terça-feira, 6 de julho de 2021

O que vou escrever aqui não é da sua conta.



É engraçado sair pelas ruas e avenidas da rede e ver pessoas até há poucos dias arrogantes, estarem com aquele olhar de indiferença, como se não fossem eles os cúmplices de tudo isto que está aí. Destilaram ódio por anos a fio sem pestanejar, agrediram pessoas, processos, ideologias, e se não fosse isto o suficiente, transgrediram leis, mentiram, distorceram a realidade só para se adequar ao seu mesquinho  interesse de gozo do poder pelo poder.

Não sei como desvencilhará o que está cada dia mais soçobrando pelo conjunto da obra atual, pode ser que aconteça ou não algo mais extremo, mas de qualquer forma perdemos todos. Sinto muito pela geração que nasceu neste século e que colherá apenas um fragmento do que outrora foi um projeto de futuro.   

Não vejo o ex-presidente como uma solução, nem sequer como viável para resgatar o progresso. Teve sua oportunidade. Há uma cultura política no país de castração de novas lideranças, e desde a década de 1980, sem exceção, todas as lideranças castraram as novas potenciais lideranças, de tal forma que até hoje quando precisamos avançar, a única coisa que fazemos é olharmos para trás.

O que temos de concreto é que o medo do novo é atávico na cultura política do país

Fomos capazes de fazer o inacreditável e agora não vejo saídas a curto prazo. Neste momento nenhuma opção colocada na mesa expõe suas ideias, seus projetos, as modelações e remodelações, bem como atos revogatórios de ações que destruíram a capacidade deste país ter um futuro do presente real e tangível. Isto que está hoje nas ruas, avenidas e palanques virtuais apenas permite que nada avance novamente e que apenas continue como está.

Imagem: Independência ou Morte, 1888, óleo sobre tela, 415 cm x 760 cm, Pedro Américo, Museu Paulista da USP, São Paulo.

É isto aí!

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