Meu simpático e modesto Nokia, sem nenhum charme high-tech, disparou às três horas da manhã fria deste inverno tropical, e do outro lado da célula (por favor, não há linhas e fios), Odete, a peladeira do Paranoá.
Conta a lenda que Odete foi, em seu tempo juvenil de Brasília, uma intensa atleta dada a todas as modalidades que envolviam esportes coletivos, e sua única dúvida foi sempre sobre saber o que fazer com as bolas, mas isto é outra história.
Segundo Odete, ouviu de Creuzinha, cabelereira das boas, que soube através de Carminha, manicure da elite da Asa Norte, que escutou de Claudionor, uma bichinha clássica do Eixão, que jurou ter sido confessor de Dr. Geraldinho, nobre advogado da alta corte do planalto central, que por sua vez soube por Afonsinho, estafeta de segunda classe de um sub-oficial garantido pelo anonimato, que está tudo pronto para a Espanha faturar este campeonato mundial.
Mas como assim, Odete? A Espanha já atravessou o Atlântico, sob intensas vaias e lágrimas ibéricas.
Humm, meu amor, continua ingênuo... adoro sua ingenuidade, querido...
Mas Odete, a final será entre galegos e portenhos.
Meu bem, se não fosse uma prima da mãe do pai do Messi, em Lérida, na Catalunha, ter acolhido a família em fuga da crise portenha, o garoto não passaria de um esforçado menino de baixa estatura. Cresceu sob os cuidados de uma estrutura inexistente na pátria meridional. Isto faz dele um espanhol tão legítimo como as touradas de Madrid, logo, o título poderá ser contestado.
Uau, Odete, como você sabe isto tudo?
Ah, amor, vem prá Brasília fazer cruzamentos para mim...
Nossa, Odete, você sabe como agitar um jogo...Odete? Alô? Odete? Droga, atrasei o lance mais uma vez...
É isto aí!
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