O sistema judicial do Reino da Pitangueira é monocrático, resoluto e imparcial, como é sabido e confirmado em todos os cantos desta página que você por ela trafega. Explicar-lhe-ei em detalhes mais práticos a máxima de certa feita do nosso sistema indestrutível, para provar a lisura que praticamos.
Declaramos para os devidos fins nacionais e internacionais que fatos aqui citados ocorrem apenas no interior deste reino, sendo para os reinos alheios apenas uma peça de ficção, e qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos, atos ou situações fora deste quadrado será mera coincidência.
Que seja dado início à oitiva:
Dona Zakładia Narodowysk De'Vil, como sabe, tem o direito de permanecer calada etc e tal. Esta oitiva é referente à estadia do senhor seu cônjuge em aposentos imperiais, e especificamente neste caso, por hora, hóspede do serviço disciplinar aos cidadãos, com ínfima suspeita de desvio de conduta.
Muito bem, Dona Maria, a senhora é corrupta?
Não.
Não o que?
Não, senhor meritíssimo, meu nome não é Maria.
Não é isto, a senhora deve responder com clareza.
Entendi. Eu não sou corrupta, e não me chamo Maria.
A senhora sabia que suspeita-se que o senhor seu cônjuge talvez tenha contas secretas na Ilhas Galápagos e na Ilha de Páscoa, totalizando mais de mil pinguins em espécie?
Não. Nunca soube destas contas, meritíssimo.
A senhora sabe como um cartão de credibilidade com seu nome e cadastro geral da pitangueira, o CGP, foi responsável por compras e despesas gerais no exterior em mais de cinco orcas?
Não, meritíssimo. Nunca soube deste fato e aliás não possuo cartão.
Como a senhora adquire roupas de grife como esta que está usando?
Na 25 de março quando estou em visita à SP e no Saara, na cidade que nasci, cresci e sou pobre e feliz, meritíssimo.
Considero satisfeito com a oitiva, dispensada a ré, isenta de culpa e de dolo. Está dispensada, Dona ... dona ...
Maria, meritíssimo, pode me chamar de Dona Maria ...
É isto aí!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gratidão!