E nem tudo são palavras, refletiu instintivamente, feito um lobo solitário nas colinas. Era frio, madrugada avançando, pensou no segredo, nos desejos secretos, nos acenos discretos e nas coisa que devoravam seus olhos. Balançou a cabeça a princípio com o espírito negativista, aí começou a sorrir, continuou a balançar a cabeça, agora no sentido da descoberta de como pode ser tão incoerente com seus sentimentos.
Fez um balanço das extraordinárias conquistas, das ordinárias derrotas e das ridículas ações reacionárias a fim de restaurar um status quo exclusivo do passado. Colocou as mãos na cabeça, perplexo com a sua imaturidade, de maneira que assombrado e atordoado, engoliu e seco seus sentimentos, todos eles ali, ávidos para interagir contra seus desejos, sobretudo os desejos da mudança.
Jurou que nunca mais daria sentido à suas dores, angústias, já que sentimentos são o que são e desejos são incompatíveis com as dores. Descobriu que mudar tem custo alto, mas para alimentar a esperança e eliminar o medo de ser feliz, o passado tem que ser o que é - só um passado.
É isto aí!
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