quarta-feira, 30 de julho de 2025

O amor, a sanha dos pretéritos imperfeitos e a saudade


Acordei encantado com o sonho confuso que se repetia mais de uma vez, desde que nem lembrava mais quando. Era tão real que não era simplesmente um sonho; era um plano teórico quaternário relativo ao nosso amor perdido na Era Cenozoica, paralelo e tangível nesta vida louca, tecida em contornos poéticos pela perspectiva onírica.

Havia ali, no sonho, algo depositado sobre uma estreita e estranha perspectiva, tal qual a sanha dos pretéritos imperfeitos, cujas ações passadas não eram completamente terminadas e ficavam sem dar sequência à continuidade. Nunca chegava o dia seguinte, o instante mágico, tal qual deve ser o abraço fiel da paixão.

Ao fundo do cenário disruptivo coexistia um musical incessante. Era uma coisa mais esquisita ainda do que conjugações verbais no pretérito imperfeito. Tratava-se de uma música em eterna reprodução, que descobri depois tratar-se do Samba do Grande Amor, do Chico Buarque, neste caso específico cantado encantadoramente pelas afinadíssimas Mulheres de Hollanda

Achei que aquilo poderia ser uma coisa parecida com o nosso amor, eu acho. Tudo bem, pode ser metafórico, sei lá, um sinal do além, sei lá, vai saber, porque eu não sei como resolver uma equação de segundo grau com duas incógnitas escandalosamente inseridas ao surto.

Haviam também outras formas do seu ser e estar neurossensorial assentindo o assédio do protagonista, projetado de mim, sem vínculo — mas, porém, todavia, contudo — o que realmente seduzia meus profundos e ocultos desejos era a multiplicidade de quereres sobre a amada ali, bem à frente, com luzidias, brilhantes e reluzentes matizes de amor, sensualíssimas, moldadas e/ou esculpidas em elementos fantasiosos.

Um cafuné no cabelo, um afago na face, um beijo apaixonado  e um abraço apertado. 

É isto aí!












segunda-feira, 28 de julho de 2025

Bilhetes avulsos


Desculpa, implorou.
Ela deu de ombros
e saiu rebolando.

Veio o silêncio sepulcral
por entre os escombros 
para potencializar a dor.

É isto aí!


segunda-feira, 14 de julho de 2025

Bilhetes avulsos


Já dizia Cartola sobre o Peito Vazio:

Nada consigo fazer
Quando a saudade aperta
Foge-me a inspiração!
Sinto a alma deserta

Um vazio se faz
Em meu peito
E de fato eu sinto
Em meu peito um vazio ...

domingo, 6 de julho de 2025

Papo de Farmacêutico - Indutores Enzimáticos reduzem a eficácia de anticoncepcionais


Indutores enzimáticos, como por exemplo: carbamazepina, fenitoína, oxcarbazepina e topiramato aceleram o metabolismo hepático dos hormônios dos anticoncepcionais orais, reduzindo sua eficácia.

Neste caso, informe ao Ginecologista o uso contínuo destes medicamentos e pergunte quais são as opções de contracepção segura. Há Métodos recomendados nestes casos, que não dependem do metabolismo hepático, tem alta eficácia e longa duração:


Métodos Recomendados:

 LARCs (Long-Acting Reversible Contraceptives) | DIU de cobre, SIU com levonorgestrel (Mirena®, Jaydess®), implante de etonogestrel  

Injetáveis trimestrais,  Acetato de medroxiprogesterona (Depo-Provera®). Possuem Menor risco de interação, eficaz por 12 semanas. 

Barreira + hormonal ajustado - Preservativo + anticoncepcional oral com dose dobrada de levonorgestrel - Alternativa quando LARC não é viável | 


Métodos menos indicados

- Anticoncepcionais orais combinados comuns: eficácia reduzida com indutores enzimáticos

- Adesivos e anéis vaginais: também podem ser afetados pelo metabolismo acelerado


Recomendações práticas:

- Evitar anticoncepcionais orais convencionais durante e até 28 dias após o uso de indutores enzimáticos

- Preferir DIU de cobre como contracepção de emergência em casos de falha ou risco de interação

- Consultar ginecologista para avaliar elegibilidade ao uso de LARC ou implante hormonal