Segundo uma testemunha metafísica, que conhecia a moça e sabia da existência do rapaz, a moça tinha uns vinte anos, talvez menos, e o rapaz 20 anos, talvez mais. Não se conheciam, não sabiam da existência um do outro, não moravam na mesma cidade, não tinham laços de parentesco, não tinham os mesmos gostos, nunca se encontraram. Mas os astros, ah! o astros! - estavam alinhados em sincronicidade e espelhamento no dia das suas respectivas fecundações e posteriormente os nascimentos.
Segundo um profissional da parapsicologia esotérica do 3° grau, que teve a oportunidade de consultar aos dois em tempos distintos, a Combinação da Numerologia revelava desafios, gostos e qualidades muito similares. Entretanto, os posicionamentos mais evidentes e perceptíveis na vida dos dois eram os Números de Motivação (relativos à soma das vogais do nome completo de nascimento), Números de Impressão (soma das consoantes do nome completo de nascimento) e Números de Expressão (soma das vogais e consoantes do nome completo de nascimento).
Segundo uma observadora furtiva e anônima, um dia, destes que o acaso leva à superfície do planeta, graças aos anjos e potestades, encontraram-se num evento social, onde foram colocados frente à frente. Ela o achou um retardado e ele teve a certeza de que ela era senil. Ela percebeu nele uma antipatia ímpar. Ele teve náuseas pelo sorriso singular dela. Ela detestou o cabelo dele, ele não conseguiu sequer disfarçar a inconveniência do encontro.
Segundo dados colhidos em pesquisa de satisfação pessoal, pelo brilhante Instituto de Opinião Pública Publicável do Reino da Pitangueira, o famoso IPOPP, nada os obrigariam a serem felizes para sempre entre si. Afinal nada é eterno ou dura para sempre. Sabe como é - conjunções são apenas os que são.
É isto aí!
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