um ser assim
dentro de nós,
tão poderoso,
tão orgulhoso
e vulnerável?
Nunca basta
meu habitat,
interior e frio,
guardar você
dentro de mim
pela saudade
tão poderoso,
tão orgulhoso
e vulnerável?
Nunca basta
meu habitat,
interior e frio,
guardar você
dentro de mim
pela saudade
Neurônio, precisamos conversar...
— Algia, agora não posso.
— Claro que não pode, mas está sempre desocupado para a Sinapse...
— Algia, você entende, mas não quer aceitar a realidade.
— Realidade, Neurônio? Realidade?
— Algia, sua missão é tão nobre quanto qualquer outra missão delegada aos nossos apoiadores da Homeostase.
— Homeostase? Você está brincando comigo, Neurônio. Homeostase é uma chata com perfil fitness! E quer saber? Fique lá com a histérica da Sinapse, mas não diga que não avisei: ela vai com qualquer um...
É isto aí!
Às vezes, a burocracia ganha ares de teatro. No balcão dos guichês, entre carimbos, formulários e normas, nasce uma comédia absurda — onde o cidadão se perde em detalhes e o servidor se refugia na arrogância do regulamento.
Foi desse cenário que surgiu dentro do Reino da Pitangueira “O Guichê 17”, uma pequena peça satírica que expõe, com humor e ironia, o choque entre a ingenuidade de quem busca ajuda e a rigidez impessoal do sistema.
No fundo, “O Guichê 17” não é apenas uma cena inventada. É o reflexo de um labirinto cotidiano em que todos nós, em algum momento, já nos vimos presos: entre filas, formulários e respostas automáticas.
A sátira revela o ridículo do excesso de burocracia, mas também nos lembra de algo essencial: a humanidade se perde quando a regra fala mais alto do que a escuta.
Narrador
Atendente
Beverlin Rios
Voz ao Fundo
(Luzes frias. Uma fila silenciosa diante de uma placa que brilha: “GUICHÊ 17”. O Narrador abre a cena em voz grave e metálica.)
Narrador
— Beverlin Rios!! Beverlin Rios!! Quem é Beverlin Rios???
(Beverlin ergue a mão, tímido, com papéis amarrotados.)
Beverlin Rios
— Aqui...
Atendente
— Levante o crachá e se aproxime do guichê 17, por favor.
— Me entregue os documentos na ordem que eu mandar. O senhor entendeu?
Beverlin Rios
— Sim...
Atendente
— Para o senhor e para os da sua espécie, a resposta correta é: “Sim, senhor”.
(pausa didática)
— Só para constar: esse “Sim, senhor”, com a vírgula, separa o advérbio do vocativo.
— A vírgula marca respeito — e a sua ignorância.
— Estamos nos entendendo?
Beverlin Rios
— Sim... acho que sim...
Atendente
— Sim, senhor, seu pau de bosta!
— Vá até a bancada popular e preencha este formulário A1/45B com letra cursiva.
— Nome completo, data de nascimento, CPF e nome da mãe.
Beverlin Rios
— Onde encontro essa letra cursiva?
Atendente
— No seu cérebro! Mais alguma pergunta?
Beverlin Rios
— É com caneta ou lápis?
Atendente
— Caneta.
Beverlin Rios
— Azul ou preta?
Atendente
— Azul.
Beverlin Rios
— O senhor pode me emprestar uma?
Atendente
— No edital dizia que a portabilidade da caneta é obrigatória.
Beverlin Rios
— Eu li... mas não sabia o que era portabilidade.
Atendente
— Toma a caneta, seu coisado! Mais alguma pergunta?
Beverlin Rios
— Sim... não entendi esse negócio de nome da mãe... de que mãe estão falando?
Atendente
— Sinto, mas não posso dizer-lhe.
(Beverlin olha para o público, desesperado, mãos ao alto.)
Beverlin Rios
— E agora... quem poderá me socorrer???
Voz ao Fundo
(eco metálico nos alto-falantes)
— O próximo! Pode chamar o próximo...
(O Atendente recolhe os papéis com frieza. Beverlin permanece parado, derrotado. As luzes se apagam.)
Sobre a imagem:
O Pensador é uma das mais famosas esculturas de bronze do escultor francês Auguste Rodin. Retrata um homem em meditação soberba, lutando com uma poderosa força interna. (Wikipédia)
Artista: Auguste Rodin
Por esta multiplicidade de artes, sua obra múltipla trabalhou seus dons literários e de comunicação social com esmero nas áreas de cartunista, tradutor, roteirista, publicitário, revisor, dramaturgo e romancista.
Muito obrigado! Gratidão!
É isto aí!
Onde isto? Aqui, ali, lá em todo lugar ao mesmo tempo.
Na verdade, na verdade mesmo, tive um bloqueio de ideias para escrever. Comecei achar que isto ou aquilo estava ruim. Além disto não queria falar sobre as tragédias que vêm sendo as coisas bizarras e normais nos continentes entre o atlântico e o pacífico, que parecem nunca clarear a aurora.
Enquanto isto as naves da fé ocidental distribuem pessimismos, pragas, maldições, profetizam o caos com sofrimento geral, exceto para os poucos sobreviventes (ricos?). Estou velho e cansado para ter que adsorver tudo isto.
Anteriormente havia preparado meu retorno ao blog um texto partindo de Sartre, que dizia: “estamos condenados à liberdade”. Mas aí refleti que o abismo de poder escolher nos assusta, porque cada escolha nos define. Bateu medo, eu acho.
É isto aí!
Indutores enzimáticos, como por exemplo: carbamazepina, fenitoína, oxcarbazepina e topiramato aceleram o metabolismo hepático dos hormônios dos anticoncepcionais orais, reduzindo sua eficácia.
Neste caso, informe ao Ginecologista o uso contínuo destes medicamentos e pergunte quais são as opções de contracepção segura. Há Métodos recomendados nestes casos, que não dependem do metabolismo hepático, tem alta eficácia e longa duração:
Métodos Recomendados:
LARCs (Long-Acting Reversible Contraceptives) | DIU de cobre, SIU com levonorgestrel (Mirena®, Jaydess®), implante de etonogestrel
Injetáveis trimestrais, Acetato de medroxiprogesterona (Depo-Provera®). Possuem Menor risco de interação, eficaz por 12 semanas.
Barreira + hormonal ajustado - Preservativo + anticoncepcional oral com dose dobrada de levonorgestrel - Alternativa quando LARC não é viável |
Métodos menos indicados
- Anticoncepcionais orais combinados comuns: eficácia reduzida com indutores enzimáticos
- Adesivos e anéis vaginais: também podem ser afetados pelo metabolismo acelerado
Recomendações práticas:
- Evitar anticoncepcionais orais convencionais durante e até 28 dias após o uso de indutores enzimáticos
- Preferir DIU de cobre como contracepção de emergência em casos de falha ou risco de interação
- Consultar ginecologista para avaliar elegibilidade ao uso de LARC ou implante hormonal