domingo, 10 de janeiro de 2016

Sertaneja (René Bittencourt/1939)



No vídeo publicado abaixo (Sr. Brasil) Rolando Boldrin recebe o cantor Lula Barbosa (São Paulo - SP) que canta "Sertaneja" (René Bittencourt). Músicos Acompanhantes: Mario Lúcio (clarinete), Orlando Aldasi (cavaquinho), Pratinha (bandolim e flauta), Ventura Ramirez (violão 7 cordas).

Essa canção de René Bittencourt (1917-1979) foi seu primeiro sucesso como compositor, tendo sido gravada pela primeira vez por Orlando Silva na R. C. A. Victor, em 1939.

De uma simplicidade comovente, este bucólico canto de amor à mulher sertaneja seria uma das composições mais cantadas em todo o Brasil nos anos seguintes ao seu lançamento, em julho de 1939.
Todo amador com pretensões a se tornar um novo "cantor das multidões", inscrevia-se num programa de calouros (que na época vivia o auge da popularidade) para cantar: "Sertaneja se eu pudesse / se Papai do Céu me desse / o espaço pra voar / eu corria a natureza / acabava com a tristeza / só pra não te ver chorar...".

Incluída entre os maiores sucessos de Orlando Silva, "Sertaneja" seria superada em popularidade apenas por três ou quatro canções de seu repertório, como "Carinhoso" e "Lábios Que Beijei". Curiosamente, seu autor, o compositor, jornalista e empresário artístico, René Bittencourt, não era do sertão, tendo nascido na Ilha de Paquetá e vivido no Rio de Janeiro.

René Bittencourt Costa (Paquetá, 23 de dezembro de 1907 — Rio de Janeiro, 21 de novembro de 1979) foi um compositor, jornalista e empresário artístico brasileiro.

Foi membro da Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música (SBACEM), atuando no conselho deliberativo e também nas suas comissões de finanças e repertório.

SERTANEJA
(Renê Bittencourt)

Sertaneja se eu pudesse
se papai do céu me desse
O espaço pra voar
eu corria a natureza
acabava com a tristeza
Só pra não te ver chorar
Na ilusão desse poema
eu roubava um diadema
lá no céu pra te ofertar
e onde a fonte rumoreja
eu erguia a tua igreja
e dentro dela o teu altar

Sertaneja, por que choras quando eu canto
Sertaneja, se este canto é todo teu
Sertaneja, pra secar os teus olhinhos
vai ouvir os passarinhos
que cantam mais do que eu

A tristeza do teu pranto
é mais triste quando eu canto
a canção que te escrevi
e os teus olhos neste instante
brilham mais que a mais brilhante
das estrelas que eu já vi
sertaneja eu vou embora
a saudade vem agora
alegria vem depois
vou subir por estas serras
construir lá N'outras terras
um ranchinho pra nós dois.



"Sertaneja" por Lula Barbosa - Sr. Brasil - 18/05/14
Fonte Youtube: Sr. Brasil



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