Caccini foi um compositor do século XVI que vivia em Florença e um cantor extremamente talentoso. A música de Caccini que mais influenciou compositores posteriores foi a coleção de monodias e canções para voz solo e baixo contínuo, publicada em 1602, intitulada Le nuove musiche. A introdução a este volume é provavelmente a mais clara descrição de motivo e mais correta apresentação de monodia do seu tempo. Caccini compôs três óperas – Euridice (1600), Il rapimento di Cefalo (1600) e Euridice (1602), no entanto, a primeira continha música que não era da sua autoria (eram principalmente de Jacopo Peri). Adicionou ainda a música para um intermédio (Lo che dal ciel cader farei la luna) em 1589; e mais duas coleções de canções e madrigais, também intituladas Le nuove musiche, em 1602 e 1614.
Não restou nenhuma música para múltiplas vozes, no entanto, registros da época indicam que Caccini esteve envolvido com música policoral (antífona) por volta de 1610. Caccini foi predominantemente um compositor de canções para voz solo e com essa capacidade adquiriu muita fama. O mais famoso dos seus madrigais é “Amarilli, mia bella”.
Com relação à Ave Maria, ninguém sabe ao certo quem escreveu esta obra, principalmente devido ao fato de que ficou desconhecida até o século XX. Muitos acreditam que Vladimir Vavilov, um violonista e compositor russo bem pouco conhecido, gravou a Ave Maria em 1972 como sendo uma peça de um compositor anônimo. Mais tarde, um dos músicos que participou dessa gravação, o organista Mark Shakhin, atribuiu a Ave Maria a Caccini.
Independente da incerteza quanto ao compositor, e inegável a beleza desta obra.
Fonte: Concertino
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