domingo, 24 de abril de 2022

Quando a gente envelhece?



Ainda acamado, com o coronavírus operando no interior do meu interior, tirei tempo para escrever um pouco. Nunca deparei com um vírus que aparentemente possui atitudes inteligentes. Sei, vai pensar que é delírio de um velho boticário - mas o fato é que não sei a resposta. 

Virose toda a humanidade conhece desde as mais comuns até aquelas que fletem ao perigo. Mas neste caso identifiquei uma atividade disrruptiva. Este vírus opera em níveis diferentes da esfera mental, em tempo separados - migra da angústia à ansiedade, por exemplo, sem ser notado que é ele agindo. É quase imperceptível, mas aos olhos mais observadores poderá ser detectado Não li nada a respeito, apenas estou falando o que estou sentindo acontecer comigo. Achei isto bizarro- um ser unicelular capaz de controlar nossas emoções para poder se alimentar delas.

Enquanto isto, assisti à 3ª temporada do mitológico e metalinguístico Twin Peaks. É o que é - uma ruptura com a nossa percepção do mundo, das coisas do amor e do ódio e sobretudo sobre o tempo. Muito já foi escrito, falado e debatido sobre o sentido da série, esta credencial de luta entre o bem e o mal, entre o passado e o futuro, entre o real e o virtual, enttre o espiritual e o carnal, etc etc etc. Não tenho o que acrescentar por este caminho.

Porém, foi desta forma contemplativa, inserido por completo nestas obviedades e subjetividades desta jornada televisiva, é que tive a pergunta surgindo diante desta enfermidade viral - afinal, quando a gente envelhece? Eu, oficialmente, envelheci a partir desta etapa da vida. Na minha modesta contribuição ao mundo, o padrão nada convencional do Twin Peaks infiltrou na nossa existência a partir do covid 19. Quando faço  a metragem cronológica, credo ... melhor rezar mais.

É isto aí!

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