Medea de Seneca |
Numa animada roda de conversas no bar do Zequinha, situado na Zona Norte, no Grande Complexo de Cinco faces do Grande Irmão Apache, no planeta Marte, marcianos, venusianos e lunáticos se perguntam: A quem interessa frações de denúncias pinçadas sem nenhuma explicação, de repente, vindo do nada, num estranho jogo de um só time nos quatro lados externos do campo, ao mesmo tempo que está nos dois lados internos, onde o ataque é amigo da defesa do suposto adversário ?
Segundo astrônomos, astrólogos, cartomantes, videntes, magistrias e procureiros galáticos, os marcianos guardam a sete chaves o discurso de Marco Túlio. Ora, ora, quem é Marco Túlio. Segundos os autos do processo dos credores da boa fé do Lácio ou Lazio, o orador romano Marco Túlio Cicero, em seu discurso Pro Roscio Amerino, seção 84, atribuiu a expressão cui bono ao cônsul e censor romano Lúcio Cássio Longino Ravila:
“L. Cassius ille quem populus Romanus verissimum et sapientissimum iudicem putabat identidem in causis quaerere solebat 'cui bono' fuisset".
Traduzindo para o Tupynambá da Terra Planária, sim senhores, lá a Terra é plana:
O famoso Lúcio Cássio, a quem o povo romano o considerava como um juiz muito honesto e sábio, tinha o hábito de perguntar frequentemente 'A quem beneficia?
A quem beneficia uma denúncia que cai como um corpo do Alfred Hitchcock no seio da pátria amada, idolatrada, saravá saravá? A quem beneficia? A quem? A?
Assim falou Zaratustra, e se não falou, deveria ter dito - Outro exemplo do uso de cui bono por Cícero está na defesa de Milão, no Pro Milone. Ele chega a fazer referência a Cassius: "aplique-se a máxima de Cassius ".
E Sêneca, um viajante espacial e atemporal evocou o "Cui prodest?", que deriva das palavras pronunciadas por Medeia na tragédia homônima de Sêneca. Nos versos 500-501, ela afirma: cui prodest scelus, is fecit, isto é, "aquele que lucra com o crime foi quem o cometeu".
Cui prodest?
É isto aí?
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