segunda-feira, 6 de maio de 2013

A Triste Bangladesh





Hoje vamos falar de Bangladesh. Não, não é uma cidade, nem uma ilha, nem fica no Oceano Pacífico. É um país situado no continente asiático, literalmente abraçado pela Índia, por todos os lados, fato único no mundo. Do ponto de vista histórico, é novo, pois nasceu como estado em 1971, depois que os interesses ingleses pela região promoveram mortes aos milhões, onde a culpa ficou para os paquistaneses e indianos. 

A grande maioria dos habitantes é composta de agricultores pobres, que se esforçam para tirar seu sustento de pequenos lotes de terra. Muitos dos trabalhadores das cidades ganham apenas alguns centavos por dia, explorados por multinacionais. Mais da metade da população adulta é analfabeta e 3/4 dos habitantes são muçulmanos, sendo a quase totalidade dos restantes compostas de hindus.

A principal exploração da mão de obra deste povo vem das grandes grifes internacionais, destas que movimentam fortunas aos bilhões pelos malls e shoppings espalhados pela "civilização" ocidental. A alegação, fartamente explicada pela Rede Glb. é que o custo de uma camisa, daquelas elegantes, sai por lá por $3,60 enquanto os malditos empregados ocidentais, que impõem custos elevadíssimos à produção e  impedem o crescimento do seu país de origem, forçam o custo a elevados $13,60.

O que a mídia não fala e não escreve, é que escondem a farsa de que o povo paga algo entre $30 e $50 na ponta. O lucro da diferença fica todo para a canalhice de sempre.

Ocorre que os dominadores da superfície, em território romano, estão chafurdando na lama que criaram com seus conceitos de poder total sobre tudo e todos, desde o Césares, até a presente data. Daí que ao serem flagrados explorando com uma tecnologia nazista em campos de concentração, todo um país, reúnem se e prometem retaliar o governo deste país.

Desta forma, suas ex-celências acreditam estar liquidando com duas faturas: eliminam Bangladesh do seu mapa de fornecedores de mão de obra escrava, e mandam uma mensagem subliminar para seus desempregados, na casa dos milhões: baixem sua bola, baixem seus custos, baixem sua cabeça e terão seus empreguinhos de merda de volta, enquanto nós continuaremos ricos e poderosos. Tudo muito cristão.  

Enquanto isto, depois da morte de seiscentas pessoas na semana passada, contabilizadas (fora as mortes não contabilizadas), em função desta exploração medíocre, coincidentemente o país entra em convulsão, e de quem é a culpa? Sim, deles, sempre deles, dos muçulmanos  que em pátria tupynambá, a direitada chama de reacionários e radicais.

Faça você um exercício histórico, como dever de casa: desde a retomada de Constantinopla pelos Turcos, em 1492, a mais de quinhentos anos, quantas vezes um país ocidental foi invadido, explorado, sacaneado, extorquido, destruído, humilhado ou esfacelado, pela mão dos muçulmanos?

É isto aí!

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