segunda-feira, 24 de novembro de 2025
Cartas de amor XCV
sábado, 22 de novembro de 2025
IROKO: Os Ecos dos tambores sanjoanenses no Tempo (São João Del Rei - Minas Gerais)
“Iroko: Os Ecos dos tambores sanjoanenses no Tempo”, idealizado e dirigido por Mari P, e co-dirigido por Felipe Assunção, é o terceiro documentário da “Trilogia Iroko: Do ancestral ao atual”, iniciado com a pesquisa de Mestrado de Mari pelo PPGPSI UFSJ em 2019, quando a mesma estudou os temas Hip Hop e Identidade Negra. A partir dessa pesquisa de Mestrado, nas entrevistas feitas para o primeiro documentário “A história do Movimento Hip Hop de São João Del Rei: 22 anos de Resistência”, produzido por Mari P e Ubira Filmes, e lançado em 2021, foi descoberto que o Grupo de Inculturação Afrodescendentes Raízes da Terra abriu portas para o Hip Hop local, contribuindo para sua solidificação na cidade.
quinta-feira, 20 de novembro de 2025
Frankenstein e o Judaísmo: aproximações míticas e implicações éticas
A persistência cultural de Frankenstein (1818), de Mary Shelley, deve-se não apenas à sua relevância no contexto do romantismo inglês, mas também à sua capacidade de dialogar com tradições simbólicas diversas. Entre essas tradições, a mitologia judaica — especialmente o ciclo narrativo do Golem — oferece um campo privilegiado para reflexão comparada. Embora Shelley não tenha declarado qualquer fonte hebraica ou cabalística, as convergências estruturais entre ambos os imaginários justificam investigações interdisciplinares que abrangem literatura, filosofia da técnica e estudos religiosos¹.
1. A criação artificial como categoria cultural
O ponto de contato mais evidente entre Frankenstein e o judaísmo encontra-se na figura da criação artificial. O Golem, difundido sobretudo a partir da tradição associada ao rabino Judah Loew ben Bezalel, em Praga, aparece como ser produzido por fórmulas místicas derivadas do Sefer Yetzirá, texto fundamental da mística judaica antiga². O Golem é uma figura liminar: possui forma humana, mas carece de linguagem plena e autonomia moral³.
A Criatura de Victor Frankenstein compartilha essa liminaridade. Todavia, Shelley seculariza o processo criativo e o desloca para a esfera da ciência experimental do século XIX, gesto que, longe de extinguir a dimensão ética, acaba por radicalizá-la⁴.
2. Responsabilidade e abandono
A literatura rabínica frequentemente destaca a responsabilidade do criador para com aquilo que cria. No caso do Golem, essa responsabilidade envolve controle, vigilância e, quando necessário, desativação⁵. Criar, nessa tradição, implica compromisso contínuo.
Shelley subverte essa lógica. Victor Frankenstein, diferentemente do criador rabínico, abandona sua criatura — gesto que desencadeia a tragédia narrativa e transforma o romance em uma espécie de anti-mito: aquilo que deveria ser evitado se torna, aqui, o motor ético da história⁶.
3. A problemática da nomeação
Outro ponto relevante é a ausência de nome próprio, tanto no Golem quanto na Criatura. No pensamento judaico, nomear desempenha função ontológica: reconhecer, legitimar, situar. A não-nomeação esvazia a identidade. Em Frankenstein, o narrador recorre apenas a epítetos depreciativos — “demônio”, “monstro”, “aborto” —, reforçando a condição de alteridade radical⁷.
Essa dinâmica permite ler o romance como alegoria da marginalização: a criatura abandonada ecoa experiências históricas de exclusão impostas a minorias, incluindo populações judaicas na Europa moderna, ainda que Shelley não tenha construído uma alegoria direta⁸.
4. Convergências iconográficas e recepção moderna
O cinema expressionista alemão do início do século XX reforçou visualmente a aproximação entre as figuras do Golem e de Frankenstein. A estética de Der Golem, wie er in die Welt kam (1920) e a de Frankenstein (1931) consolidou o arquétipo moderno do ser artificial trágico, deslocado e excessivo⁹. A crítica subsequente identificou nessa convergência um campo fértil para leituras interculturais e comparatistas¹⁰.
5. Considerações finais
A relação entre Frankenstein e o judaísmo não deve ser entendida como influência direta, mas como convergência simbólica entre mitos de criação artificial, dilemas éticos da responsabilidade do criador e categorias de alteridade. A figura do Golem ilumina dimensões fundamentais do romance de Shelley, sobretudo a tensão entre ambição criativa e compromisso moral.
Perguntas que, dois séculos depois, permanecem atuais.
Notas de Rodapé
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BALDICK, Chris. In Frankenstein’s Shadow. Oxford: Clarendon Press, 1987.
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IDEL, Moshe. Golem. Albany: SUNY Press, 1990.
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SCHÓLEM, Gershom. On the Kabbalah and Its Symbolism. New York: Schocken Books, 1965.
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MELLOR, Anne K. Mary Shelley: Her Life, Her Fiction, Her Monsters. London: Routledge, 1988.
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DAN, Joseph. Jewish Mysticism and Jewish Ethics. Seattle: University of Washington Press, 1986.
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BOTTING, Fred. Making Monstrous. Manchester: Manchester University Press, 1991.
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GILBERT, Sandra; GUBAR, Susan. The Madwoman in the Attic. New Haven: Yale University Press, 1979.
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LEVENSON, Jon D. Creation and the Persistence of Evil. Princeton: Princeton University Press, 1988.
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EISNER, Lotte. The Haunted Screen. Berkeley: University of California Press, 1969.
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SKAL, David. The Monster Show. New York: Norton, 1993.
Referências (ABNT completo)
BALDICK, Chris. In Frankenstein’s Shadow: Myth, Monstrosity, and Nineteenth-Century Writing. Oxford: Clarendon Press, 1987.
BOTTING, Fred. Making Monstrous: Frankenstein, Criticism, Theory. Manchester: Manchester University Press, 1991.
DAN, Joseph. Jewish Mysticism and Jewish Ethics. Seattle: University of Washington Press, 1986.
EISNER, Lotte. The Haunted Screen: Expressionism in the German Cinema and the Influence of Max Reinhardt. Berkeley: University of California Press, 1969.
GILBERT, Sandra; GUBAR, Susan. The Madwoman in the Attic. New Haven: Yale University Press, 1979.
HARARI, Yuval Noah. Jewish Magic before the Rise of Kabbalah. Leiden: Brill, 2011.
IDEL, Moshe. Golem: Jewish Magical and Mystical Traditions on the Artificial Anthropoid. Albany: State University of New York Press, 1990.
LEVENSON, Jon D. Creation and the Persistence of Evil. Princeton: Princeton University Press, 1988.
MELLOR, Anne K. Mary Shelley: Her Life, Her Fiction, Her Monsters. London: Routledge, 1988.
PETERS, Ted. Playing God? Genetic Determinism and Human Freedom. London: Routledge, 2003.
SCHOLEM, Gershom. On the Kabbalah and Its Symbolism. New York: Schocken Books, 1965.
SCHOLEM, Gershom. “The Idea of the Golem.” In: SCHOLEM, Gershom. On Jews and Judaism in Crisis. New York: Schocken Books, 1976. p. 158–204.
SKAL, David J. The Monster Show: A Cultural History of Horror. New York: Norton, 1993.
segunda-feira, 17 de novembro de 2025
O desejo de ter desejo
sábado, 15 de novembro de 2025
Retratos da alma
Fotografar é quase um rito de passagem.
Cada retrato nasce como um fragmento de consciência arrancado ao fluxo do tempo — um gesto de resistência contra o que inevitavelmente escapa.
Assim se ergue o álbum de uma vida: um conjunto de testemunhos que não mostram apenas rostos, mas a lenta metamorfose da alma.
Infância — O retrato inaugural
A infância é o território onde o tempo ainda não tem direção.
Tudo é início, mas um início que não se preocupa com começos: um tempo redondo, mítico, em que o ser ainda participa do mundo como se não houvesse fronteiras.
A primeira fotografia tenta aprisionar esse estado.
A criança posa desconfortável, mas o olhar excede qualquer tentativa de enquadramento.
Ali, no brilho que antecede a palavra, está o espanto primordial — sinal de que o Self sussurra antes mesmo que o eu aprenda seu próprio nome.
A foto da infância não registra um rosto: registra o nascimento da consciência como um clarão.
Adolescência — O retrato que desobedece
A adolescência é o tempo em que o ser se fragmenta para poder surgir.
O eu recém-formado se debate contra limites que ainda não compreende, enquanto a sombra se espraia pelos cantos do olhar.
Mesmo a pose disciplinada não sustenta a inquietude: algo escapa sempre, seja um quase riso, seja um cansaço que denuncia o peso de existir.
O retrato adolescente é um instante em tensão — o choque entre o desejo de ultrapassar-se e o medo de não suportar o salto.
É a imagem de um território interior ainda em erupção.
Juventude — O retrato que anuncia
A juventude é o tempo das linhas retas, dos horizontes largos, do futuro que se abre como uma convocação.
O ego acredita ser o centro da paisagem e, nesse engano necessário, inventa caminhos.
Os sorrisos, os gestos, os passos registrados pela câmera carregam uma fé silenciosa: a de que a vida ainda pode ser moldada pela vontade.
Mesmo quando o papel se gasta, o impulso permanece — como se a juventude, uma vez vivida, nunca deixasse de repercutir na alma.
É o retrato da afirmação, não como arrogância, mas como pureza do impulso vital.
Maturidade — O retrato ponderado
A maturidade é o tempo da claridade interior.
Não porque tudo se resolve, mas porque tudo se torna visível.
O mundo deixa de ser território de conquista e passa a ser campo de compreensão.
Os retratos dessa fase carregam densidade: o peso das escolhas, a textura das perdas, a gravidade das conquistas.
Há menos urgência e mais medida; menos brilho e mais verdade.
É o momento em que a vida exige contemplação — quando o indivíduo começa a reconhecer, na própria história, a arquitetura do Self que o guia silenciosamente.
Velhice — O retrato da experiência
A velhice é o tempo da síntese, em que o ser percorreu suas próprias margens e agora recolhe os méritos das conquistas.
O olhar que atravessa a lente não busca aprovação: oferece testemunho.
Nas rugas, a marca dos retornos; nas sombras, o mapa das travessias; no brilho, a fidelidade ao vivido.
A fotografia da velhice não é um fim — é um espelho profundo onde passado, presente e eterno conversam em voz baixa.
Epílogo
Ter “uma fotografia para cada época da vida” é compor um tratado íntimo sobre o tempo.
Folheá-lo é revisitar a própria existência como quem percorre um caminho que simultaneamente avança e retorna.
A imagem permanece onde a vida passa — e, ao permanecer, devolve ao sujeito aquilo que o tempo tenta dissolver: a inocência, a rebeldia, o impulso, a lucidez, a sabedoria.
Cada foto é um ponto de encontro entre o que fomos, o que somos e aquilo que, em profundidade, nunca deixamos de ser.
sábado, 8 de novembro de 2025
Verdades
quarta-feira, 5 de novembro de 2025
Cartas de Amor XCVI
Lo Borges - Sem retrato, posto que é imortal
Difícil escrever esta carta para você. Não lembro bem como foi a primeira vez que parei para escutar sua voz mineira, num tom suave e sossegado. Era lá no inicio da década de 1970, em tempos difíceis, de pouca e rara beleza, mas com muita vontade de mudar.
Sempre o considerei o John Lennon do Clube da Esquina, e acredito que além disto, até para todo o sempre, a sua versatilidade como cantor e compositor, com uma voz que se integrou perfeitamente ao estilo musical inovador do Clube da Esquina, numa mescla da MPB com rock, jazz e ritmos folclóricos, será sempre coisa e propriedade do registro da sua humanidade marcante, com louvor pela sua existência neste belo e imperfeito planeta azul .
Para você ofereço abaixo, este poema lindo da Cora Coralina, que ele conforte sua nova paisagem da janela lateral de onde se abriga no Paraíso.
Meu epitáfio (Cora Coralina)
Morto... serei árvore,serei tronco,
enlaçadas às pedras de meu berço
são as cordas que brotam de uma lira.
Enfeitei de folhas verdes
a pedra de meu túmulo
num simbolismo
de vida vegetal.
que deixou na terra
a melodia de seu cântico
na música de seus versos.
Fica a saudade, simples como sua vida, sem retratos, sem autógrafos, sem nada, posto que agora é imortal.
Um abraço!
É isto aí!
segunda-feira, 3 de novembro de 2025
Conexões
sábado, 1 de novembro de 2025
Meu bem, perdoa meu coração hedonista
sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Pertencimentos
quarta-feira, 29 de outubro de 2025
Bilhetes Avulsos VIII
Querida,
Quando ler este bilhete, já estarei, possivelmente, em outra página virada da minha peregrinação pelo mundo que desconheço — mas de quem ouço falar bem.
Saiba que deixei as saudades guardadas no fogão de lenha.
Deixei as mágoas no freezer.
Guardei as angústias naquele pote de porcelana azul que eu sempre detestei — e no qual acidentalmente esbarrei, fazendo-o ir ao chão, sendo imediatamente remendado por você com cola instantânea, só para irritar minha paz, porque foi um presente da fulana — e você sempre soube o motivo de eu detestá-la.
Recolhi os cacos do tempo útil ao seu lado e lacrei tudo num envelope amarelo que guardava alguns papéis que devem ser importantes para você continuar nesta rotina que merece.
Aos amigos, diga que fugi com uma namorada dos tempos de faculdade.
Aos inimigos, faça o que mais gosta — mentir — e diga que voltei para a companhia da sua eterna bff da infância, a Claudinha Tri.
Todas as fotos onde supostamente estávamos juntos foram para a galeria do lixão. Esperei pacientemente o caminhão de lixo passar, só para ter certeza de que levariam tão nefasta prova da nossa patética união.
Querida, eu amo você. De verdade. Com certeza. Com ardor na alma (e lágrimas sinceras).
Eu sei que você sabe disso — que sempre soube, que sempre saberá.
E este amor, todo este amor, estou levando comigo, para todo o sempre, ao infinito e além.
É isto aí!
segunda-feira, 27 de outubro de 2025
Prezada Senhora Felicidade
quinta-feira, 23 de outubro de 2025
Que os ladroes dos aposentados tenham vida longa
quarta-feira, 15 de outubro de 2025
Essa angústia
sexta-feira, 10 de outubro de 2025
O medo
sábado, 4 de outubro de 2025
Cartas de Amor XCIV
segunda-feira, 15 de setembro de 2025
Cuide-se
quinta-feira, 11 de setembro de 2025
Dentro de mim
um ser assim
dentro de nós,
tão poderoso,
tão orgulhoso
e vulnerável?
Nunca basta
meu habitat,
interior e frio,
guardar você
dentro de mim
pela saudade
terça-feira, 9 de setembro de 2025
Cuidado com as sinapses
Neurônio, precisamos conversar...
— Algia, agora não posso.
— Claro que não pode, mas está sempre desocupado para a Sinapse...
— Algia, você entende, mas não quer aceitar a realidade.
— Realidade, Neurônio? Realidade?
— Algia, sua missão é tão nobre quanto qualquer outra missão delegada aos nossos apoiadores da Homeostase.
— Homeostase? Você está brincando comigo, Neurônio. Homeostase é uma chata com perfil fitness! E quer saber? Fique lá com a histérica da Sinapse, mas não diga que não avisei: ela vai com qualquer um...
É isto aí!
sexta-feira, 5 de setembro de 2025
O Guichê 17
Introdução
Às vezes, a burocracia ganha ares de teatro. No balcão dos guichês, entre carimbos, formulários e normas, nasce uma comédia absurda — onde o cidadão se perde em detalhes e o servidor se refugia na arrogância do regulamento.
Foi desse cenário que surgiu dentro do Reino da Pitangueira “O Guichê 17”, uma pequena peça satírica que expõe, com humor e ironia, o choque entre a ingenuidade de quem busca ajuda e a rigidez impessoal do sistema.
No fundo, “O Guichê 17” não é apenas uma cena inventada. É o reflexo de um labirinto cotidiano em que todos nós, em algum momento, já nos vimos presos: entre filas, formulários e respostas automáticas.
A sátira revela o ridículo do excesso de burocracia, mas também nos lembra de algo essencial: a humanidade se perde quando a regra fala mais alto do que a escuta.
Personagens
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Narrador
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Atendente
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Beverlin Rios
-
Voz ao Fundo
Cena única
(Luzes frias. Uma fila silenciosa diante de uma placa que brilha: “GUICHÊ 17”. O Narrador abre a cena em voz grave e metálica.)
Narrador
— Beverlin Rios!! Beverlin Rios!! Quem é Beverlin Rios???
(Beverlin ergue a mão, tímido, com papéis amarrotados.)
Beverlin Rios
— Aqui...
Atendente
— Levante o crachá e se aproxime do guichê 17, por favor.
— Me entregue os documentos na ordem que eu mandar. O senhor entendeu?
Beverlin Rios
— Sim...
Atendente
— Para o senhor e para os da sua espécie, a resposta correta é: “Sim, senhor”.
(pausa didática)
— Só para constar: esse “Sim, senhor”, com a vírgula, separa o advérbio do vocativo.
— A vírgula marca respeito — e a sua ignorância.
— Estamos nos entendendo?
Beverlin Rios
— Sim... acho que sim...
Atendente
— Sim, senhor, seu pau de bosta!
— Vá até a bancada popular e preencha este formulário A1/45B com letra cursiva.
— Nome completo, data de nascimento, CPF e nome da mãe.
Beverlin Rios
— Onde encontro essa letra cursiva?
Atendente
— No seu cérebro! Mais alguma pergunta?
Beverlin Rios
— É com caneta ou lápis?
Atendente
— Caneta.
Beverlin Rios
— Azul ou preta?
Atendente
— Azul.
Beverlin Rios
— O senhor pode me emprestar uma?
Atendente
— No edital dizia que a portabilidade da caneta é obrigatória.
Beverlin Rios
— Eu li... mas não sabia o que era portabilidade.
Atendente
— Toma a caneta, seu coisado! Mais alguma pergunta?
Beverlin Rios
— Sim... não entendi esse negócio de nome da mãe... de que mãe estão falando?
Atendente
— Sinto, mas não posso dizer-lhe.
(Beverlin olha para o público, desesperado, mãos ao alto.)
Beverlin Rios
— E agora... quem poderá me socorrer???
Voz ao Fundo
(eco metálico nos alto-falantes)
— O próximo! Pode chamar o próximo...
(O Atendente recolhe os papéis com frieza. Beverlin permanece parado, derrotado. As luzes se apagam.)
Sobre a imagem:
O Pensador é uma das mais famosas esculturas de bronze do escultor francês Auguste Rodin. Retrata um homem em meditação soberba, lutando com uma poderosa força interna. (Wikipédia)
Artista: Auguste Rodin



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