Eu cresci ouvindo Bob Dylan no original e nas versões da língua pátria, dentre elas as cantadas pela Diana Pequeno, lá nos anos 70. Poeta de grande qualidade e enorme sensibilidade com o que ocorria no mundo, literalmente. Todas as suas músicas tinham uma tradução social, um significado.
Falar do Prêmio Nobel, falar da sua origem e da influência do judaismo na sua arte, falar da sua contestação ciclotímica é tudo de bom. Bob Dylan, por tudo pelos versos e controversos, pelos ventos e furacões, foi nosso Tim Maia do norte. Fantástico. Valeu!
Enfim, ganha a poesia que retrata a humanidade nua diante de alguma coisa, sempre. Eu fiquei emocionado!
Na foto onde deveria estar Dylan, coloco Hurricane, condenado por um crime que não cometeu.É por ele e contra o racismo que Dylan dá ao mundo sua poesia de protesto. Em 17 de junho de 1966, Hurricane foi surpreendido pela polícia quando andava de carro com amigos, sendo preso por um crime do qual anos mais tarde seria inocentado. Na prisão, viu sua carreira de boxeador ir por água abaixo, sendo que era o favorito ao cinturão de pesos médios no ano de 1966, aos 29 anos de idade. Junto com seu amigo John Artis, foi condenado pelo homicídio de três pessoas em um bar da cidade. Duas testemunhas do crime confirmaram os dois como os autores do triplo assassinato sem comprovação.
Artis passou 15 anos na cadeia antes de obter sua liberdade. Rubin Carter ficou preso até 1985, quando foi solto graças à retirada do processo e à anulação da pena, e faleceu aos 76 anos, em 2014, no Canadá..
É isto aí!
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