Afinal, onde se encontra esta tal Felicidade?
Do que ela se alimenta para se sustentar?
Do que vive a Felicidade?
É abstrata? É um sonho? Ou é real e tangível?
A Felicidade é um patrimônio ativo ou passivo?
Você sabe definir a sua felicidade?
Existe o final feliz? E depois do final?
Felicidade é sinônimo de alegria?
Pessoas boas podem ser tristes?
Pessoas malvadas podem ser felizes?
Só pessoas boas podem ser felizes?
Só pessoas malvadas podem ser tristes?
Conhece alguém feliz para sempre?
Já viu uma felicidade eterna?
Seria a felicidade apenas uma chave para abrir portas do sucesso, do dinheiro, da fama, do status, etc?
Bem, vejamos o que dizem alguns filósofos:
Para Aristóteles, a felicidade é o maior desejo dos seres humanos. Do seu ponto de vista, a melhor forma de conseguir ser feliz é através das virtudes. Cultive as boas virtudes e alcançará a felicidade, afirmou o filósofo. Ainda segundo sua percepção, a felicidade é um estilo de vida: o ser humano precisa exercitar constantemente o melhor que tem dentro dele.
Também acreditava que para obter a felicidade plena seria preciso cultivar a prudência de caráter e ter um bom “daimon” (boa sorte). Por isso, a sua tese é conhecida como “eudaimonia”.
Filósofo grego, que teve muitas contradições com os filósofos metafísicos. A diferença maior entre eles é que Epicuro não acreditava que a felicidade provinha somente do mundo espiritual, mas também tinha muito a ver com as dimensões terrenas. Fundou a “Escola da Felicidade” e a partir dela chegou a conclusões que considerava muito interessantes.
Postulou o princípio de que o equilíbrio e a temperança davam origem a felicidade. Essa abordagem se reflete em uma das suas grandes máximas: “Nada é suficiente para quem o suficiente é pouco”.
Acreditava que o amor, ao contrário da amizade, não tinha muito a ver com a felicidade. Insistia na ideia de que não devemos trabalhar para adquirir bens materiais, mas por amor pelo que fazemos.
Nietzsche acreditava que viver pacificamente e sem qualquer preocupação era um desejo das pessoas medíocres e que não valorizam a vida. Para Nietzsche, “estar bem” graças a circunstâncias favoráveis ou a boa sorte não é felicidade. Isto é uma condição efêmera que pode mudar a qualquer momento.
Estar bem seria uma espécie de “estado ideal de preguiça“, onde não existem preocupações e sobressaltos. Em vez disso, seria a felicidade é força vital, espírito de luta contra todos os obstáculos que restrinjam a liberdade e a autoafirmação.
Ser feliz, para Nietzsche seria a pessoa ser capaz de provar dessa força vital, através da superação de dificuldades e criando formas diferentes de viver.
Para Ortega y Gasset, a felicidade é definida quando “a vida projetada” e a “vida real” coincidem. Ou seja, quando a vida que desejamos coincide com o que realmente somos. Ele observou que se nos perguntarmos o que é felicidade, encontraremos facilmente uma primeira resposta: a felicidade consiste em encontrar algo que nos satisfaça plenamente.
Mas, na verdade, essa resposta não faz sentido. O que é esse estado subjetivo de satisfação plena? Além disso, quais são as condições objetivas para que algo consiga nos satisfazer? - Todos os seres humanos têm potencial e desejo de ser feliz. Isto quer dizer que cada um define o que irá fazê-lo feliz; se conseguir construir a sua vida de acordo com os seus desejos, será feliz.
Zizek acredita que a felicidade é uma questão de opinião, e não de verdade; ele a considera um produto dos valores capitalistas que prometem implicitamente a satisfação através do consumo. No entanto, o ser humano é um eterno insatisfeito porque na realidade não sabe o que quer.
Segundo Zizek, as pessoas acreditam que se alcançarem algo melhor (comprar uma casa, elevar o seu status, etc), poderiam ser felizes. Mas, na realidade, inconscientemente o seu desejo é outro e por isso permanecem insatisfeitos.
É isto aí!
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