Deixou o bilhete sob a xícara de café e partiu rumo ao vazio da sua existência, que acreditava estar em Bucareste. Há muitas semanas comparecia aos encontros oníricos com uma cigana romena, que insistia com sua presença para enfim serem felizes.
Ela acordou, não viu o papel mal escrito com lápis ou não deu maior atenção; dispensou na lixeira, arrumou a cozinha, escreveu um bilhete num post it neon, com lápis de sobrancelha e colou na porta da geladeira - querido, sinto muito, mas estou partindo para Bucareste para encontrar o amor da minha vida. Fui ser feliz!
À noite reencontravam-se no que chamavam de lar. Bucareste é muito longe, pensavam mutuamente ..., e viveram mais uma noite, um no sonho do outro e outra noite e outra noite, até que um dia, sem bilhetes, fugiram para dentro dos seus sonhos.
É isto aí!
Fonte da imagem: Casal Romani (Cigano) década de 1890
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gratidão!