- Eu!! Aqui, na lateral esquerda.
- Muito bem, vamos ouvir a moça de azul. Qual o seu nome, mocinha?
- Benedita Benevides Beneplácita, e eu tenho uma verdade.
- Pois não, pode falar.
- A felicidade não existe!
- Eu quero falar também.
- Eu quem?
- Eu, aqui no fundo.
- Muito bem, vamos escutar o rapaz de terno vinho ao fundo. Qual o seu nome, rapaz?
- Eubasídio do Micélio Diplóide, e eu tenho outra verdade.
- Diga, queremos saber a sua verdade.
- A verdadeira amizade sempre tem segundas intenções.
- Eu gostaria de falar outra verdade.
- Pois não, Benedita - pode falar.
- As segundas intenções são o que de melhor há em nossos desejos.
- Eu preciso dizer uma verdade para a .., digo, para o mundo.
- Fale, Eubasídio.
- Nossos desejos sempre passam.
- Desculpe, mas eu tenho que fazer uma revelação da verdade.
- Por favor, Benedita.
- Tudo passa, menos a canalhice que é para sempre.
- Olha, a verdade tem que ser dita.
- Então fale, Eubasídio.
- Nenhuma paixão é santa.
- Senhor, senhor, deixa eu falar só mais uma verdade.
- Sim, Benedita, fale.
- Eu estou grávida.
- (Silêncio total) ...
- Por favor, deixa eu completar meu raciocínio.
- Perfeitamente, Eubasídio.
- A verdade é que aí fodeu de vez!
É isto aí!
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