Meu fantástico Nokia analógico trepidou em catarse alucinante às quatro e quinze da manhã desta segunda-feira. Do outro lado, a sussurrante, sensual, erótica e deliciosamente apetitosa voz de Odete, a aeromoça Top Model de Brasília. Conta a lenda, que mais que aeromoça, a turbinada aeroviária dos ares adorava um manche de brigadeiro, desde os tempos da Pan-Air, mas isto fica para outro dia.
- Olá querido, o céu não está para amadores...
- Nossa, Odete, sua voz levita minha imaginação...
- Bobinho, ouça e depois a gente vê o seu brevê, ok?
- Sim, claro, querida, manda ver.
Bem, segundo Odete, ao fazer um voo solo aspirante em um oficial do ar, que ficou com a cabeça nas nuvens, em êxtase comentou-lhe que ouviu de Maria do Rosário, uma disputada secretária executiva de aquartelamento, que soube através de Geraldinho, um estafeta amigo, que escutou no salão da Lourdinha, amante de Carlinhos, um reformado major de grandes serviços prestados, que o ar não está com céu de brigadeiro.
Segundo o babado aéreo, aviões malaios vêem e vão ao som de Ravel, em continuo crescente, enquanto aeropistas por entre as intrigantes paisagens do cerrado mineiro fazem saltar os olhos e voar desculpas para justificar o injustificável, pois para tudo tem jeito, menos para o óbvio, disse a moça.
Uau, Odete, quer dizer então que os voos malaios continuarão em crescente e devastadora subida de tom, mas o voador do Leblon vai fazer um decrescente rasante sujeito a chuvas e trovoadas?
Querido, não disse nada, não sei de nada, e se disser que disse, desminto. Mas aproveitando esta relação, vem prá cá, para comissariar a bordo desta turbinada que é sua.
Caramba... puxa vida... olha... nossa... espera... alô... alô... droga, perdi o vôo.
É isto aí!
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