control and great power over individuals, greater than that of individuals about themselves.
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