Por que tem dia que estou triste, tem dia que sou triste e tem dia que fico triste. Parece esquisito isto daí, mas nunca conheci a felicidade, nem nunca estive próximo dela. Segundo o dicionário, felicidade é o estado de quem é feliz, um sentimento de bem-estar e contentamento. Vamos e convenhamos, dicionário é conflitante neste tema.
Retirei de uma crônica publicada em 2022 pelo Dr Isaac Roitman professor emérito da Universidade de Brasília e membro titular de Academia Brasileira de Ciências, algumas exposições que posto nos próximos três parágrafos:
Para Immanuel Kant, a felicidade é a condição do ser racional no mundo, para quem, ao longo da vida, tudo acontece de acordo com o seu desejo e vontade. Para Friedrich Nietzsche a felicidade é frágil e volátil. E complementava, a melhor maneira de começar o dia é, ao acordar, imaginar se nesse dia não podemos dar alegria a pelo menos uma pessoa.
Segundo Albert Einstein, uma vida calma e modesta traz mais felicidade do que a busca do sucesso combinada com uma constante inquietação. Por outro lado, Hannah Arendt introduziu o conceito de felicidade pública com a participação pública nas questões políticas, da possibilidade de reunião, da alegria do discurso, da possibilidade de persuadir e ser persuadido, a liberdade pública de agir em conjunto.
Os filósofos associam a felicidade com o prazer, com os sentimentos e emoções. Segundo Aristóteles, a felicidade seria o equilíbrio e harmonia, e a prática do bem. Para Epicuro, a felicidade ocorre através da satisfação dos desejos. Para Pirro de Élia, a felicidade acontecia através da tranquilidade. Para o filósofo indiano Mahavira, a não violência era um importante aliado para atingir a felicidade plena. Para o filósofo chinês Lao Tsé, a felicidade poderia ser atingida tendo como modelo a natureza. Já Confúcio acreditava na felicidade devido a harmonia entre as pessoas. No budismo, a felicidade ocorre através da liberação do sofrimento e pela superação do desejo, através do treinamento mental.
Também li que Sigmund Freud defendia que todo indivíduo é movido pela busca da felicidade, mas essa busca seria uma coisa utópica, uma vez que para ela existir, não poderia depender do mundo real, onde a pessoa pode ter experiências como o fracasso, portanto, o máximo que o ser humano poderia conseguir, seria uma felicidade parcial. Freud também escreveu que a felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.
Léon Tolstoi, no romance Anna Karenina afirma: Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira.
Sorria, você só está um pouco triste.
É isto aí!
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Gratidão!