Manezinho, o anti-herói do supra mundo, mergulhou em profundo desgosto ao despertar e ver Pindorama avassalada de forma hedionda, com a sua ajuda, pois acreditou naqueles senhores elegantes, educados e gentis. Depois que viu a merda feita pelos serviçais, capachos e seguidores dos senhores elegantes, que não falam guarany, não conhecem tupy e desprezam Tupã, Manezinho tomou suas providências:
Primeiro vestiu sua armadura, daí visitou a casa de Mãe Benta e pediu reza, passou no terreiro de Pai João e recebeu as bênçãos, entrou no Centro da Caridade e tomou passes de redenção, desceu a ladeira, subiu as escadarias do Templo da Salvação pela Fé em Si por Mim e deu o dízimo devido em envelope lacrado e recebeu passes de descarrego, além de uma bisnaguinha de 5 mL de água do Jordão e um envelope com 2 gramas da terra do Monte do Calvário. Foi no outro templo, do outro lado da rua e encomendou missa pelas almas do purgatório, escolhidas a dedo.
Agora sim sentiu-se protegido, e começou a batalha espiritual, fazendo a sua parte, e sabendo que a ira era grande, percebendo a dor da sangria do povinho desvalido, acendeu uma Vela de São Jorge, ungida, que foi colocada na cômoda, com um copo de água do lado direito dela, na frente da foto onde aparecem todos os abutres, carniçais e necrófagos elegantes. São Jorge não é de negar uma luta pelos justos.
Agora estava feito, pensou. Era só esperar pelo milagre de Pindorama voltar a ser uma grande nação longe das garras finas e ágeis da insuportável raça de homens estranhos ao bem deste povo, com seus semblantes pálidos e esquisitos.
É isto aí!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gratidão!