quarta-feira, 25 de agosto de 2021

O "Bloqueio de Escritor" do Reino da Pitangueira



Prezados amigos e amigas deste blog escrito diretamente do suntuoso castelo da sede imperial do Reino da Pitangueira, o primeiro e único Estado Monocrático de Direito Democrático do Planeta.

Passo por um bloqueio de escritor, uma condição ímpar de sentar diante da tela/ecrã e não conseguir escrever. Segundo a Wikipédia, o bloqueio de escritor, também chamado de bloqueio criativo, é um fenômeno envolvendo a perda temporária da habilidade de continuar a gerar conteúdo, geralmente por falta de inspiração ou criatividade.

Então, paciência!!!

Não me cobrar em excesso e aceitar esse estado é a regra básica. 

Tomar uma nova postura, refletir sobre a proposta do blog. - A pé da Pitangueira nasceu em março 2010, para superar uma condição clínica de repouso compulsório, que durou dois anos. Mais tarde, em 2012, retirei de circulação todas as postagens de 2010 a 2012, pois estas postagens não estavam legais, muito atreladas ao momento difícil. 

Entre 2012 e 2015 procurei um caminho, até que a partir de 2016 veio a ter o padrão que se mantém ate hoje, criando personagens e contando casos, poesias minhas guardadas a décadas, etc.

Está na hora de renovar meus pensamentos para voltar à escrita tão logo seja possível.

É isto aí!

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

É o eco, amor.




Beijar suave
todo seu corpo 
é busca ímpar
de minha cega
perdida mente
ferida ardente
pedindo seu ar
foca mais aqui
que este amor
é um mistério
tipo chocante 
ou ministério
dos aleatórios
e bem comum
e todos amam
e todas amam
e quando soe 
serem ridículos
os ecos chatos
plenos de gozo 
nos cacarecos
da dor cretina
esta dor vadia
esta dor, esta aí
onde dói muito
onde chamamos
de vasta solidão.

É isto aí!


sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Perfume de Gardênia

- Tapinha... ôôô Tapinha

- Fala minha Flô

- Tapinha, dondé qui ocê tava?

- Uai, sô, tava na peneira

- Fazendo o quê na paineira, Tapinha?

- Né paineira não, Flô, é peneira.

- E zona mudou de nome, foi?

- Flô?!?! Dondé qui ocê tirou esta ideia doida varrida?

- Dondé quieu tirei? Das quenga da rua.

- O que? Tem quenga nesta rua?

- Mas que homi santo. Não sabe não? Tem certeza?

- Ora Flô, sei não, num quero saber e num interessa.

- Óia, Tapinha, se eu ao menas disconfiá das qualidade dos seus passeios, eu lhe capo.

- Credo, Flô, que coisa mais violenta é essa? Tá maluca? Bebeu trisquinina, foi?

- Óia, Tapinha, se eu suber que aquela quenga filha de uma rapariga rodeou o rabicó de porca dela procê, eu estripo ocê, eu fuço suas vissas de fora pra drentro e de drentro prá fora.

- Flô, cê tá doida de corda.

- Num se faz de bobo. É aquela excomungada que fazia de bola gato e outras coisas que nem vou dizer, antes de nóis nos se ajuntar e casar.

- Cê tá falando de quem, Flô?

- Da vigarista barranqueira e desavergonhada da Gardênia.

- Ah! Da Gardênia. Ué, ele agora mora nas redondeza? Num sabia...

- O atrevido ainda repete o nome desta sirigaita. Vô estrebuchar os dois, tá ouvindo? Estrebuchar. E vorta aqui. Tapinha, volta aqui agora, ainda não terminei, Tapinha ... Arre égua, aticei a brasa ... burra, burra e burra.

É isto aí!





Non Dimenticar (Nat King Cole)


Fonte da Imagem: Discogs
Nat "King" Cole * - Non Dimenticar
Selo: Capitol Records - EAP 1-1138
Formato: Vinil , 7 ", 45 RPM, EP
País: Dinamarca
Lançado: 1959

"Non Dimenticar " ("Do Not Forget"), originalmente intitulada "T'ho voluto bene" ("Eu te amo tanto"), é uma canção popular com música de PG Redi (Gino Redi , também conhecido como Luigi Pulci), a letra original em italiano de Michele Galdieri, com letra em inglês de Shelley Dobbins.


A canção foi escrita para o filme Anna de 1951 (dirigido por Alberto Lattuada ). Enquanto a atriz Silvana Mangano é freqüentemente considerada a cantora, na verdade, Flo Sandon's dublou as duas canções cantadas em Anna (a cantora manteve o apóstrofo em seu nome, resultado de um erro de impressão na capa do primeiro álbum).

A adaptação para o inglês foi escrita por Shelly Dobbins em 1954 com o título "Non Dimenticar".

O verbo real em italiano é "dimenticare", mas o italiano freqüentemente contrai palavras, especialmente em letras e poesia. Os verbos comuns como fare (fazer) e avere (ter) são freqüentemente falados e escritos como distante e aver .

A gravação mais conhecida da música foi por Nat King Cole , alcançando a posição 45 nas paradas da revista Billboard em 1958 .


Provided to YouTube by Universal Music Group
Non Dimenticar · Nat King Cole
The Nat King Cole Story
℗ 1961 Capitol Records, LLC
Released on: 1991-01-01
Composer Lyricist: Gino Redi
Composer Lyricist: Michele Galdieri
Composer Lyricist: Shelley Dobbins

Auto-generated by YouTube.

Fonte Youtube: Nat King Cole


 

Non dimenticar means 
don't forget you are my darling
Don't forget to be
All you mean to me

Non dimenticar my love 
is like a star, my darling
Shining bright and clear
Just because you're here

Please do not forget that our lips have met
And I've held you tight, dear
Was it dreams ago my heart felt this glow?
Or only just tonight, dear?

Non dimenticar although you travel far, my darling
It's my heart you own, so I'll wait alone
Non dimenticar

Se ci separ¨°, se ci allontan¨°
L'ala del destino
Non ne ho colpa, no, e mi sentiro sempre a te vicino

Non dimenticar although you travel far, my darling
It's my heart you own, so I'll wait alone
Non dimenticar


Tradução livre feita por letras.mus.br

Non dimenticar significa: 
não se esqueça você é minha querida
Não se esqueça de ser
Tudo o que você significa para mim

Não se esqueça que meu amor 
é como uma estrela, minha querida
Brilhando alegre e clara
Só porque você está aqui

Por favor não se esqueça que os nossos lábios se encontraram
E eu segurei firme, querida
Foi sonhos atrás, meu coração sentiu esse brilho?
Ou apenas esta noite, querida?

Não se esqueça: 
embora você vá para longe, minha querida
É o meu coração que você possui, por isso vou esperar sozinho
Não se esqueça

Se estivermos separados, 
se estivermos distantes
É culpa do destino
Não existe culpa, não, e me sentirei sempre ao teu lado

Não se esqueça: 
embora você vá para longe, minha querida
É o meu coração que você possui, 
por isso vou esperar sozinho

Não se esqueça...


Composição: Gino Redi / Jacques Prévert / Michele Galdieri / Shelley Dobbins. Essa informação está errada? Nos avise.


quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Agosto é sempre a gosto

Tente,
experimente
escrever 
uma poesia
traduzindo 
agosto.
escute Nat
King Cole
beba vinho
deguste algo
e experimente
falar para si 
sinceramente
de agosto
The Very Thought Of You
canta Nat King Cole
E ainda é agosto
experimente
respirar o ar
puro de agosto
as rosas de plástico
as orquídeas tensas
as chuvas esparsas
o frio baldio
a chuva fina, 
o vinho lusitano
The Very Thought Of You
tocando sem parar
e o agosto
não para de rodar.
dança comigo?
enquanto isto
Eu vejo o seu rosto em cada flor
Seus olhos nas estrelas acima
É justamente o pensamento de você
O real pensamento de você, meu amor

É isto aí!


Página Youtube:  Nat King Cole


Provided to YouTube by Universal Music Group

The Very Thought Of You · Nat King Cole

The Very Thought Of You - ℗ 1958 Capitol Records, LLC

Released on: 1987-01-01

Conductor: Gordon Jenkins
Producer: Lee Gillette
Composer Lyricist: Ray Noble

Auto-generated by YouTube.


 




terça-feira, 17 de agosto de 2021

Quebrando a Banca



Passou na casa do compadre Nestor para ser seu parceiro numa jogatina no Clube Social, valendo tudo ou perdendo tudo. Coisa das mais arriscadas, mas as dívidas e a grave situação econômica o levou a arriscar. Bateu palmas, apertou a campainha, chamou, assobiou, gritou, bateu na porta e nada do Nestor. Quando já ia embora, aporta se abriu e era a comadre Madalena.

Entreolharam-se com os olhos do passado, e sem muito jeito perguntou pelo amigo. Madalena o convidou a entrar, levou-o até o quarto do casal onde Nestor estava acamado, febril e confuso. Está assim desde ontem, coitado. Contava com este jogo para acertarmos a vida, disse a esposa.

Sentiu um frio no estômago, puta merda, e agora? Fodeu tudo. Respirou fundo, despediu-se do amigo e de Madalena e mal chegou na porta, Nestor o chamou - compadre, espere!

Voltou devagar, sem saber o que dizer, mas Nestor reuniu forças e disse - compadre, leve a Madalena para ser sua parceira, eu vou ficar bem. 

Tentou argumentar, negar, desfazer a proposta, mas o olhar da comadre cegou suas negativas. Madalena pediu para esperar um pouco, deu uma corrida na vizinha e pediu para olhar o esposo enquanto ia buscar um remédio no centro da cidade. E assim partiram no seu Del Rey 1.6 Ouro 8V a Álcool. Foram completamente mudos.

Ganharam na primeira banca, perderam pouca coisa na segunda, ganharam muito na terceira e quarta, e quando iam embora, Manuelão, o dono da banca mandou barrar a dupla. Podem voltar, vocês entraram com merrecas de reais e acham que vãos sair assim, de boa? Podem voltar e agora é tudo ou nada.

Colocou o montante em ficha na mesa e foi perdendo aos poucos, sem nenhuma mão boa. Até que veio um Royal Flush. Apostou os últimos suspiros, outro colocou mil reais, outro dois mil reais, outro cinco mil reais. Colocou a chave da Belina na mesa.

Quanto vale a Belina? Perguntou a banca?

Quinze mil, respondeu.

Aqui vale dez. E eu coloco seus dez mais 20 mil. 

Olhou para todos, lágrimas nos olhos - e agora? 

Como é que é? Ou cobre ou sai.

Eu coloco ... eu coloco ... minha aliança, meu relógio, meu celular

Pode parar, isto aí não vale nada

Olhou para Madalena, ela sorriu e acenou levemente a cabeça, de maneira quase imperceptível. Olhou para a Banca e bradou - eu coloco a Madalena na Mesa.

Madalena fingiu tomar um susto e bateu perna na direção da porta, onde foi detida pelos seguranças. A trouxeram de volta. Manuelão olhou a mulher em todos os ângulos, se aproximou, apalpou seus braços, olhou, examinou, se afastou, se aproximou desta vez mais perto e disse - parece que vale. Está dentro de novo, mas não cubro, quero ela com a banca. Ninguém cobriu.

Voltaram para casa somente no dia seguinte, comemorando a vitória. Dividiram o prêmio ao meio e a vida seguiu com dívidas, dificuldades e carências.

É isto aí!


 

domingo, 15 de agosto de 2021

Toco sua boca - Rayuela Capítulo VII (Julio Cortázar)


Alto lá.
Este poema não é meu
Confesso que copiei e colei
Fonte Pensador

Toco a sua boca 
com um dedo toco o contorno da sua boca, 
vou desenhando essa boca 
como se estivesse saindo da minha mão, 

como se, pela primeira vez, 
a sua boca entreabrisse, 
e basta-me fechar os olhos 
para desfazer tudo e recomeçar. 

Faço nascer, de cada vez, 
a boca que desejo, 
a boca que minha mão escolheu 
e desenha no seu rosto, 

uma boca eleita entre todas, 
com soberana liberdade, 
eleita por mim para desenhá-la 
com minha mão em seu rosto,
 
e que, por um acaso, que não procuro compreender, 
coincide exatamente com a sua boca, 
que sorri debaixo daquela 
que minha mão desenha em você. 

Você me olha, 
de perto me olha, 
cada vez mais de perto, 
e então brincamos de ciclope, 

olhamo-nos cada vez mais de perto 
e nossos olhos se tornam maiores, 
se aproximam uns dos outros, 
sobrepõe-se, e os ciclopes se olham, 
respirando confundidos, 

as bocas encontram-se 
e lutam debilmente, 
mordendo-se com os lábios, 
apoiando ligeiramente a língua nos dentes, 

brincando nas suas cavidades, 
onde um ar pesado vai e vem, 
com um perfume antigo 
e um grande silêncio. 

Então as minhas mãos 
procuram afogar-se no seu cabelo, 
acariciar lentamente a profundidade do seu cabelo, 
enquanto nos beijamos 

como se estivéssemos com a boca cheia de flores 
ou de peixes, 
de movimentos vivos, 
de fragrância obscura. 

E se nos mordemos, a dor é doce; 
e se nos afogamos 
num breve e terrível absorver simultâneo de fôlego, 
essa instantânea morte é bela. 

E já existe uma só saliva 
e um só sabor de fruta madura, 
e eu sinto você tremular contra mim, 
como uma lua na água.

Fragmento de Rayuela, de Julio Cortázar:


Fonte vídeo Youtube mariabuenog

Toco tu boca, con un dedo todo el borde de tu boca, voy dibujándola como si saliera de mi mano, como si por primera vez tu boca se entreabriera, y me basta cerrar los ojos para deshacerlo todo y recomenzar, hago nacer cada vez la boca que deseo, la boca que mi mano elige y te dibuja en la cara, una boca elegida entre todas, con soberana libertad elegida por mí para dibujarla con mi mano en tu cara, y que por un azar que no busco comprender coincide exactamente con tu boca que sonríe por debajo de la que mi mano te dibuja.

Me miras, de cerca me miras, cada vez más de cerca y entonces jugamos al cíclope, nos miramos cada vez más cerca y los ojos se agrandan, se acercan entre sí, se superponen y los cíclopes se miran, respirando confundidos, las bocas se encuentran y luchan tibiamente, mordiéndose con los labios, apoyando apenas la lengua en los dientes, jugando en sus recintos, donde un aire pesado va y viene con un perfume viejo y un silencio. Entonces mis manos buscan hundirse en tu pelo, acariciar lentamente la profundidad de tu pelo mientras nos besamos como si tuviéramos la boca llena de flores o de peces, de movimientos vivos, de fragancia oscura. Y si nos mordemos el dolor es dulce, y si nos ahogamos en un breve y terrible absorber simultáneo del aliento, esa instantánea muerte es bella. Y hay una sola saliva y un solo sabor a fruta madura, y yo te siento temblar contra mí como una luna en el agua.


Sem voz de retorno.



Encostou num canto 
e chorou lentamente
uma tristeza taciturna

Chorou pela dor nua
pela ausência diurna
pela angústia noturna

Ensaiou um canto lento
lerdo, entoando paixão, 
numa tônica de lamento

Memória batendo a caixa
Angústia fazendo o baixo,
ele ali sem voz de retorno.

É isto aí!
 




quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Ella Fitzgerald



Ella Fitzgerald nasceu em Newport News, Virgínia, filha William Fitzgerald e Temperance. Seus pais tinham um casamento conturbado, e ele abandonou sua mãe para viver com a amante quando a cantora tinha apenas três anos, não tendo mais nenhum contato com o pai.

Sua mãe, então, decidida a melhorar de vida, se mudou para Yonkers, Nova York. Lá, conheceu um imigrante português chamado Joseph da Silva e com quem se casou. Em 1923 deu a luz sua segunda filha, Frances da Silva, a meia-irmã de Ella. Apesar de ter construído uma nova família, seu segundo casamento também foi infeliz, sofrendo novamente com agressões e humilhações.

Em 1932, quando tinha quinze anos de idade e sua meia-irmã apenas nove, perderam a mãe, vítima de um infarto. O trauma provocado pela perda repentina da progenitora provocou uma queda brutal no seu desempenho escolar. Neste tempo desenvolveu depressão e abandonou a escola. Como se não bastasse este sofrimento, passou a ser responsável pelos cuidados da irmã pequena, já que seu padrasto não dava atenção à menina e sempre agredia a criança.

Com o tempo, Ella também passou a ser humilhada, espancada e estuprada pelo padrasto. Não suportando tamanho sofrimento, fugiu com a irmã para a casa de uma tia materna, Virgínia, que as abrigou. Após denunciá-lo, seu padrasto foi preso. Ocorreu que Ella e a tia passaram a se desentender e Ella passou a ser novamente humilhada e tratada como empregada. Sua tia a abandonou num colégio interno, de onde só poderia sair maior de idade. Ella sofreu muito por ter sido separada da irmã e prometeu um dia reencontrá-la. Após alguns meses conseguiu fugir e, sem ter para onde ir, tornou-se moradora de rua.

Vivendo nas ruas e pedindo esmolas, só conseguiu trabalhar como vigia de um bordel e de um cassino, atividades ilegais e filiadas à máfia. Ella era informante, caso aparecesse algum policial no local. Porém, após meses de investigações, a escolta policial conseguiu desarticular as quadrilhas do bordel e do cassino, prendendo-os por exploração da prostituição e de jogos de azar. Ella acabou presa como cúmplice e foi enviada a um reformatório para menores de idade, de onde, após alguns meses, conseguiu fugir, voltando a viver na rua. 

Sempre criativa, passou a ganhar dinheiro dançando sapateado nas ruas, improvisando apresentações em diversos estabelecimento comerciais, passando a ganhar um pouco de dinheiro, deixando de dormir nas calçadas. Nesta época, com o pouco dinheiro que ganhava, começou a fazer aula de piano com uma professora do bairro, que a apoiava na realização de seu sonho artístico. Uma noite foi encontrada por policiais e, por ser menor em situação de rua, foi internada no Asilo de Órfãos de Cor em Riverdale, no Bronx, Nova York, onde ficou por dois anos.

Ella sempre sonhou em ser uma cantora e dançarina de sucesso. Gostava de ouvir as gravações de jazz de Louis Armstrong, Bing Crosby e Boswell Sisters. Idolatrava a cantora Connee Boswell, dizendo mais tarde: "Minha mãe trouxe para casa um de seus discos, e me apaixonei por ela....Tentei tanto soar exatamente como ela".



Fonte Youtube: bessjazz
Ella Fitzgerald - Summertime (1968)


Ella Fitzgerald & the Tee Carson trio - Summertime (from Porgy and Bess, by George Gershwin).
The first lady of song in Berlin, 1968.
Beautiful mother singing a lullaby to her baby.

Summertime lyrics
Songwriters: George & Ira Gershwin, Du Bose & Dorothy Heyward

Summertime,
And the livin' is easy
Fish are jumpin'
And the cotton is high

Oh, Your daddy's rich
And your mamma's good lookin'
So hush little baby
Don't you cry

One of these mornings
You're going to rise up singing
Then you'll spread your wings
And you'll take to the sky

But 'til that morning
There's a'nothing can harm you
With your daddy and mammy 
Standing by
Don't you cry 



terça-feira, 10 de agosto de 2021

COVID - A variante delta (UOL)

Fonte - Canal UOL

 ''Festa no Rio e em São Paulo é tudo ficção, a variante delta está chegando", diz Gonzalo Vecina

Gonzalo Vecina Neto, médico sanitarista e ex-presidente da Anvisa, comentou os planos de prefeituras e estados em reabrir as atividades e realizar festas ainda este ano por causa do avanço da vacinação e queda dos números da pandemia. "Estão olhando para horizonte próximo e tanto dar notícia otimista para população, mas infelizmente, ao que tudo indica, vamos ter um repique, que já está começando (...) Teríamos que aumentar capacidade de vacinação", comentou. 



COVID A terceira onda já chegou

Fonte Youtube:  Canal Inconsciente Coletivo



Entrevista com o neurocientista e professor titular da universidade Duke, Miguel Nicolelis.

"O quadro a curto prazo está caindo, mas isso era esperado. É como uma onda, um tsunami, que "varreu a costa" e agora voltou. O tsunami da segunda onda brasileira voltou com o mar, só que ela está pegando energia e essa energia vai reproduzir aqui, de alguma maneira, a dinâmica que está acontecendo nos outros países. Então quem não está vacinado, quem é jovem, pessoas com uma dose só e não estão protegidas completamente, são suscetíveis à variante Delta".

"45% das amostras no Rio de Janeiro já são da variante Delta. Todo mundo está achando que já acabou, já marcaram Carnaval, já tem pacote de Réveillon sendo vendido. Enquanto o mundo inteiro está explodindo [de casos de variante Delta], nós só estamos na expectativa de quando vai explodir aqui no Brasil”.

Blog Inconsciente Coletivo:
APOIE o jornalismo de reflexão: catarse.me/canal_inconsciente_coletivo_a24b
Twitter: @IsaMarzolla
Insta: @morriskachani
Entrevista por Morris Kachani
Produção e Edição por Isabella Marzolla

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Sonho profético com a avó


Sonhou com sua avó falando que morreria no dia 12 de abril, às 16hs. Ao ouvir a quarta badalada das horas, comece a atravessar a avenida principal, na faixa de pedestre em frente à banca de revista, no sentido Banca/Matriz, lembre-se disto, você sairá da Banca e irá para a Matriz. Vai ser uma morte linda, você vai virar nome de rua. 

Acordou com aquela sensação de que deveria começar a despedir-se do mundo. Levantou sem pressa, colocou uma roupa de domingo, tomou café com calma e saiu observando o planeta. Naquela dia não foi trabalhar, já que dia 12 estava próximo, mais dois dias e pronto.

Passou na agência e comprou financiado, sem entrada, um carro usado, uma Kombi, que era seu sonho de infância - rodar o mundo dentro de uma Kombi. Partiu para o centro da cidade, foi ao banco e liberou um empréstimo de trinta e seis mil reais no consignado, fez seguro de vida pessoal e seguro da Kombi, já abatido no crédito liberado. 

Foi na loja de roupas e escolheu o terno do enterro, pagou no cartão de crédito o traje  completo. Cortou o cabelo, fez a barba, passou na casa da comadre, conversa ali, conversa lá, resolveu investir seu charme, que foi rechaçado no ato. Depois eu morro e você arrependerá, falou com a mulher estarrecida, aborrecida e magoada com a cena.

Saiu dali, passou no supermercado e fez compra para noventa dias - não quero que falte nada. Ligou para a família, conversou com os dois irmãos e a irmã, cunhadas e cunhado. Perguntou pelos sobrinhos, deu notícias dos seus. Passou na prefeitura, regularizou a dívida ativa do IPTU, passou na farmácia, acertou o saldo devedor, entrou na loja e comprou geladeira, fogão, jogo de copa, jogo de sofá, televisão com tela gigante e mandou entregar.

Voltou para casa de tardinha, e pensou - agora é só esperar dia doze. Chegado o dia fatídico, acordou com uma diarreia clássica, com muita cólica e indisposição. Mal conseguia ficar em pé. O dia passou com sua presença constante no banheiro. Foi sendo abatido pelas medicamentos antiespasmódicos e pela desidratação.  Acabou adormecendo pela fraqueza. Sonhou com sua avó olhando séria para ele, apoiando-se numa bengala e olhar duro - mas você, hem!!! Sempre foi um cagão.

É isto aí!

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

O velório, o neanderthal e a viúva


Pensei em algo para dizer naquele momento. Merda, para que vim parar neste velório? Logo eu que detesto velório. E sequer conheço o sujeito, sei que é irmão do patrão, mas me mandaram representar a empresa. Eu e minha boca. Para que eu fui falar que estava solidário com o chefe? Já decretei e registrei no Cartório de Registros e Notas da Minha Existência, o famoso CRENOME, que estou proibido de morrer, por que detesto velório - ah! Já disse isto, é que estou nervoso - velórios ...

Entrei de súbito e de estúpido no salão onde estava o esquife, guardando na sua parte interior o corpo sob milhares de rosas, flores, palmas, ramos, etc. No tumulto, fui sendo conduzido para próximo da urna mortuária, até que senti minha mão tocar a mão do ..., aiaiai meu deusinho dos mortos problemáticos, só pode ser a mão do falecido, gelada feito um cubo de gelo no inverno.

Senti a mão cadavérica se mexendo, gritei assustadoramente, e quanto mais gritava, mais a mão me prendia a ela, e uma voz feminina suave falava - Arnaldo, calma, Arnaldo, e eu ali, confuso, de olhos fechados, aquela multidão inútil ao meu redor e a voz falou novamente, Dodô, para com isto. Parei por um milésimo de segundo e pensei - esta voz - só uma pessoa me chama de Dodô assim. Abri os olhos, vi seus imensos olhos castanhos e a beijei efusivamente.  

Para, Dodô, para, foi empurrando meu corpo contra o caixão - para, Dodô, para ...

Aí ouvi uma segunda voz - mamãe, o que está acontecendo aqui?

Mamãe? Pensei rápido diante do silêncio total. Quem é mamãe? Afastei-me um pouco, encostei no caixão de costas para o cadáver, e vi seus lindos olhos expressando espanto, raiva, ódio, tesão e surpresa. Ao seu lado um jovem de 3 metros de altura e 2 metros de largura. Senti um golpe no queixo, cai sobre o falecido e rolamos no chão, ficando presos sob a urna pesada, nós dois ali no chão escuro, eu, o morto e as rosas e flores e a merda toda.

Assim que levantaram o caixão, saltei para a direção da porta, assustando dezenas de pessoas que acreditaram se tratar do defunto ressuscitado. Teve de tudo - desmaios, gritos, histeria, etc. Entrei num táxi e fugi para o Bar do Juca, do outro lado da cidade. Esperei o táxi ir embora, atravessei a rua, peguei um ônibus, saltei na rodoviária e fugi para Teresina, no Piauí.

Três meses depois do comportamento neanderthal, voltei, acreditando que tivessem esquecido do episódio. Chegando em casa, peguei no chão uns vinte bilhetes da viúva, perfumados e com corações apaixonados - "Dodô - volta para mim!".

É isto aí!

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Tarde Triste (Maysa Matarazzo)


Tarde Triste (Maysa Matarazzo)

Tarde triste  
me recorda 
outros tempos

Que saudade! Que saudade!

Vivo só 
num turbilhão 
de pensamentos

De saudades. De saudades.

Por onde andará quem amei
Será que também vive assim
Sofrendo como só eu sei
Pensando um pouquinho em mim

Tarde triste Noite vem
Já esta descendo
E eu sozinho, sofrendo

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

O risco das decisões

Como decidir que a decisão é a melhor decisão dentre todas as outras que deveria fazer?

Entenda o contexto. Na maioria das vezes, a dificuldade em optar por um determinado caminho reside em não compreender exatamente o que está em jogo. ...

1 - Ajuste seu foco. 

2 - Lembre do que ensinou o passado.

3 - Siga seu instinto.

4 - Organize seus pensamentos.

5 - Corra riscos.

6 - Simule o resultado. 

7 - Hora da escolha, mas antes:

7.1 – Identificação do problema

Sempre que você se encontrar em uma encruzilhada e precisar decidir por um dos caminhos, o primeiro passo é identificar e compreender o problema. Analise quais áreas da sua vida serão impactadas por essa decisão, defina quais são as suas prioridades e qual é o real alcance dessa escolha a ser feita.

Quem não faz essa análise detalhada, tende a sentir, no futuro, que não tomou a melhor decisão.

7.2 – Controle da impulsividade

Sua decisão não pode ser guiada somente pela emoção ou impulso. Se você se sentir pressionado ou agir sob a influência dos outros, as chances de arrependimento são enormes. Assim, fuja a todo o custo do imediatismo gerado pela impulsividade!

É claro que há muitas decisões que devem ser tomadas rapidamente, mas é importante que você compreenda que não deve decidir com base nas emoções e nas outras pessoas. Decida com base nos fatos e nas suas necessidades.

7.3 – Filtre as opiniões dos outros

Isso nos leva a próxima etapa: filtrar aquilo que os outros lhe dizem e recomendam. Na hora da tomada de decisão, nada mais comum do que recorrer a amigos e parentes para conversar e trocar ideias sobre a escolha que deve ser feita.

Entretanto, tenha cuidado! Nem sempre os fatores que pesam para as outras pessoas são relevantes para você, assim como os demais não vão pensar nas variantes que só você é capaz de assimilar. Afinal de contas, quem irá lidar com as consequências da decisão é você, não é mesmo?!

7.4 – Tenha os pés no chão

Seja realista e encare os fatos no momento da tomada de decisão. Isso lhe deixará mais otimista, reduzirá as chances de frustração no futuro e evitará a criação de expectativas destrutivas. Isso não significa que você não deve levar nenhuma emoção e intuição em conta no momento da escolha, mas ter os pés no chão dá mais segurança e reduz as chances de decepção no futuro.

7.5 – Procure alternativas

Atente-se aos detalhes antes da tomada de decisão. Não feche seu pensamento apenas para aqueles caminhos tradicionais e, teoricamente, seguros. Analise outras alternativas que você não havia considerado antes, pois nem sempre há somente dois caminhos.

7.6 – Pense das consequências da sua decisão

É muito comum no processo de tomada de decisão que as pessoas pensem apenas no efeito imediato. No entanto, o mais correto é pensar nas consequências no curto, médio e longo prazo.

7.7 – Não procrastine

A procrastinação é um dos grandes defeitos dos indivíduos na atualidade, e isso também é aplicável à tomada de decisão. Sempre que tiver uma decisão a ser tomada, não adie essa ação. Reúna todas as informações sobre a questão, pense sobre as consequências, avalie alternativas e quando tiver tudo em mãos, simplesmente decida. Prolongar o sofrimento da indecisão pode criar ainda mais ansiedade e deixar a rotina angustiante.

Fontes de pesquisa: 

Fonte 1 - Isabela D'Ercolle

Fonte 2 - Febracis