Com o aumento dos preços, a diminuição do poder aquisitivo e dos empregos, aumentou consideravelmente o número de moradores de rua. Os cidadãos de bens, movidos pelo seu espírito altruísta de amor ao próximo, passaram a instalar cercas nas calçadas, e quando não o fazem, mantem esguichos de água a nutrir o jardim da bondade em seus corações.
Nada de novo, mesmo passando 130 anos desde quando oficialmente a Teologia da Prosperidade adentrou no universo perverso e pecaminoso de ser pobre num planeta disposto a enriquecer a todos dignos da fé. Este movimento espiritual que eclodiu nos povos do norte (aqueles lá de cima do mapa) no final do século XIX enfatiza crenças metafísicas que até Deus duvida.
Consiste basicamente de grupos livremente formados por denominações religiosas, organizações seculares, autores, filósofos, e indivíduos que compartilham um conjunto de crenças metafísicas referentes aos efeitos do pensamento positivo, Lei da atração, cura, força vital, visualização criativa, poder pessoal, e claro, o dízimo ...
Tal corrente de pensamento promove a ideia de que Deus tem o dom da ubiquidade, que o espírito é a totalidade das coisas reais, que a verdadeira natureza humana é divina, que o pensamento divino é uma força para o bem, que todas as doenças se originam da mente, e que o "pensamento certo" tem um efeito regenerador.
Século XIX, hem ... logo ali.
Enquanto isto, além destas pérolas do saber celestial, o Feminicídio avança violentamente, tanto quanto a Violência contra a Mulher. O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de feminicídio, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. (Nenhuma autoridade constituída comenta).
Está tudo interligado - violência frontal contra as mulheres, pobres e população em condições de risco. Depois falo mais sobre estas coisas.
É isto aí!
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