- Que bom! Posso saber do que se trata, querido?
- Não, querida.
- Como assim? Não pode ou não quer, querido?
- Até que posso, mas prometi que era segredo de mim para comigo, querida.
- Isto quer dizer que eu não sou sua amiga, querido?
- Sim, você é minha amiga, mas isto é questão pessoal, querida.
- Você está se tornando um homem mau, querido. Isto não se faz.
- Nunca prometi ser um homem integralmente bom, querida.
- Ah! A questão aqui é acima da lei e da ordem natural das coisas. É de foro íntimo, querido?
- Sim, mas meu foro íntimo é o tribunal da minha consciência, de maneira que não confunda com o da lei constitucional, nem com sua opinião, querida.
- Ok, tudo bem, fica aí com seu foro íntimo, que vou dar uma volta no shopping, querido.
- Como é isto, querida? Vai sair assim?
- Assim como, querido?
- Com estes trajes exclusivos da intimidade do lar, querida.
- A lei entende que estou vestida, querido - levo comigo um cartão de crédito, shortinho, topper, tiara e sandália havaiana.
- Qual lei, querida?
- A mesma que garante a você ter segredos para comigo, querido.
- Pensando melhor, vou contar a você, querida ...
É isto aí
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