domingo, 31 de dezembro de 2023

Odete, a mítica de Brasília

 


Apareceu uma mensagem no meu potente RPC Xiaomi, desta vez enigmática, pedindo para que atendesse ao número tal, que já bloqueara pela insistência. Desbloqueei e aguardei não tão ocioso quanto deveria, até mesmo porquê o prefixo era de Brasília. Acabei de liberar e tocou em frenesi. Era Odete.

Reza a lenda que nos primórdios da nova democracia ainda engatinhando no Planalto Central, Odete ganhou a alcunha de Vitória Régia. A Vitória Régia, na mitologia amazona, representa o amor impossível, aquele que buscamos, mas que a cada dia torna-se mais difícil de encontrar. Além disso, trás na figura da mulher a vontade de mudança para agradar e ser aceita pelo ser amado. Deu que alto cacique do Plano Piloto perdeu-se tanto de amor pela musa, que empoderados deram a ela um longo exílio em Viena, com estações de verão em Málaga, sem limite de crédito, até tudo passar.

- Amore, quanta má vontade com esta amiga que te ama mais do que sala vip de aeroporto. Pelo menos um Feliz Ano Novo eu mereço.

- Odete, querida, puxa vida, nem sei o que dizer, Odete, caramba, Odete ...

- Gostei das múltiplas Odetes, amore, sinal de que estou na sua boca de maneira ímpar.

- Não tenho como resistir, querida.

- Então, amore, larga de ser bobo e vem me ter em Brasília. Tem chuva, os palácios ficam desertos e os palacianos vagueiam pela tríade Disney/Miami/Acapulco, enfim, tudo na normalidade. Ah! Vem amore, que lhe custa me ter no Eixo Monumental?

- Uau, Odete, você me deixa sem ar. Mas e aí? O que vai rolar na capital neste ano que se inicia?

- Ai, amore, nem te conto o babado, mas vem, deixa eu te contar muitos segredos bem pertinho, coladinha, juntinha, todo o babado...

- Puxa vida, Odete, já estou ... alô, alô, alô?! Odete? Caramba, caiu a ligação justo quando eu recuperava o fôlego...

É isto aí!

A anunciação do Ano Novo


Fonte da imagem: Ângelo Savelli. - Anunciação, 1944, óleo sobre papel

O que escrever sobre o ano vencido e sobre o ano vindouro? Queria dizer Feliz Ano Novo, mas que não seja enfadonho. Desejar apenas que seja feliz, por si só, é ser muito ingrato para com a alma e com o futuro. É nas dores, nos tropeços e nas quedas que deparamos com nossas limitações com a trilha errada, com a pessoa errada, com as escolhas para partilhar o caminho da vida e de muitas outras coisas que acabarão, cedo ou tarde, dando errado. É na dor que crescemos.

O que desejar a quem que já não deseja mais nada? A quem já perdeu as esperanças? A quem não acredita mais em si? Aos depressivos? Aos paranoicos? Aos limitados? Aos que sofreram agruras no ano que se encerra?

O que desejar aos que apresentaram pânico, ansiedade ou experienciaram  aflições, dissabores, escabrosidades, impedimentos, ódio, ingremidades, insatisfações, obstáculos. tristezas, tragédias, traumas, rompimentos?

Será que todas as pessoas acatarão seu desejo de que sejam felizes? Recorro a um texto da Clarice Lispector, para sua reflexão (espero que goste):

“Anunciação”, publicada em 21 de dezembro de 1968:

Tenho em casa uma pintura do italiano Savelli – depois compreendi muito bem quando soube que ele fora convidado para fazer vitrais no Vaticano.

Por mais que olhe o quadro, não me canso dele. Pelo contrário, ele me renova. Nele, Maria está sentada perto de uma janela e vê-se pelo volume de seu ventre que está grávida. O arcanjo, de pé ao seu lado, olha-a. E ela, como se mal suportasse o que lhe fora anunciado como destino seu e destino para a humanidade futura através dela, Maria aperta a garganta com a mão, em surpresa e angústia.

O anjo, que veio pela janela, é quase humano: só suas longas asas é que lembram que ele pode se transladar sem ser pelos pés. As asas são muito humanas: carnudas, e o seu rosto é o rosto de um homem.

É a mais bela e cruciante verdade do mundo.

Cada ser humano recebe a anunciação: e, grávido de alma, leva a mão à garganta em susto e angústia. Como se houvesse para cada um, em algum momento da vida, a anunciação de que há uma missão a cumprir.

A missão não é leve: cada homem é responsável pelo mundo inteiro.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Cartas de Amor LXXIX

Geraes, 28 dezembro 2023

Querida, nosso destino é a singularidade,

Calma, querida, por favor não se apavore achando que singularidade seria nosso rompimento esotérico. Muito pelo contrário, refiro-me aqui à Singularidade Cósmica, real, aquela existente no Universo, mais precisamente no cerne dos "buracos negros" espalhados pelas infinitas galáxias, num indo e vindo de massa, energia, espaço e tempo.

E esta singularidade que é nosso destino, é o ponto do universo em que as equações da física param de funcionar, por algum motivo (quem sabe o amor?). A Ciência Astrofísica não cita, por precaução, o nosso amor como causa e diz que normalmente é porque as quantidades físicas como a massa ou a densidade crescem, vão para o infinito.

Consegue imaginar isto? Um amor tão grande que se contrai, esvazia em si, gerando um só em nós dois, eu e você, a mais bela luz a brilhar na galáxia da minha vida, neste rol infinito do horizonte de eventos deste maravilhoso e fantástico cosmos. Este fenômeno (horizonte de eventos), conhecido como ponto de não retorno, é a fronteira teórica ao redor de um buraco negro a partir da qual a força da gravidade é tão forte que, nada, nem mesmo a luz, pode escapar.

Consegue ver a analogia neste ballet da física e nós? Sabe, querida. gostaria muito de saber dizer palavras destas as quais você gosta, que geram poesias, rimas ricas ou emoções, mas não sei dize-las, nem criá-las. O fato é que eu não sei não amar você. Saudades, mande notícias do planeta Terra, da Lua, das estrelas que te dei e dos grãos de areia que resistem à eternidade.

Hoje serei breve. Um beijo, um abraço em milhões de anos-luz., 

Feliz 2024, que seja o melhor ano das nossas vidas!

É isto aí!







quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Pequenas coisas para colher grandes alegrias em 2024


Estamos quase em 2024. Este ano não passou rápido, passou na velocidade dos seus desejos. 24 também não passará rápido nem lento. O Tempo é movido pela felicidade, quanto mais feliz, mais vc vê o tempo passar.

Escreva duas cartas para você. Uma para 31 janeiro e a outra para o dia do seu aniversário, desde que não seja Janeiro. Escreva nesta carta o que fará para ser feliz a partir de janeiro e na outra descreverá o presente que está concedendo a si mesma. Vá a luta, e pare de reclamar  que o Tempo passa rápido. Lembre-se sempre que somos nós que passamos por ele.

Presentes que posso dar para ser feliz:

1 perdoar. Este é um dos maiores presentes. A vantagem é que a pessoa não precisa saber. Isto é apenas entre vc e seus valores. Pare de lamentar-se do que esta pessoa fez com você, por que isto está destruindo sua alegria de viver. Se você quiser saber as técnicas de Perdão, peça aqui nos comentários. Se desejar que fique anônima/o é só solicitar que eu não publique e envie seu email para resposta

2 cuidar do corpo

3 parar de comer o que mais gosta

4 Conversar com Deus (não precisa gritar, afinal Ele é Deus). Pode pensar em silencio, só para agradecer

5 Ouvir quem sofre, sem juízo de valores

6 Olhar pelo espelho, em silencio profundo, no fundo dos seus olhos. Pela física, a imagem refletida no espelho é passado e seu inconsciente sabe disto. Olhe para os olhos do seu passado e perdoe tudo que está engasgado. Diga que vc não tem medo do seu passado, e sim amor.


É isto aí!

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Quando o Amor é peculiar


Natal 
ano novo 
janeiro vem
posto e pronto,
neste  mergulho 
ao desconhecido.

Bate papo na Praça do Reino da Pitangueira:

Coisas para se fazer em 2024?

Ainda não sei bem o que fazer.

Coisas para não se fazer?

Ser besta, burro e repetente nestas qualidades citadas.

Planos mirabolantes? 

Ser rico anônimo.

Planos prioritários?

Ser rico e ser anônimo, não necessariamente nesta ordem.

O que você faria de novo?

Dezenas de cartas de amor.

O que você não faria de novo?

Dezenas de cartas de amor.

Poderia explicar este antagonismo peculiar?

Como poderei explicar de uma maneira clara ... Olha só, eu penso, quer dizer, eu acredito, tipo assim como as Cartas de Amor começam com explicações e motivos, não há outro modo para escrever algo desta natureza sem tentar explicar, esmiuçar, explicitar ou dar motivos.

Poderia ser mais explícito? Não entendi a sua colocação.

Veja bem, o amor guarda consigo uma peculiaridade em cada ato. É isso, eu acho, quer dizer, pode ser. É mais ou menos por aí.


É isto aí!




quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

A Noite escura da alma (São João da Cruz)


A Noite escura da alma (em castelhano La noche oscura del alma) é um poema escrito no século XVI pelo poeta espanhol e místico cristão São João da Cruz e de um tratado por ele escrito posteriormente que consiste num comentário ao poema. (Wikipédia)

O poema de São João da Cruz narra a jornada da alma desde a sua morada carnal até a união com Deus. A jornada é referida como “Noite Escura”, pois a escuridão representa as dificuldades da alma em desapegar-se do mundo e atingir a luz da união com o Criador. Há vários níveis nesta escuridão atados em sucessivos estágios. A ideia principal do poema pode ser vista como sendo a dolorosa experiência que as pessoas têm de suportar ao buscar crescimento espiritual e a união com Deus.

A obra é dividida em dois livros que referem-se a dois estágios da escuridão da noite. O primeiro é a purificação dos sentidos. O Segundo e o mais intenso de ambos é o da purificação do espírito, que é também o mais difícil de ser atingido. A “Noite Escura da Alma” ainda descreve os dez níveis na progressão em direção ao amor místico, tal como fora descrito por São Tomás de Aquino e, em parte, por Aristóteles. O poema foi escrito no período em que João da Cruz esteve preso devido a seus irmãos carmelitas não aceitarem suas reformas na Ordem do Carmo. O tratado foi escrito posteriormente e consiste em um comentário teológico sobre o poema, explicando cada um dos níveis mencionados em seus versos.

Em uma noite escura
De amor em vivas ânsias inflamada
Oh! Ditosa aventura!
Saí sem ser notada,
Estando já minha casa sossegada.

Na escuridão, segura,
Pela secreta escada, disfarçada,
Oh! Ditosa aventura!
Na escuridão, velada,
Estando já minha casa sossegada.

Em noite tão ditosa,
E num segredo em que ninguém me via,
Nem eu olhava coisa alguma,
Sem outra luz nem guia
Além da que no coração me ardia.

Essa luz me guiava,
Com mais clareza que a do meio-dia
Aonde me esperava
Quem eu bem conhecia,
Em lugar onde ninguém aparecia.

Oh! noite, que me guiaste,
Oh! noite, amável mais do que a alvorada
Oh! noite, que juntaste
Amado com amada,
Amada, já no amado transformada!

Em meu peito florido
Que, inteiro, para ele só guardava,
Quedou-se adormecido,
E eu, terna o regalava,
E dos cedros o leque o refrescava.

Da ameia a brisa amena,
Quando eu os seus cabelos afagava,
Com sua mão serena
Em meu colo soprava,
E meus sentidos todos transportava.

Esquecida, quedei-me,
O rosto reclinado sobre o Amado;
Tudo cessou. Deixei-me,
Largando meu cuidado,
Por entre as açucenas olvidado.

Poema e Tratado de São João da Cruz 
(Wikipédia)


segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

A minha mentira

Créditos da Imagem: Flickr


Preciso encontrar 
uma mentira,
de qualquer tamanho 
ou volume,

malversada, maledicente, 
doente
e que mareje sem fim 
avassaladora.

Uma farsante história 
inventada
e depois tomada 
como convicção.

Que seja suave 
na sonoridade
e amarga nas garras 
do olhar.

Maldita, fraudulenta, 
cafajeste.
incolor, insípida, 
eloquente.  

Séria, palatável, 
só minha
será a minha mentira 
secreta.

Guardada para sempre,
secreta,
discreta, insidiosa
e oculta.

É isto aí!

Sobre a imagem: O casal inglês Tim Noble e Sue Webster criaram arte com ajuda de projetores de luz e lixo. As imagens feitas de sombras são oriundas da iluminação correta em esculturas de lixo aparentemente abstratas.



domingo, 17 de dezembro de 2023

Papo de esquina - Minha lista de Natal

Como sabem, se não sabem compreendo plenamente, que é pela boa causa pessoal que faço anualmente a minha tradicional lista excludente de Natal. A questão é evitar a surpresa de ser agraciado por alguma embrulho ao pé da Pitangueira no dia 25 pela manhã com objetos os quais não coaduno simpatia. Então, neste ano, seguindo a tradição que não esqueço, vou postar uma relação de dez presentes e similares que jamais desejo ganhar:

01 - Bola de futebol, de basquete, de vôlei, handebol ou pingue-pongue, etc.

02 - Tênis para caminhada, para correr, para atividades desportivas. 

03 - Roupa social, camisa de malha neon, bermuda e sandália havaiana.

04 - Óculos de sol "alternativo", caneco, chaveiro, imã, etc. escrito "lembrei de você". 

05 - Livros de auto ajuda e similares

06 - Uma corrente de oração, livro das profecias pra 24, preces, simpatias, etc. 

07 - Vinho suave, doce ou sem álcool (sim, existe)

08 - Um vídeo da família de 19etc...

09 - Um convite para o baile de réveillon no clube, com a orquestra da cidade. 

10 - Um clip de Feliz Natal de famosos desconhecidos. 


É isto aí!


quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Amapola


De amor en los hierros de tu reja
De amor escuché la triste queja
De amor que sonó en mi corazón
Diciéndome así
Con su dulce canción

Amapola, lindísima Amapola
Será siempre mi alma, tuya sola
Yo te quiero, amada niña mía
Igual que ama la flor la luz del día

Amapola, lindísima Amapola
No seas tan ingrata y ámame
Amapola, Amapola
¿Cómo puedes tú vivir tan sola?

Amapola, lindísima Amapola
Será siempre mi alma tuya sola
Yo te quiero, amada niña mía
Igual que ama la flor la luz del día

Amapola, lindísima Amapola
No seas tan ingrata y ámame
Amapola, Amapola
¿Cómo puedes tú vivir tan sola? 

Fonte: Musixmatch
Compositor: Joseph Lacallel
Letra de Amapola © Edward B Marks Music Company, Marks Edward B. Music Corp., Edward B. Marks Music Co., Eleven East Corporation, Edward B.marks Music Corp.




Fonte Youtube: Gaby Moreno Amapola

Música: Amapola
Compositor: Joseph Lacalle
Cantora: Gaby Moreno

"Amapola" é uma canção de 1920 do compositor hispano-americano José María Lacalle García (mais tarde Joseph Lacalle), que também escreveu a letra original em espanhol.

Após a morte de Lacalle em 1937, as letras em língua inglesa foram escritas por Albert Gamse. Na década de 1930, a música se tornou um padrão do repertório de rumba, passando posteriormente para as paradas de música pop.

Fonte Youtube: Gabpriel Priel

O menino passarinho


Tinha certeza 

que era passarinho 

e quando perguntavam 

por que não voava, 

a resposta estava pronta

- não vou de voo 

porque não quero.


É isto aí

sábado, 9 de dezembro de 2023

Poema do Olhar (Evaldo Gouveia/Jair Amorim)


Poema do Olhar (Evaldo Gouveia/Jair Amorim)

Em teu olhar
Busquei perdão
Busquei sorriso e luz

Achei meu sol
Vivi meu céu
Meu céu em teu olhar

Olhando a ti
Eu me perdi
Pelos caminhos

Quem me chamar
Vai me encontrar
Nos teus olhinhos

Em teu olhar
Estranho olhar
Meu sonho um dia se acabou

Nos olhos teus, 
existe amor
Existe adeus

Jair Amorim era secretário e diretor da UBC - União Brasileira de Compositores - quando conheceu Evaldo Gouveia, que tentava se filiar à associação em 58. Alguns elogios e rasgação de seda por parte de Evaldo Gouveia a Jair Amorim, naquela mesma noite se iniciou uma das parcerias mais famosas da MPB.
A primeira de uma lista de 150 composições (na maioria sambas-canções abolerados) foi o samba-canção "Conversa", gravada por Alaíde Costa em 1959, no primeiro LP da cantora.

A partir de 1962 conta-se o primeiro grande sucesso da dupla Jair & Evaldo: "Alguém me Disse", gravada por Anísio Silva. Incontáveis sucessos na voz de Miltinho, com "Poema do Olhar" e Morgana com "E a Vida Continua", mais tarde regravada com sucesso por Agnaldo Rayol. Moacyr Franco também vendeu muitos discos com o bolero "Ninguém Chora por Mim".

Da fase de 63, o mais famoso intérprete foi Altemar Dutra com "Tudo de Mim" "Que Queres Tu de Mim", "Somos Iguais", "Sentimental Demais", "Brigas", "Serenata da Chuva" e as marchas-rancho "O Trovador" e "Bloco da Solidão". Cauby Peixoto foi sucesso com "Ave Maria dos Namorados", lançada por Anísio Silva pouco antes.

Em 65 Wilson Simonal fez sucesso com a bossa nova "Garota Moderna".

Em 1969 o samba voltou a se impor com "O Conde", gravado por Jair Rodrigues.

À dupla Evaldo Gouveia-Jair Amorim também é creditado o sucesso do samba-enredo da Portela, "O Mundo Melhor de Pixinguinha", em 1973.

Entre os grandes intérpretes que gravaram a dupla Evaldo Gouveia & Jair Amorim estão Ângela Maria, Maysa, Dalva de Oliveira, Gal Costa, Maria Bethânia, Zizi Possi, Emílio Santiago, o espanhol Julio Iglesias. Mais recentemente, Cris Braun releu "Brigas", em 1998, e Ana Carolina, "Alguém me Disse", em 99, mesmo ano em que Milton Nascimento regravou "Se Alguém Telefonar". Em 2000, Simone repescou "Sentimental Demais" e "Que Queres Tu de Mim", e Fafá de Belém, "Ninguém Chora por Mim".

Acusados de comercializar excessivamente a música brasileira, a dupla respondia compondo nos mais variados ritmos, desde o bolero, samba-canção, valsa, marcha-rancho, balada, até o samba-iê-iê-iê (a onda da música jovem de 65), sempre inteiramente entrosada no momento musical.

Evaldo Gouveia apostava em sua inspiração e harmonia. Jair Amorim, o letrista para quem não havia mistério, fazia música para ser cantada pelo povo.

Jair Amorim faleceu em 1993, deixando um fantástico legado musical.

Reveja agora mais esse grande sucesso, aqui na interpretação do conjunto vocal TROVADORES URBANOS.


Uma frase perfeita


Queria saber escrever 
algo transformador
uma frase perfeita
um parágrafo definido

sem os medos de uma 
conjunção adversativa,
num futuro do pretérito
onde não haveria você.

É isto aí!



quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

A felicidade não mora perto


É dezembro de um ano estranho, com guerras e ações nefastas para com a natureza, com a vida, com os que herdarão tudo o que foi plantado nos últimos setenta anos. Estou em crescente ceticismo sobre o que vem de bom por aí, neste próximo e temerário 2024. 

Queria poder dizer Paz na Terra aos homens, mulheres e crianças de boa vontade, mas a paz, a paZ a pAZ a PAZ não há de haver.

Neste período sabático de reflexão sobre onde estou, de onde vim e para onde irei, não assenti a nem uma escolha sequer, nenhum caminho. Fiquei mais descrente sobre as possibilidades de um feliz ano novo. Sinto muito e sinto nada ao mesmo tempo. A felicidade não mora perto.

É isto aí!



quarta-feira, 6 de dezembro de 2023