Coisas que devemos fazer quando estamos tristes deveriam vir com manual de instruções já no trabalho de parto, logo na primeira contração. Assim, ao nascer, receberíamos aquele compêndio conciso e compacto contendo informações relativas às merdas sucessivas e acumulativas nas diversas áreas de equívocos humanos. Cada capítulo referiria a uma temática específica, comum à grande maioria.
É curioso, agora posso notar, que "referiria" acima citada é uma flexão do verbo referir na 3ª pessoa do singular do futuro do pretérito do indicativo. Ou seja, tem uma condicionante. Puxa vida, que tempo doido é este? Futuro do Pretérito, não sei se posso expressar com palavras de baixo calão, mas futuro do pretérito do tipo condicional? PQP!
Em sendo assim, como aprendemos com a tia da 4a série, o Futuro do Pretérito existe no papel, nas tristezas e nos fracassos. Só que ela não ensinou esta parte e às duras penas aprendemos é que o Futuro do Pretérito que fica sacaneando a gente a vida toda, porque sempre que evocado expressa incerteza, surpresa e indignação, sendo comumente utilizado para se referir a algo que poderia ter acontecido posteriormente a uma situação no passado. Enfim, serve para lembrar nossos erros crassos.
Então é isto, meu inconsciente, que não dorme nunca, aparentemente trouxe à tona que a tristeza é culpa do Futuro do Pretérito. Então, lógico, para a certeza e euforia dos incautos, basta suprimir o futuro do pretérito e foda-se a tristeza.
Em assim sendo, fica declarado e doravante exposto nos murais da Lei e da Ordem do Reino da Pitangueira que está considerado extinto o uso do Futuro do Pretérito em pessoas tristes. Continuam tristes, mas sem justificativa para serem penalizados por algo que não fizeram.
Em tempo - este texto deveria supostamente ser revisado antes de estar aqui.
É isto aí!
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