terça-feira, 22 de março de 2022

Papo de Esquina 22/03/22



A Felicidade foi o passo inicial da Filosofia, quando Tales de Mileto, que viveu entre as últimas décadas do século 7 a.C. descreveu que  é feliz “quem tem corpo são e forte, boa sorte e alma bem formada”. Há aqui um minado terreno da Ética, onde Boa Sorte atinge bons e maus, mas às favas com a ética deve ter dito algum oficial espartano.

Passados séculos e filósofos à beça, onde muitos entraram no tema, já que era e é a tônica da vida, chegamos a Platão (427 a.C./347 a.C.), o qual considerava que todas as coisas têm sua função. Assim, como a função do olho é ver e a do ouvido, ouvir, a função da alma é ser virtuosa e justa, de modo que, exercendo a virtude e a justiça, ela obtém a felicidade

É importante deixar claro que noções como virtude e justiça integram uma vertente do pensamento filosófico sobre a Ética, que se dedica à investigação dos costumes, visando a identificar os bons e os maus. Para Platão, a ética não estava limitada aos negócios privados, devendo ser posta em prática também nos negócios públicos. Desse modo, o filósofo entendia que a função do Estado era tornar os homens bons e felizes.

Olhe bem em sua volta. Não tenha pressa. O Estado está tornando você feliz? O Estado tem total ética  e transparência com a coisa pública? O Estado tem transformado os homens em pessoas boas?

Se respondeu sim uma, duas ou às três indagações, é provável que contemple a síndrome do Amor Platônico, que não se fundamenta num interesse, mas na virtude que possibilita a você acreditar permanentemente numa nova chance de recomeçar,  desde que seja sempre com o mesmo contexto, mesmo cenário, mesmo discurso, mesmos atores, etc., etc., etc.
 
É isto aí!


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