sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

No meio da guerra eu sinto sua falta

https://therationalmale.com/2012/09/11/of-love-and-war/

O sino badala
o dia espreguiça
 e a vida passa
 lenta na ágora

o ódio
a amargura
o rancor 
os atos do mal

findam esperanças,
findam sonhos.
Malditos maculados
das hordas do Hades. 

Olho em volta
ela não está 
fincou o passado
 em minh'alma

do amor findo
tatuei a angústia
na saudade
da moça 

a moça dos passos,
altos, que passam
e repassam 
na solidão 

É isto aí

2 comentários:

  1. Minas Gerais 16 de dezembro de 2017 (o ano que não terminará)

    Querido Paulo (que assim como o seu homônimo - o de Tarso - escreve belíssimas cartas)

    No meio da guerra tudo parece árido, desolador e finito. A guerra nos coloca face a face com a morte-matada, esta estupidez de fim. Doce, terna e certa só mesmo a saudade. Que lindo poema! Linda imagem!
    Abraços

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  2. Minas Gerais, 17 de dezembro de 2017

    Querida Amanda,

    Suas palavras sempre altruistas. Faz a gente se sentir contente.

    A saudade! É só o que fica, não é? Não temos como voltar, dizer as palavras erradas que fariam as coisas ficarem corretas ... infelizmente não temos. A saudade!

    E concluindo, eu tenho um problema sério com poemas. Nunca serei um Manoel de Barros, para mim o maior poeta das coisas de dentro da gente, simplificadas e explicadas. O cito por que dele aprendi que um poema nunca está pronto, sempre cabe uma reforma, uma alteração, até o dia que é exposto. Eu sempre acho que falta alguma coisa.

    Há guerra em tudo não, é? E cá dentro a ama vai se alimentando da saudade.

    Um abraço

    Paulo

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Gratidão!