Ninguém quer discutir política, mas todo mundo quer gritar. Do lado do PT e do lado do PSDB as trincheiras estão carregadas de munições. Assim, neste fogo cruzado sobra pouco espaço para evoluções de grupos independentes, à esquerda e à direita de ambos, e isto não é coincidência - não querem que sobre espaço nem para conservadores, nem para socialistas convictos.
Enquanto uns eleitores da Dilma digladiam com as bravatas da
dupla Aecio&Fernando e fiéis seguidores, e outros perdem tempo em solidarizar-se com o Mino
pela ausência da Dilma em jantar paulista, a política não dorme. Todas estas intrigas e bafos servem apenas para enaltecer a suposta leveza e polida atitude dos grandes estadistas Alckimin&Perillo, e da postura diplomática da Dilminha.
Você acredita que existam aqueles que bancam toda esta nebulosa situação para surgir como os salvadores da pátria, capazes do diálogo e da boa convivência com todos os adversários políticos e ideológicos, para que tudo mude e permaneça como está?
Lula (sempre ele) deu a senha para a reflexão, em recente reunião da CUT - Está
faltando política.
Esta cortina de fumaça liberada na grande e decadente
mídia é fomentada por personagens que
sabem muito bem o papel que têm que representar no palco e no jogo. O exemplo clássico é a dupla Jean&Feliciano, que aparentemente não sobreviveriam por tanto tempo na mídia se não fossem antagônicos de causas antropológicas.
O deputado Cunha, outro exemplo (que não é bobo nem idiota como pensam
alguns adversários) é um destes atores intrigantes. Em campo joga na meia
direita, batendo pesado nos adversários que estão do centro à esquerda do campo
ideológico. Com a conivência do juiz e auxiliares chuta em tudo que está ao seu
alcance, facilitando assim as articulações da defesa que tem tempo para se
armar nos ataques e contra-ataques pelos flancos. Nunca passa do meio do campo,
pois é terreno minado para suas pernas curtas, mas sabe armar jogadas que podem
facilitar a vida dos atacantes dos dois lados - isto sim é que é surpreendente.
O outro personagem, de pompa marcial e pose de estátua, tem
um nome composto que merece uma melhor análise para compreender um pouco a sua
conduta:
- Bolso, segundo a Wikipédia, é derivada do saco da bolsa
palavra que, por sua vez, vem do latim (bursa) e do grego (βυρσα / Byrsa).
- Naro - pequena e pacata vila da Sicília, ao sul da Itália.
Então, como podemos deduzir, a palavra é formada pela justaposição da cidade de origem da família com um pequeno objeto de
uso pessoal que serve apenas para colocar coisas a serem carregadas. Assim faz mais sentido.
O personagem a seguir é midiático. O cantor, compositor, escritor, multi-instrumentista,
editor de revista , apresentador de televisão e vlogger carioca, que tem causado sensações múltiplas na delirante galera golpista, tem na Wikipédia postadas tristes e marcantes passagens na sua vida:
Segundo o próprio cantor, seu apelido surgiu
ainda na escola, devido a ser guloso e à mania de se vestir com um macacão de
jardineiro preso por um alça só . Na vida pessoal, teve problemas no
relacionamento com os pais. Foi expulso de casa pelo pai, aos 19 anos. Levou um
cruzado na cara e rebateu com o violão, despedaçando-o inteiro em cima do pai
(“...Só sosseguei quando não havia mais violão para continuar batendo.”).
Depois disso, a relação dos dois ficou suspensa, “num limbo relacional”. Muitos
anos mais tarde, eles tiveram uma bela tarde de sábado juntos. Logo depois, o
pai se matou, envenenado. Ele também carregaria a culpa pela morte da mãe.
Após uma discussão, ela (bipolar) parou com os remédios que tomava três vezes
por dia — “uma forma sutil e profissional de se matar”, como ele diz. A mãe
deixou uma carta responsabilizando-o por sua morte.
Segundo a fonte, ele foi na juventude um militante comunista. Colaborou no primeiro curso de extensão universitária em astrologia na PUC de
São Paulo e na mesma
época, realizava consultas astrológicas, além de lecionar na Escola de Astrologia Júpiter. Mora na grande nação do norte, onde graças a serviços prestados à pátria amada (amada por ele, e não por nós outros), recebeu daquele governo o visto especial de residência
EB-1,17, que dá ao
estrangeiro o direito de residência permanente.
Veja só você - um astrólogo torna-se o principal articulista das ações opositoras ao governo, que não tem em seus quadros de personagens eleitos, nenhum com oratória capaz de anular estes ataques cósmicos. Estamos deixando passar o que interessa para discutirmos
sexo dos anjos.
Segundo a Wikipedia, Sexo dos Anjos é uma referência a debates teológicos que
ocorriam em Constantinopla, inclusive nos momentos que precederam a sua queda
diante dos turcos otomanos e discutir o sexo dos anjos ganhou o significado
de perder tempo discutindo um assunto absolutamente inútil e impossível de ser determinado,
quando existem problemas mais importantes.
É isto aí!
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